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Conclusão das obras das Eclusas de Tucuruí representa vitória do Governo Federal
Programa de Aceleração do Crescimento viabilizou o término dos serviços iniciados em 1980
Depois de trinta anos, o Governo Federal venceu o desnível de 74 metros que impedia a navegabilidade no rio Tocantins desde a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Nesta terça-feira (30/11), o presidente Luis Inácio Lula da Silva inaugura uma das maiores obras de infraestrutura logística do país, em uma área de expansão da fronteira agrícola e mineral. São duas eclusas, com 210 metros de largura e 33 metros de comprimento cada uma, ligadas por um canal intermediário de 5,5 quilômetros. Esse sistema vai permitir a navegação de comboios de até 19 mil toneladas em uma extensão de 445 quilômetros entre o Porto de Vila do Conde/PA e a cidade de Marabá, onde está em fase de implantação uma plataforma multimodal que integrará hidrovia, ferrovia e rodovia.
O Programa de Aceleração do Crescimento viabilizou a conclusão das eclusas de Tucuruí. De um total de um bilhão e seiscentos milhões de reais necessários à finalização do sistema de transposição, R$ 1 bilhão foi investido por meio do PAC, a partir de 2007, ano da retomada das obras. “Essa é uma vitória do trabalho sério e da persistência sobre a falta de vontade política, que havia paralisado os serviços diversas vezes desde que a obra começou em 1981”, comemora o diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot. A obra impressiona pela grandiosidade. O volume de concreto usado na obra seria suficiente para construir 25 estádios de futebol do tamanho do Maracanã. Cerca de 3.500 operários trabalharam continuamente nas obras desde a retomada.
As eclusas vão beneficiar o setor produtivo da região, principalmente no que diz respeito à mineração. Hoje, os comboios carregados de minério navegam de Marabá a Tucuruí, onde é necessário realizar o transbordo para caminhões e, logo depois do desnível, a carga volta a ser transportada pelo rio até os portos de Belém e Vila do Conde. Com a conclusão da obra, o transbordo deixa de ser necessário e a viagem ficará mais curta. Isso se reverte em redução de custos, o que viabiliza a implantação da siderúrgica Aços Laminados do Pará – ALPA. Essa indústria é um empreendimento avaliado em R$ 3,3 bilhões, cuja logística está inteiramente baseada no modal hidroviário.
Aliando sustentabilidade à economia, a conclusão das eclusas é mais um passo na mudança da matriz de transportes do país, dentro do que prevê o Plano Nacional de Logística de Transportes. De acordo com o PNLT, até 2025, 29% de todo o transporte será efetuado por hidrovias, meio que polui menos o meio ambiente e reduz custos de transporte, tornando os produtos mais competitivos. Um comboio de 150 metros de comprimento, com capacidade de 6 mil toneladas, equivale a 172 carretas de 35 toneladas de capacidade. Hoje, apenas 13% da carga no país é transportada por vias fluviais.
Histórico
Iniciada em 1980 pela extinta Portobras, a construção das eclusas de Tucuruí teve andamento normal até 1984, quando o ritmo foi reduzido gradativamente até a paralisação, em 1989. Em 1998 os serviços foram reiniciados, mas houve nova desaceleração por determinação do Tribunal de Contas da União. Reativadas mais uma vez em 2004, as obras seguiram até outubro de 2005. Somente em março de 2007, após a inclusão no PAC e a assinatura do contrato de delegação firmado entre DNIT e Eletronorte, foi possível retomar a obra, que será entregue à população este mês.
26/11/2010
ASSESSORIA DE IMPRENSA/DNIT