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Controle de velocidade será debatido na próxima semana no DNIT
Evento vai discutir todas as questões ligadas à fiscalização eletrônica buscando aumentar a seguança nas estradas
Publicado em
05/12/2014 16h06
Atualizado em
25/05/2015 07h44
Evento vai discutir todas as questões ligadas à fiscalização eletrônica buscando aumentar a seguança nas estradas
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes realizará na próxima semana o “Workshop Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade - PNCV”. O evento será realizado nos dias 11 de dezembro, das 8h30 às 17h e 12 de dezembro das 9h às 12h, no Auditório principal da sede do DNIT, localizada no Setor de Autarquias Norte – Quadra 03 – Lote A, em Brasília.
Com o evento a Autarquia busca difundir conceitos, apresentar tecnologias voltadas ao controle de tráfego, promover debates com foco na integração de instituições e nos reflexos do programa na segurança viária. O workshop deve produzir mais subsídios para a proposição do novo PNCV. Para ver a programação, clique aqui.
O DNIT pretende priorizar, na nova proposta, as travessias de cidades, principalmente, aquelas em que o crescimento, aliado à falta de planejamento e de políticas públicas de uso do solo, tem provocado o surgimento de núcleos urbanos maiores às margens das rodovias federais. Esses núcleos incrementam as atividades socioeconômicas e de interações entre elas, promovendo, consequentemente, um aumento de deslocamentos a pé e de mais necessidade para o tráfego local. Essas condições conflitam com o tráfego de longa distância, gerando impactos na segurança viária, na mobilidade, na acessibilidade e no meio ambiente.
O controle de velocidade é mais uma iniciativa do DNIT para aumentar a segurança dos usuários de rodovias federais, definido a partir de estatísticas da autarquia. Em todo o mundo, diversos estudos comprovam as vantagens da redução da velocidade para um trânsito mais seguro. De acordo com dados da Conferência Global sobre o Uso da Tecnologia para Aumentar a Segurança nas Rodovias, realizada em Moscou em 2009, reduzir a velocidade em 1% leva a uma diminuição de 2% no número de feridos leves, 3% menos feridos graves e 4% menos mortos.
As vantagens também são econômicas. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Rodoviárias do DNIT apontou que, em 2008, foram gastos aproximadamente R$ 6,4 bilhões com acidentes nas rodovias federais. Esse custo é medido levando em consideração uma série de fatores: além do tratamento médico-hospitalar , contabiliza-se os danos causados aos veículos, os prejuízos gerados com os congestionamentos que os acidentes provocam, a perda de rendimentos futuros – em caso de morte, invalidez ou incapacidade temporária das vítimas trabalharem, a operação dos sistemas de atendimento e até mesmo os custos subjetivos causados pela dor e o sofrimento das pessoas.
Implantado em 2011 o atual PNCV conta atualmente com 2.696 equipamentos eletrônicas distribuídos nos 64 mil quilômetros de rodovias federais sob responsabilidade do DNIT. Incluído no PAC, o Programa conta com investimentos da ordem de R$ 773,4 milhões para cinco anos de operação.
São três tipos de equipamentos, sendo que dois deles funcionam em áreas urbanas (Controlador de avanço de sinal vermelho e os REVs, também conhecidos como Lombada Eletrônica). O outro tipo são os radares discretos instalados nas áreas rurais das rodovias, com o objetivo manter os veículos dentre dos limites de velocidade considerados seguros para a via e respeitar a lei de trânsito.
Nas primeiras análises feitas pela Coordenação Geral de Operações Rodoviárias do DNIT, em 2012, já surgiram os indicativos dos benefícios que o Plano Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade podia trazer aos cidadãos brasileiros. Nos quatro primeiros meses de 2011, o PNCV tinha apenas 39 equipamentos em operação. No mesmo período de 2012, 630 aparelhos estavam inibindo o excesso de velocidade em todo o Brasil. De janeiro a abril de 2012, houve 2.405 acidentes a menos que no mesmo período de 2011. A redução do número de registros com vítimas fatais chegou a 4,9 % em todo o Brasil, conforme os dados fornecidos pela PRF – Polícia Rodoviária Federal.
A redução foi mais significativa justamente nos dois estados da federação que tinham mais fiscalizadores eletrônicos funcionando no período analisado. No período comparado de 2011 e 2012, Goiás teve uma redução de 26% no total de acidentes com mortes, 14,7% nos registros com feridos, 7,5% nos acidentes sem vítimas e 11,6% no total geral.
Em Minas Gerais, estado com maior extensão de rodovias federais, os dados da PRF indicavam que a redução do número de acidentes com mortes de 15%, no período comparado dos dois anos. A redução nas ocorrências com feridos foi de 6,7%, o de registros sem vítimas caiu 6,8% e no total de acidentes a queda foi de 7%.
Inscrições – O Workshop é gratuito e direcionado aos órgãos de trânsito, órgãos de controle, empresas, técnicos, gestores, legisladores e cidadãos preocupados com a segurança viária. Para participar basta preencher e enviar a inscrição, disponibilizada neste link: http://goo.gl/forms/nQEOSOErdO.
05/12/2014
Evandro Alvarenga - Assessoria de Imprensa/DNIT