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BR-448/RS, a Rodovia do Parque, uma alternativa para o desenvolvimento gaúcho
Idealizada como uma rota alternativa à BR-116, no movimentado trecho que corta o Rio Grande do Sul entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre, a BR-448 já absorveu 40% do tráfego que antes fluía totalmente pela BR-116. Mais de 40 mil veículos trafegam por dia nos 22,5 quilômetros da BR-448 que correm paralelos à 116. A informação é da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Rio Grande do Sul, autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
Conhecida como Rodovia do Parque, a BR-448 foi criada para desafogar o fluxo de automóveis da BR-116, que já chegou a movimentar quase 140 mil veículos diariamente. A região, que engloba 22 municípios ao redor de Porto Alegre (RS), é um dos maiores pólos industriais do país, com refinarias, indústrias, siderúrgicas e petroquímicas, entre outras.
A BR-448 é rota obrigatória para quem se desloca de Porto Alegre em direção às mais importantes regiões econômicas do norte gaúcho, além de ser passagem para cargas enviadas para os pólos do Vale do Rio dos Sinos, Vale do Rio Taquari e Serra Gaúcha.
De acordo com o engenheiro do DNIT no estado, Carlos Alberto Garcia, antes da construção da BR-448, os engarrafamentos no trecho de 43 quilômetros da BR-116, que liga Porto Alegre ao município de Novo Hamburgo, se estendiam por vários quilômetros todos os dias. “Era possível levar até duas horas para fazer o trajeto que normalmente duraria uns 30 minutos. Agora, todo o caminho pode ser percorrido neste tempo, em ambas as rodovias”, conta.
Apesar de ter sido inaugurada em 2013, o projeto de construção da rodovia teve início muito antes, em 2005, com o Programa de Reassentamento Populacional da Rodovia do Parque, do DNIT. Para construir a rota sem grandes impactos sócio-ambientais, o DNIT elaborou um projeto de garantia o direito à moradia e investiu na construção de uma vila para abrigar as cerca de 600 famílias da região, instaladas, em sua grande maioria, no município de Canoas.
A partir de estudos de medidas compensatórias, de mitigação dos impactos, de preservação da fauna e da flora e de reinserção social das comunidades locais, o DNIT implantou um sistema de gestão ambiental e de desenvolvimento de ações para a geração de emprego e renda à população.
Os projetos para a Rodovia do Parque ainda não foram concluídos. O próximo passo, segundo Garcia, é a finalização do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a expansão de um trecho de 18 quilômetros até a RS-240, no município de Portão. De acordo com o engenheiro, assim que o estudo for concluído, o DNIT irá lançar o edital para a contratação da empresa que irá acompanhar as obras.
Sustentabilidade
Conheça alguns programas ambientais desenvolvidos na BR-448:
- Gerenciamento de resíduos: todos os restos gerados nos canteiros das obras são classificados e tratados para serem reutilizados ou reciclados;
- Redução de atropelamento da fauna: as ações para proteger a fauna incluem desde o monitoramento das espécies até a construção de passagens para a travessia de animais sob a rodovia para evitar atropelamentos. Entre elas estão as pontes Arroio Sapucaia e a Vala Mathias;
- Reposição florestal: plantio de espécies arbóreas nativas. Pelo programa, são recompostas áreas relevantes para a flora, fauna e qualidade dos recursos hídricos da região;
- Monitoramento de recursos hídricos: direciona e especifica estudos e ações para o controle dos recursos hídricos subterrâneos por meio de 14 poços piezométricos (equipamentos de observação no qual é medido o nível freático);
- Paisagismo: o programa foca, prioritariamente, a revegetação da faixa de domínio, buscando incorporar a rodovia na paisagem em termos estruturais e ambientais.
Ficha Técnica da Rodovia do Parque
A BR-448 passa pelo Parque Estadual do Delta do Jacuí, uma unidade de proteção integral. Por isso, ela é chamada de Rodovia do Parque.
Extensão: 22,3 km
Municípios cruzados: Sapucaia do Sul, Esteio, Canoas e Porto Alegre
Número de pistas: trechos com duas e com três pistas
Largura da faixa: 3,60m
Ciclovia e faixa para pedestres: não
Velocidade máxima: 100 km
*Com informações do DNIT
11/07/2017
Assessoria de Comunicação - Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil