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Rondonistas iniciam ações em Campo Grande (MS)
Campo Grande, 09/07/2018 –
Os 252 rondonistas, que participam da Operação Pantanal, foram recepcionados com desfile de militares e carros de combate ao chegarem em Campo Grande (MS). Os universitários, que vão atuar em 12 municípios do estado, vieram de todas as unidades da Federação, inclusive de MS.
Eles foram recebidos na Ala 5 e encaminhados para o 20º Regimento de Cavalaria Blindado da capital de Mato Grosso do Sul. As instalações do Regimento serão a base dos rondonistas durante as atividades de abertura e encerramento da operação. Antes de dar início ao trabalho, o grupo assistiu a palestras para aprenderem mais sobre o Projeto Rondon.
O coronel Martins, coordenador regional da Operação Pantanal, falou sobre a história do projeto, que teve a primeira missão em 1967, foi interrompido nos anos 80, e reativado em 2005. “O Rondon foi reativado com uma nova concepção, que é a de levar capacitação e fomentar o desenvolvimento dos municípios”, enfatizou. Além do coronel Martins, o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Oeste, general Marcio Bessa Campos, palestrou sobre a atuação do Exército Brasileiro na fronteira Oeste.
Durante a manhã de recepção ao grupo, os participantes do projeto Rondon ainda mostraram os gritos de guerra de cada equipe e ouviram a experiência de professores coordenadores e adjuntos das Instituições de Ensino Superior (IES). Entre eles, estava o professor da PUC/RS, Denis Dockhorn. Atualmente, ele é o rondonista mais antigo na ativa. Docklom participou 19 vezes do projeto e enfatizou que “o Rondon é aprendizado”.
Outra presença de destaque no evento foi da professora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Ana Maria Migott. Ela anunciou sua despedida do projeto, após dez anos de participação. A docente destacou que a inciativa é “fundamental para estimular e desenvolver cidadãos. Quando colocamos o chapéu, recebemos a outorga da lição de vida e cidadania. Além disso, nós recebemos a prática da cidadania”, enfatizou.
Após a cerimônia de abertura, na parte da tarde, os rondonistas retornaram à Ala 5 para conhecer as atividades desenvolvidas no local. Divididos em quatro grupos, eles foram informados sobre o trabalho da equipe de resgate e das demais atividades realizadas ali, bem como viram as aeronaves. “Os rondonistas ficaram entusiasmados em conhecer como funciona a Ala 5 e acharam muito interessante o trabalho desenvolvido”, disse a professora Daniela Rebello, responsável por coordenar as atividades do Conjunto “C” da Operação Pantanal. “A visita foi muito legal, e também mostra que ser rondonista é viver experiências novas todos os dias”, completou.
Universitários em ação
No domingo, 8, os universitários partiram com representantes das IES deles para as cidades em que serão desenvolvidas as ações da Operação Pantanal. A acadêmica do Instituto Federal Paraná (IFPR), campus de Palmas, Alana Silveira de Lima seguiu para Bodoquena, município de cerca de 8 mil habitantes, situado na Serra da Bodoquena. Alana contou que a preparação para realizar as ações do Projeto Rondon teve início em abril. “Tivemos todo esse tempo de preparo. Quero ir lá para sensibilizar, trabalhar e mudar meus conceitos sobre a realidade”, destacou. Uma das atividades do IFPR – Palmas será desenvolver um festival cultural para a comunidade.
As equipes da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) se deslocaram para Corumbá/Ladário com o apoio da Força Aérea Brasileira, no avião C-105, juntamente com a coordenação-geral do Projeto Rondon. Lá, foram recebidas pelo almirante Luiz Octávio Barros Coutinho, comandante do 6º Distrito Naval. Os rondonistas conheceram a estrutura do Distrito Naval e embarcaram em um de seus navios, o Monitor Parnaíba, navegando por aproximadamente uma hora pelo Rio Paraguai.
Além dos professores coordenadores e adjuntos, cada IES é acompanhada por um anjo. Trata-se de militar responsável por facilitar as ações dos rondonistas, além de orientar os professores de cada instituição de ensino em relação à segurança e à saúde dos acadêmicos voluntários.
“Nós somos a extensão dos olhos dos coordenadores regionais. Cuidamos dos estudantes para que eles trabalhem da melhor forma possível”, destacou o sargento Rondineli Stasiak, que é anjo pela segunda vez. Ele explicou que para assumir a função, os militares interessados participam de uma seleção. “É uma experiência única, tanto para os estudantes, quanto para nós”, garantiu.
Além de Bodoquena, os municípios de Bandeirantes, Corguinho, Corumbá/Ladário, Dois Irmãos do Buriti, Jaguari, Miranda, Nioaque, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo e Terenos recebem a Operação Pantanal.
Por Juny Hugen
Fotos: Thaís Joris e Gabriel Quintino
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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