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INFRAESTRUTURA AQUAVIÁRIA
DNIT conclui Operação Educação na Hidrovia I com mais de 9 mil ribeirinhos atendidos no Pará
A primeira comissão para educação de comunidades ribeirinhas sobre segurança da navegação e cuidados com o meio ambiente, nos rios Tapajós e Amazonas, no Pará, foi concluída na última terça-feira (13). A parceria com a Marinha do Brasil permitiu realizar mais de 9.000 atendimentos nas cidades de Santarém, Almeirim, Porto de Moz e Breves.
Crianças, jovens e adultos receberam orientações sobre comportamento nas embarcações, como uso de coletes salva-vidas. Houve destaque para a importância de preservar a sinalização náutica, como boias, lanternas e faroletes. As ações educacionais aconteceram a bordo do Navio Auxiliar Pará e em escolas das localidades visitadas.
Além das palestras, houve cobertura gratuita de eixos de 26 embarcações. O procedimento visa impedir que ocorra o escalpelamento total ou parcial. Este tipo acidente pode levar à morte e atinge principalmente as mulheres, pois acontece quando os cabelos se prendem no eixo do motor. Também foram abordadas 106 embarcações durante os trabalhos de conscientização.
Esta é a primeira vez que a Diretoria de Infraestrutura Aquaviária realiza campanhas educativas na região. O coordenador de Operações Aquaviárias, Eliezé Bulhões, explica que o volume de cargas transportadas no Tapajós triplicou desde 2015, e isso traz impactos na vida dos ribeirinhos: “As atividades do DNIT de operação e manutenção de vias navegáveis não pode ficar restrita a grandes embarcações, então voltamos nosso olhar para essas comunidades”, contou.
Em complemento ao projeto a Marinha do Brasil também prestou atendimentos de saúde. Foram 851 consultas médicas, 6.737 procedimentos odontológicos, 363 mamografias, além de exames preventivos, testes rápidos de HIV e sífilis. A bordo do navio, os pacientes receberam os diagnósticos, as prescrições e os remédios de que precisam gratuitamente. Nesta comissão foram distribuídos 37.858 medicamentos. O comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, Capitão de Mar-e-Guerra Ricardo Jaques Ferreira, comentou a importância de ações deste tipo: “Nossa missão é prestar assistência, além de mostrar que, com os devidos cuidados, o transporte de longa distância e os ribeirinhos podem conviver em harmonia”, contou.
Outra parceira do projeto é a Universidade Federal do Pará, que tem a tarefa de desenvolver e implementar um programa didático específico para o público alvo. Também esteve presente o Tribunal de Justiça do Estado, que prestou 390 orientações jurídicas e ajuizou 289 ações.
Também participaram o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa – SEBRAE, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, com seus projetos de desenvolvimento sustentável para a região, e a Fundação Cultural do Pará, que realiza um trabalho de combate à exploração sexual voltado para crianças e jovens.
Até 2023, o DNIT vai realizar comissões semelhantes a esta todos os anos, em parceria com a Marinha, a UFPA e instituições colaboradoras. Além do Tapajós e do Amazonas, as ações incluirão a inspeção de sinalização, de segurança e de condições operacionais das IP4 no Rio Tocantins e na região dos Estreitos.
16.11.2018
ASCOM/DNIT