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Rio 2016: Regiões olímpicas apresentam planos de enfrentamento ao terrorismo
Brasília, 1º/06/2016 – Representantes das Forças Armadas que farão o enfrentamento a possíveis ameaças terroristas durante os Jogos Olímpicos apresentaram nesta semana ao Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT) seus protocolos regionais de atuação, que estabelecem como cada região olímpica, no Rio de Janeiro e nas cidades do futebol, agirá diante de eventuais situações desta natureza.
Estrutura criada pelo Ministério da Defesa para fazer frente a possíveis ameaças terroristas durante as Olimpíadas, o CCPCT terá seu posto de comando aberto, ou seja, estará em plenas condições de atuação, a partir do dia 13 de junho no Comando Militar do Leste (CML), no Rio de Janeiro.
O desdobramento dessa estrutura de enfrentamento ao terrorismo em todas as regiões de competição do Rio – Maracanã, Barra, Deodoro e Copacabana – além das cidades-sede dos jogos de futebol, será feito pelos Centros de Coordenação Tático Integrado (CCTIs). Foram os representantes de cada um desses centros que estiveram nesta semana em Goiânia, no Comando de Operações Especiais do Exército (COpEsp) para levar seus planos táticos para avaliação do chefe do CCPCT, general Mauro Sinott.
De acordo com o general, os planos regionais são fruto de um longo trabalho que envolveu uma série de estágios e exercícios realizados, não só entre os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica – são cerca de dois mil voltados exclusivamente para o enfrentamento ao terror – como também e, principalmente, em parceria com outros órgãos de Segurança Pública e de Inteligência. “Passamos a eles os protocolos de nível nacional com as orientações para que eles desenvolvessem o mesmo ambiente interagências no nível regional”, explica o general.
O general Sinott explica que essa reunião teve como objetivo avaliar se ainda há necessidade de ajustes nos planos, além de promover a troca de experiências entre os envolvidos. “A elaboração dos protocolos regionais atende a uma direção orientada, mas têm como base a realidade de cada local. Um protocolo de atuação para Manaus não será o mesmo que um desenvolvido pelo CDS (Comando de Defesa Setorial) de Deodoro, por exemplo”, afirma.
Para o coronel Wagner Silveira de Paula, representante do CCTI de Belo Horizonte, o encontro foi positivo no sentido de dar mais segurança aos responsáveis pelo enfrentamento ao terrorismo nas mais diversas áreas que receberão atividades olímpicas. De acordo com ele, é importante a orientação de um órgão centralizador como o CCPCT para promover o diálogo e a troca de experiências. “Conhecendo os nossos planos, o CCPCT pode nos orientar melhor, nos ajudar a aperfeiçoar os nossos planejamentos e protocolos de atuação”, disse. De acordo com o coronel, graças à orientação explícita de priorizar as ações conjuntas entre as Forças Armadas e todos os demais órgãos, criou-se uma cultura de atuação conjunta que, na visão dele, será o maior legado para a Segurança no País. “É evidente a evolução que todas as instituições envolvidas tiveram nesse aspecto de interação e de cooperação entre os órgãos. É um processo que não tem mais como recuar, daqui pra frente, é só evoluir, a realização dessas atividades de segurança será cada vez mais intensa e integrada”, disse.
Defesa Química, Bacteriológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN)
A parte de prevenção e enfrentamento a possíveis ameaças envolvendo agentes de natureza diversificada (QBRN) também fica a cargo do CCPCT e, respectivamente, dos CCTIs. Por isso, nesse escopo de preparação para os Jogos Olímpicos, foram realizados diversos treinamentos teóricos e práticos. Além de preparar cada instalação olímpica a lidar com esse tipo de ameaça, tais exercícios promoveram a integração de todos os setores envolvidos, inclusive o de Saúde, buscando-se a identificação com a rede de hospitais aptos a atender situações dessa natureza.
O assessor de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Ministério da Defesa, coronel Chamon De Lamare, explica que o setor avançou de forma intensa com a realização dos últimos grandes eventos no Brasil. “Com a experiência adquirida em outras situações, conseguimos ampliar a nossa rede de contatos e de envolvimento dos órgãos envolvidos”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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