DNIT participa de Fórum de Segurança no Trânsito

No início da semana, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foi convidado a participar do Fórum de Segurança no Trânsito, promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Membros da sociedade civil e governos estadual e federal foram convidados para debater sobre os altos índices de acidentes no trânsito brasileiro.

O diretor-executivo do DNIT, Halpher Luiggi Mônico Rosa, participou do evento e explicou que o Brasil é um dos cinco maiores países do mundo onde mais ocorrem mortes nas estradas, ruas e rodovias. “Estamos falando de um prejuízo, em 2014, de R$ 15 bilhões em acidentes de trânsito nas rodovias federais”, afirmou.

Os números de vítimas nas estradas impressionam. Em 2016, somente em rodovias federais, 5533 pessoas morreram no local do acidente. Os números sobem bastante quando observamos o restante da malha rodoviária do país. É importante ressaltar que para cada quilômetro de rodovia federal, existem outros quatro quilômetros de rodovias pavimentadas.

Halpher lembra que morto no trânsito não é somente aquela pessoa que está na rodovia, o número é contabilizado com vítimas que morrem nos hospitais em decorrência dos acidentes.  “Se somarmos todos os mortos em toda malha rodoviária no país, são 20 mil pessoas por ano. Se pegarmos os dados do Departamento Nacional de Saúde, esse número dobra e chegamos aos 40 mil mortos”, explica.

Para o editor adjunto do caderno Cotidiano da Folha de São Paulo, Alencar Izidoro, nas últimas décadas o país teve uma série de medidas voltadas para a segurança de trânsito, mas mesmo assim os indicadores de trânsito continuam em escalas difíceis de conter. “Temos 40 mil mortos no país por ano. Isso equivale a um avião modelo Airbus A 320 caindo todos os dias”, comparou.

As ações para prevenção de acidentes têm ocorrido de forma intensa a partir de 2010, quando se teve início a década mundial de ações para segurança no trânsito. “Fizemos o programa de pesagens, no âmbito do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, implementamos o maior programa de fiscalização eletrônica da história do país, são 6300 faixas monitoradas e implementamos o maior programa de sinalização viária da história do país”, assegurou Halpher Luiggi.

O diretor lembra que as ações resultaram na redução de 24,7% no índice de pessoas que morrem em acidentes de trânsito nas rodovias federais. “ A notícia é boa por um lado (pelo número de mortes evitadas) e ruim porque pessoas continuam morrendo, indiferentes às tentativas de controle instituídas. Precisamos fazer mais, melhor e, principalmente, envolver a sociedade”, lamentou.

Além de medidas governamentais, Halpher ressalta que é de extrema importância que o condutor mude de comportamento. “Precisamos de condutores conscientes que saibam identificar os riscos no trânsito, saibam a velocidade da via, obedeçam à sinalização, coloquem o cinco de segurança, não usam o celular ao volante e não dirijam após ingerir bebida alcóolica”, concluiu

31.05.2017

ASCOM/DNIT