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Corredor ferroviário reduzirá custos operacionais em Santa Catarina
A ligação ferroviária entre Chapecó e Itajaí pode retirar das rodovias a média mensal de 90 mil toneladas
Publicado em
12/05/2011 15h37
Atualizado em
25/05/2015 07h48
A ligação ferroviária entre Chapecó e Itajaí pode retirar das rodovias a média mensal de 90 mil toneladas
No Plano Nacional de Viação, a EF-487 é planejada para fazer a ligação entre Itajaí e Chapecó, com 622 quilômetros de trilhos. Trata-se de um corredor fundamental para facilitar o escoamento da produção agropecuária e industrial de municípios como Chapecó, Xaxim, Xanxerê, Concórdia, Seara, Joaçaba, Rio do Sul, Indaial e Blumenau até o Porto de Itajaí.
Por isso o Governo Federal investe este ano R$ 31 milhões na elaboração do projeto básico de engenharia do corredor ferroviário. Além de baixar os custos com transporte de produtos, a ferrovia entre o Oeste e o Litoral norte de Santa Catarina contribuirá para redução do fluxo de cargas em toda a BR-470 e trechos das rodovias BR-153 e BR-282.
Segundo dados da Superintendência do Porto de Itajaí, a grande maioria das cargas de frangos e aves exportadas para a União Européia e Extremo Oriente pelo Porto são provenientes da região Oeste de Santa Catarina. Em 2010 os produtos representaram a média mensal de 90 mil toneladas, respondendo por aproximadamente 35% da movimentação global do Complexo Portuário.
Essa característica garantiu ao corredor o apelido de ferrovia do frango. Na opinião do superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior,“A ligação ferroviária será de grande importância na redução dos custos operacionais da logística de exportação das carnes produzidas no oeste catarinense e escoadas pelo Complexo Portuário do Itajaí. A redução no número de caminhões nas rodovias que ligam os dois municípios também trará um impacto bastante positivo, aumentando significativamente a segurança das estradas”.
Se a ferrovia for utilizada apenas para transportar a produção de congelados até o Porto, que não opera granéis, pelo menos quatro mil caminhões por mês, deixarão de fazer o trajeto do oeste ao litoral norte pela BR-153, BR-282 e BR-470. Mas o incremento do transporte ferroviário terá um impacto maior para o estado, grande produtor de milho e soja, cargas que poderiam seguir do oeste ao porto de São Francisco do Sul/SC por meio do corredor e da ferrovia litorânea.
Os custos da implantação da EF-487 ainda não são conhecidos. O diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT, Geraldo Lourenço de Souza Neto diz que “a geografia da região indica a necessidade da construção de muitos túneis além de viadutos e pontes”. Ainda assim, na opinião dele, será de extrema importância para toda a região Sul.
Outro fator importante considerado por Lourenço é a possibilidade da ampliação do corredor ferroviário de Chapecó até Dionísio Cerqueira, na fronteira com a Argentina. O Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para o trecho está autorizado e foi iniciado levantamento aerofotográfico da região.
11/05/2011
Evandro Alvarenga – Assessoria de Imprensa/DNIT