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Brasil deve investir em novas obras de infraestrutura, defende Pagot
Cerca de R$ 20 bilhões serão destinados a região Centro-Oeste
Publicado em
05/05/2010 11h30
Atualizado em
25/05/2015 07h46
Cerca de R$ 20 bilhões serão destinados a região Centro-Oeste
A continuidade do processo de crescimento da economia brasileira exigirá que o Brasil invista em novas obras de infraestrutura e não apenas na execução de adequações e duplicações de rodovias já existentes, avaliou o diretor geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, durante o 3.º Fórum Estadão Regiões:Centro-Oeste, realizado nesta terça-feira (04/05), em São Paulo. No seu entendimento, para resolver os gargalos logísticos existentes, o Brasil, um país essencialmente rodoviário, deve trabalhar para a mudança de modal, optando principalmente por hidrovias.
Em sua palestra, Pagot afirmou que o sistema logístico da Região Centro-Oeste deve recuperar o tempo perdido até 2014. "O Centro-Oeste terá investimentos de R$ 6 bilhões previstos no PAC 1 e R$ 8 bilhões no PAC 2", disse Pagot. Outros R$ 6 bilhões estão previstos para o setor ferroviário.
O Fórum promovido pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ discutiu potencialidades e entraves ao crescimento da região Centro-Oeste, como as deficiências do setor de infraestrutura, principalmente de transportes,além de questões ambientais. Considerada um dos maiores celeiros do mundo, a região cresceu o dobro da média nacional nos últimos dez anos e já responde por 14,1% da produção mundial de soja.
Durante o fórum, os participantes criticaram os entraves impostos pela legislação ambiental. O diretor geral do DNIT observou que a morosidade na emissão de licença ambiental – que demora de dois a quatro anos – continua sendo o principal entrave para a execução de obras. O ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também criticou a dificuldade para obtenção de licenças ambientais para a construção de estradas, hidrovias e ferrovias na Amazônia Legal. Por causa desses entraves, disse , não há nem sequer estudos e projetos logísticos para a região.
Stephanes disse ainda que o escoamento da produção do Centro-Oeste para o Norte do País tornou-se inviável por causa das reservas indígenas e unidades de conservação ambiental existentes na Amazônia Legal. "Todas as passagens para o destino Norte, que seria mais racional, pela proximidade dos mercados consumidores, estão bloqueadas", afirmou o ex-ministro".
05/05/2010
ASSESSORIA DE IMPRENSA /DNIT com Agência Estado