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BR-262/ES
Anteprojeto de restauração de trecho da BR-262/ES é apresentado em Audiência Pública
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT, por intermédio da Superintendência Regional no estado do Espírito Santo, realizou uma Audiência Pública na tarde desta terça-feira (04/09) no auditório da SR/ES para apresentar o anteprojeto de restauração do trecho que compreende o KM 72 e KM 196 da BR-262, uma das principais vias de escoamento de produtos dos setores de agronegócio, rochas, mineração e siderúrgica, automotivo, celulose, petróleo e gás do estado.
A analista de infraestrutura do Ministério dos Transportes, Ana Karina Chaves, responsável pela apresentação do anteprojeto, explicou que foi feito um estudo detalhado das condições do trecho com base nos aspectos gerais da pista e do tráfego, concluindo que a melhor pavimentação a ser utilizada, neste caso, é o pavimento rígido, com a técnica whitetopping .
Este é um termo que se refere à execução direta de uma camada de pavimento de concreto, de cor cinza clara, sobre uma camada asfáltica de cor escura. Essa segunda camada tem funções de base e de revestimento, permitindo que camadas inferiores do pavimento fiquem sujeitas a esforços reduzidos. Na prática, o whitetopping é “encaixado” com fresagem ou a partir da remoção parcial da mistura asfáltica.
De acordo com Ana Karina, o anteprojeto mostrou que o whitetopping apresenta vantagens e benefícios em termos de economia, técnica e desempenho, construção, segurança e conforto de rolamento, ecologia e meio ambiente.
“O whitetopping tem maior vida útil do que o pavimento flexível. Mais econômico e resistente, o material tem um custo menor de manutenção, além de reaproveitar toda a infraestrutura do pavimento de asfalto. Além disso, o custo do whitetopping é menor do que o do flexível, considerando, principalmente, o valor atual do CAP. A partir do terceiro ano o pavimento já se pagou e já se mostra mais econômico do que o flexível”, destacou a analista.
O whitetopping também aumenta a segurança e o conforto nas estradas, já que ranhuras superficiais produzidas aumentam a aderência dos pneus, evitando aquaplanagens e reduzindo a distância necessária para frenagem dos veículos.
No Brasil, a pavimentação por whitetopping nunca foi utilizado em projetos de restauração em uma pista simples. “Essa é uma inovação, um marco muito positivo na infraestrutura de transportes do Espírito Santo”, destacou o superintendente do DNIT/ES, André Martinez.
Na Audiência Pública foram apresentados, também, a respeito da obra de recuperação do trecho da BR-262: drenagem (manutenção, limpeza e desobstrução, recuperação e prolongamento), a sinalização (horizontal, vertical e das obras), o componente ambiental (recuperação de caixas de empréstimo e jazidas, recuperação de canteiro, hidro-semeadura, plantio de mudas) e o paisagismo (plantio de grama, plantio de árvores, implantação de calçadas), em Ibatiba e Venda Nova. Para estas duas cidades também estão previstos viadutos e pista dupla.
Nas próximas semanas o processo será enviado a Procuradoria Federal Especializada (PFE/Sede) para análise dos aspectos jurídicos. A expectativa, segundo o superintendente da SR/ES, é de que o DNIT faça a abertura do certame até o final de novembro.
06/09/2018
ASCOM/DNIT