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DNIT apresenta projeto de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC
A materialização de um sonho que atravessa décadas e gerações. É assim que a população percebe as obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, empreendimento entre São José dos Ausentes (RS) e Timbé do Sul (SC) que representa os últimos 30 quilômetros não asfaltados da rodovia que faz ligação direta com a Argentina. Os dados do projeto, seus benefícios, cuidados ambientais adotados e o avanço dos trabalhos foram apresentados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Regional de Santa Catarina, nesta terça-feira (31/01), em duas reuniões realizadas nas cidades catarinenses de Araranguá e Timbé do Sul, que envolveram 170 pessoas.
O foco principal dos encontros foi o andamento das obras no Lote 2, entre o km 33,8 e o km 55,8, onde diferentes atividades estão sendo executadas tanto na implantação do contorno da área urbana de Timbé do Sul, quanto na pavimentação da Serra da Rocinha. Ressalta-se que o Lote 1, na Serra Gaúcha, está paralisado e aguarda nova licitação para a retomada das atividades em trecho de 8 quilômetros. Participaram das reuniões, realizadas no auditório Plínio Linhares do Center Shopping Araranguá e no Salão Paroquial de Timbé do Sul, empresários, comerciantes, representantes de associações, sindicatos, políticos, lideranças comunitárias e moradores da região.
Com o auxílio de um vídeo, o engenheiro do DNIT/SC Robson Medeiros de Oliveira, da Unidade de Tubarão, mostrou as dificuldades e perigos da estrada atual e mencionou a importância das obras. “Será um novo eixo de escoamento da produção dos países do Mercosul e trará outros benefícios como a integração entre a serra e o litoral, a dinamização do turismo, a geração de empregos, o desenvolvimento econômico e a valorização imobiliária”, enumerou. Ele apresentou ainda dados como orçamento, prazos, empresas envolvidas, dimensões da obra e o detalhamento do novo traçado. O público teve a oportunidade de visualizar as principais intervenções, como a construção de viadutos, pontes e acessos. “Haverá uma melhoria grande na geometria da rodovia para permitir a circulação de veículos de grande porte”, afirmou Oliveira. O engenheiro destacou também as complexidades do projeto. “Um exemplo é a construção de cerca de 140 bueiros, ou seja, um a cada 150 metros em média."
O DNIT trabalha para garantir que a obra tenha um bom desempenho ambiental, minimizando ou compensando os impactos negativos e potencializando os positivos, para que desta forma não haja paralisações por motivos relacionados ao meio ambiente. O coordenador da Gestão Ambiental, Adriano Panazzolo, expôs a lista dos 24 Programas Ambientais executados e salientou que as medidas indicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) estão em processo de evolução, acrescentando que, além da preocupação com a fauna e a flora, multiplicam-se as ações voltadas aos meios físico e social.
Repercussão positiva e expectativas para o futuro
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Araranguá, Clézio Manoel da Motta, a palestra trouxe uma série de informações importantes. “Muitos não conheciam o conteúdo técnico do projeto, então a explanação tirou muitas dúvidas e nos dá condições de explicá-lo para outras pessoas. O futuro é promissor, tenho certeza que essa rodovia será um marco para toda a região.”
Em uma conta rápida, o diretor comercial do Porto de Imbituba, Marcelo Vargas Schlichting, avaliou em R$ 120 milhões ao ano o incremento na economia catarinense com a operação de grãos após a conclusão da serra. Além disso, ele elogiou o zelo ambiental com que as obras estão sendo conduzidas. “É bastante admirável esse cuidado pois a rodovia está inserida em um ambiente frágil e preservado. Considero importante que este tema esteja na pauta e que não se perca essa pureza local”, afirmou.
Na avaliação do prefeito de Timbé do Sul, Roberto Biava, a reunião tranquilizou a população. “A comunidade ficou sabendo que a obra está realmente acontecendo e que dentro de pouco tempo contaremos com o tão esperado asfalto. O benefício será enorme em termos de turismo, indústria e escoamento da produção”, concluiu.
03/02/2017
ASCOM/DNIT/SC