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DNIT visita nesta terça-feira (14) eclusa de Sobradinho, na Bahia
As equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio de sua Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ), e o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos da América (USACE) atracam nesta terça-feira (14) na eclusa de Sobradinho, na Bahia. O objetivo da missão é realizar a inspeção técnica dos equipamentos da eclusa com foco em um estudo de manutenção preditiva ao invés apenas da corretiva. A ideia é que as oito estruturas sob responsabilidade do DNIT alcancem esse sistema de operação inspirado no modelo norte-americano após a finalização dos levantamentos realizados em parceria com a comitiva estrangeira.
Por meio de um planejamento integrado de ações, o Departamento está estruturando desde 2019 as operações das eclusas por meio de seu programa PROECLUSAS. A previsão é finalizar todos os estudos até 2026. Em novembro de 2022 foram visitadas as quatros eclusas localizadas na região Sul e as duas do Sudeste. Após a visita em Sobradinho, a comitiva segue na próxima segunda-feira (20) para a eclusa de Tucuruí, no Pará, fechando a vistoria nas oito estruturas do DNIT.
Sinalização do Rio São Francisco – Durante a visita, a diretora da DAQ, Karoline Lemos, irá também se reunir com a equipe da Capitania Fluvial de Juazeiro, da Marinha do Brasil, para navegarem pelo Rio São Francisco até a eclusa de Sobradinho. A Autarquia está responsável por realizar a nova sinalização do rio, seguindo o Plano de 100 dias do Ministério dos Transportes. A ideia é aproveitar o período de águas mais altas para conferir inloco a sinalização atual.
Sobre a eclusa – A eclusa de Sobradinho começou a operar em 1979. A estrutura permite que embarcações de até 120 metros de comprimento, 17 metros de largura e 2,5 metros de profundidade superem um desnível de 32,5 metros. O trabalho da Autarquia é permitir que a navegação flua de forma cada vez mais eficiente pelas águas com desníveis profundos ou rasos usando as eclusas.
Funcionando como um elevador aquático para as embarcações, as estruturas ajudam no fluxo onde há uma barreira provocada por construções ou pela própria natureza. O procedimento na eclusa de Sobradinho consiste no fechamento da porta de montante, com 18,5 metros de altura e 18 metros de largura, e abertura da comporta de jusante, com 38 metros de altura e 9 metros de largura, que enchem e esvaziam de água, fazendo o veículo subir ou descer.
Importância - O sistema de transposição da eclusa de Sobradinho permite a navegação no trecho do Rio São Francisco que liga as cidades de Pirapora (MG) a Juazeiro (BA), distantes em 1.371 quilômetros. O “elevador de embarcações” é fundamental para que as embarcações que navegam por este trecho do Rio São Francisco transponham o desnível equivalente a um prédio de dez andares junto à barragem da Usina Hidrelétrica de Sobradinho.
A hidrovia do São Francisco é considerada a mais econômica via de interligação entre as regiões Centro-Sul e o Nordeste do Brasil. Ela se estende pelos rios São Francisco, Paracatu, Grande e Corrente, totalizando 2.354 quilômetros de extensão. Além de integrar uma importante cadeia multimodal de exportação de produtos agrícolas, ainda permite o transporte hidroviários de passageiros e atividades turísticas.