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Controle de velocidade nas rodovias federais entra em operação até março
A redução em cerca de 70% dos acidentes em áreas urbanas e rurais. Esta é a expectativa do DNIT que homologou, esta semana, o resultado de 11 dos 12 lotes da licitação nº 471/09 que prevê a instalação e operação de equipamentos de controle de velocidade nas rodovias federais de todo o país. Os contratos deverão ser assinados até o final deste mês. Ao todo, serão instalados 2.696 equipamentos, que vão monitorar 5.392 faixas de trânsito pelo prazo de cinco anos.
Até o mês de março, os primeiros equipamentos serão ligados. Segundo o Coordenador de Operações Rodoviárias do DNIT, Luiz Cláudio Varejão, “o cronograma de instalação dos equipamentos vai acompanhar o volume de recursos destinados a esses contratos no orçamento ano a ano”.
O processo licitatório iniciado em outubro de 2009 foi concluído com a redução de 44% no preço do serviço a ser executado. Quando abriu o edital o DNIT estimou o investimento em R$ 1,4 bilhão, mas com a concorrência que considerou melhor técnica e menor preço, os valores ficaram em R$ 804,7 milhões. Os recursos para implantação e operação dos equipamentos constam do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.
O controle de velocidade é mais uma iniciativa do DNIT para aumentar a segurança dos usuários de rodovias federais, definido a partir de estatísticas da autarquia. Em todo o mundo, diversos estudos comprovam as vantagens da redução da velocidade para um trânsito mais seguro. De acordo com dados da Conferência Global sobre o Uso da Tecnologia para Aumentar a Segurança nas Rodovias, realizada em Moscou em 2009, reduzir a velocidade em 1% leva a uma diminuição de 2% no número de feridos leves, 3% menos feridos graves e 4% menos mortos.
As vantagens também são econômicas. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Rodoviárias do DNIT apontou que, em 2008, foram gastos aproximadamente R$ 6,4 bilhões com acidentes nas rodovias federais. Esse custo é medido levando em consideração uma série de fatores: além do tratamento médico-hospitalar , contabiliza-se os danos causados aos veículos, os prejuízos gerados com os congestionamentos que os acidentes provocam, a perda de rendimentos futuros – em caso de morte, invalidez ou incapacidade temporária das vítimas trabalharem, a operação dos sistemas de atendimento e até mesmo os custos subjetivos causados pela dor e o sofrimento das pessoas.
Equipamentos
Nas áreas urbanas das rodovias serão 1.130 barreiras eletrônicas (ou lombadas eletrônicas), que fazem o controle ostensivo da velocidade e 466 equipamentos para fiscalizar o avanço de sinal vermelho e a parada sobre faixa de pedestres. Nos trechos rurais serão 1.100 radares fixos, do tipo discreto. Este último tipo de máquina é inédito em rodovias federais brasileiras e tem a função de manter a velocidade dos veículos dentro do limite permitido na via. Já as lombadas eletrônicas (Redutores Eletrônicos de Velocidade) são dispositivos que auxiliam o monitoramento das rodovias, nos pontos onde existe conflito do tráfego de longa distância com fluxo das áreas urbanas.
Para decidir a localização de cada equipamento, o DNIT se baseou em dados técnicos de estudos anuais dos pontos críticos das rodovias federais, elaborados pela autarquia com dados de ocorrência de acidentes levantados pela Polícia Rodoviária Federal em todos os estados. Clique aqui para conferir os trechos onde os radares serão instalados.
12/11/2010
ASSESSORIA DE IMPRENSA/DNIT