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Diretores do DNIT palestram sobre os desafios da estrutura rodoviária em cenário de mudança climática
Os desafios do DNIT na Gestão da Infraestrutura de Transportes em Cenário de Mudança Climática e os Resultados dos Investimentos foram pauta, nesta terça-feira (24), da palestra ministrada pelos diretores da autarquia, no 26º Enacor – Encontro Nacional de Conservação Rodoviária e 49ª RAPv – Reunião Anual de Pavimentação.
Durante a agenda, o diretor Executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Carlos Barros, e o diretor de Infraestrutura Rodoviária da autarquia, Fábio Nunes, citaram a recente crise enfrentada pelo Rio Grande do Sul em função das chuvas, as queimadas que frequentemente acometem a região Centro-Oeste e as secas na Amazônia, além de fazerem um panorama dos investimentos do DNIT para minimizar os impactos das intercorrências climáticas.
Em sua fala, Carlos Barros abordou o rápido trabalho realizado pelo DNIT para a recuperar as rodovias bloqueadas pelas enchentes no RS. Ele destacou a importância da infraestrutura viária para o escoamento da produção, o transporte de pessoas e insumos e o socorro às vítimas da tragédia. "Isso, sem dúvida, tem contribuído diretamente para a recuperação social e econômica da região, tão importante para o Brasil", comentou.
O diretor Executivo também pontuou o impacto que as queimadas têm para as rodovias. Segundo Barros, o DNIT atua de forma preventiva, na supressão da vegetação das faixas de domínio, evitando que o fogo cause danos às estradas. No caso das hidrovias, que sofrem com as secas da Amazônia, a autarquia, explicou ele, realiza dragagem nos principais rios da região, com o objetivo de melhorar a mobilidade da região. "A gente tem atuado para nos anteciparmos às questões climáticas, de modo que haja planejamento, para não apenas reagirmos às situações, mas também sermos proativos, tornando nossa infraestrutura mais resiliente e robusta", afirmou.
Recursos - Já o diretor de Infraestrutura Rodoviária falou sobre a importância da aplicação de recursos de forma prática e inteligente, adequando contratos e priorizando soluções para recuperar e manter a boa condição da malha. Com rodovias em condições adequadas de trafegabilidade, o DNIT garante mais segurança para os usuários, fluidez e agilidade ao transporte de carga, gerando impacto positivo na economia.
"Nossa participação aqui no evento é importante para falarmos sobre a nossa atuação, mas também para conhecermos novas maneiras de continuarmos ampliando excelência da nossa malha, que atingiu recorde histórico na medição do ICM", destacou Fábio Nunes.
O Índice de Condição da Manutenção (ICM), desenvolvido pelo DNIT para avaliar a condição da manutenção das rodovias sob sua jurisdição, de forma a servir como referência para o acompanhamento das ações da autarquia, alcançou, em junho deste ano, uma marca histórica: 71% da malha rodoviária sob responsabilidade da autarquia estão em boas condições. A marca é a maior desde 2016, quando a avaliação teve início. O índice aponta que 42,9 mil quilômetros de rodovias têm boas condições de trafegabilidade.
Nunes também destacou a retomada dos investimentos federais nas rodovias do país, que cresceram significativamente *desde 2023*. "Nossa carteira de contratos atual chega aos R$ 37 bilhões. Isso permite que o DNIT reative programas e invista com mais afinco na construção e na manutenção das estradas sobre jurisdição da autarquia", apontou.
É por conta desses investimentos, que neste período, diz o diretor de Infraestrutura Rodoviária, 12 mil quilômetros de rodovias foram recuperados e alçados à categoria "bom" no ICM. Hoje, essas estradas estão sem buraco, com sinalização visível e com faixa de domínio roçada e limpa.