Hidrovia do Paraguai
Hidrovia do Paraguai
A HN-950 Rio Paraguai corta metade da América do Sul, desde Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. O trecho brasileiro vai até a confluência com o rio Apa e tem 1.272 km de extensão, ela define a fronteira com o Paraguai por cerca de 330 km e com a Bolívia por cerca de 48 km. É uma importante via de transporte de minérios, produtos agrícolas e grãos do Centro-Oeste do país. Por meio dela são realizadas exportações e importações para os países da Bacia do Prata.
A HN-950 Rio Paraguai nasce na Serra de Araporé, encosta meridional da Serra dos Parecis, no Estado de Mato Grosso, e sua bacia hidrográfica se estende sobre uma chapada pantanosa, denominada de Brejal das Sete Lagoas, onde se verifica as separações das bacias hidrográficas do Prata e Amazônica. A hidrovia atravessa o Paraguai e desagua na HN-900 Rio Paraná, na fronteira Paraguai – Argentina, próximo à cidade de Paso de Pátria (Paraguai).
As cidades brasileiras mais importantes na área de influência da hidrovia são: Cuiabá, Cáceres e Poconé em Mato Grosso; Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul.
Características Gerais
A HN-950 Rio Paraguai está inserida nas bacias das HN-954 Rio Cuiabá, HN-710 Rio Taquari, HN-129 Rio Negro e HN-951 Rio Miranda. O conjunto das bacias que forma o Sistema Hidroviário do Paraguai ocupa uma área de 328.374 km². As capitais estaduais, Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), além dos municípios de Corumbá (MS), Várzea Grande (MT) e Santo Antônio do Leverger (MT) são as cidades mais populosas de um total de 101 municípios que o Sistema abrange.
A HN-950 Rio Paraguai tem seu traçado no sentido geral de Nordeste para Sudoeste desde as nascentes até a sua desembocadura na HN-900 Rio Paraná, com 2.621 km de extensão, desse total, percorre as margens brasileiras numa extensão de aproximadamente 1.693 km.
Seu leito é constituído de material sedimentar e não consolidado, com as características físicas da região do Pantanal. Além disso, ao longo dos anos, há sensíveis mudanças de canais e profundidades, muitos trechos possuem altos índices de sinuosidade e as declividades médias são muito baixas, da ordem de 2cm/ km entre a foz do rio Apa e Corumbá (MS), e da ordem de 6cm/ km entre Corumbá (MS) e Cáceres (MT), consequentemente, a velocidade do escoamento ao longo de toda a hidrovia é lenta.
A HN-950 Rio Paraguai possui dois segmentos distintos do ponto de vista da navegação: Tramo Sul - da foz do rio Apa até Corumbá (MS), nesse trecho, a hidrovia é navegada por grandes comboios comerciais, sem grandes empecilhos; já, no Tramo Norte - entre Corumbá (MS) e Cáceres (MT), é navegada por pequenas e médias embarcações, apresentando dificuldades e empecilhos de maior relevância, que se devem principalmente à ilhas fluviais, assoreamentos e excesso de sinuosidade.
Com isso, as características do Tramo Sul permitem a navegação de comboios com 290 m de comprimento, 48 m de largura, calado de 2,7 m e capacidade para 24 mil toneladas. No Tramo Norte podem trafegar comboios de até 140 m de comprimento e 24 m de largura, com calado de 1,5 m, e capacidade de até 500 toneladas de carga. Nessa hidrovia, as embarcações transportam soja, arroz, milho e madeira, além de cimento e derivados minérios de ferro e manganês.
Abrangência: 20 Municípios em MT e MS (PHE, 2013)
População: 1.175.849 hab (IBGE, 2010)
Extensão navegável: 3.442 km (Cáceres à Nueva Palmira)
Largura média: 700 m
Regime Hidrológico:
- Período de águas baixas: Julho a Novembro
- Período de águas altas: Dezembro a Abril
Transporte de carga (2010 a 2014): 26.838.987 ton (ANTAQ, 2015)
Principais cargas: Minério de ferro e manganês. (ANTAQ, 2015).
Localização: