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Diretor fala sobre mudança na matriz de transporte, em Cuiabá
Aumento da malha ferroviária autorizada no ano passado contribui para a mudança, necessária para garantir o crescimento regional no Brasil
Publicado em
23/08/2010 15h28
Atualizado em
25/05/2015 07h46
Aumento da malha ferroviária autorizada no ano passado contribui para a mudança, necessária para garantir o crescimento regional no Brasil
O Diretor Geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, participou hoje (23/08) da 67ª Semana Oficial de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, em Cuiabá, Mato Grosso. Com o tema “Construindo uma agenda estratégica para o sistema profissional”, o evento reúne cerca de 2.500 participantes.
Durante sua palestra, o Diretor destacou a urgência em se criar condições favoráveis a integração dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário. “Nós temos uma possibilidade extraordinária de desenvolvimento. O Produto Interno Bruto (PIB) de hoje poderá ser dobrado em 10 ou 12 anos”, comentou.
Por isso, segundo ele, é necessário que o país disponha de sistema de transporte eficiente, incrementando a intermodalidade. Hoje, o Brasil concentra 65% do transporte através de rodovias. O restante fica dividido entre hidrovias e ferrovias. “Precisamos de novos investimentos em mais hidrovias e ferrovias, o que possibilitaria redução de custos no transporte da produção, e o aumento de novas oportunidades de negócios para novas regiões.”
Pagot ressaltou que as ferrovias já começam a contribuir para a mudança da matriz dos transportes. “O ano de 2009 foi muito interessante nesse aspecto, pois foi autorizado um aumento de 12 mil quilômetros da malha ferroviária em várias partes do país”, animou-se.
O modal que conta com 28 mil quilômetros de ferrovias em operação é um dos grandes desafios do Governo Federal. A expectativa é que em 2025, 32% do transporte de cargas do país seja efetuado por meio de trens.
O modal que conta com 28 mil quilômetros de ferrovias em operação é um dos grandes desafios do Governo Federal. A expectativa é que em 2025, 32% do transporte de cargas do país seja efetuado por meio de trens.
Prova desse investimento é a Ferrovia de Integração Centro-Oeste – FICO, que faz parte da primeira etapa de um grande projeto, a Ferrovia Transcontinental (EF-354). A EF-354 é planejada com 4.400 quilômetros de extensão e segue de Uruaçu/GO para o leste, passando pelo Distrito Federal, Minas Gerais até o litoral fluminense. Para o oeste, o plano indica um caminho de Vilhena/RO rumo ao Acre até a fronteira com o Peru, trecho que está em fase de estudos.
A hidrovia Tietê-Paraná, é outro exemplo. O projeto da hidrovia, que liga o estado de Goiás ao Paraná, prevê a construção de mais 12 eclusas, aumentando a extensão navegável dos atuais 800 quilômetros para 2.400 quilômetros e expandindo a capacidade para 30 milhões de toneladas/ano. Na região, são transportadas 120 milhões de cargas/ano, mas apenas 6 milhões utilizam o transporte hidroviário. Com o empreendimento, a expectativa é facilitar o transporte de cargas até São Paulo e os portos, para exportação.
No setor rodoviário, o diretor lembrou que em quatro anos de execução, o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC registra o andamento adequado das ações de infraestrutura logística sob a responsabilidade do DNIT. São 2.989 quilômetros de rodovias em construção/pavimentação e 53.585 quilômetros com a manutenção assegurada por contratos firmados pelo órgão.
23/08/2010
Assessoria de Imprensa / DNIT