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Rio 2016: Pela primeira vez na história, Brasil terá atletas de badminton na Olimpíada
Brasília, 02/08/2016 - Ygor Coelho e Lohaynny Vicente trocaram as quadras da Comunidade da Chacrinha, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), pela arena olímpica. Eles, que se conheceram aos sete anos nas aulas de badminton, chegam aos 20 disputando juntos a Olimpíada. Essa é a primeira vez que o Brasil é representado nessa modalidade nos Jogos Olímpicos e os dois atletas que disputarão as competições são militares integrantes do Programa de Alto Rendimento do Ministério da Defesa.
O sargento Ygor Coelho é carioca e joga desde os três anos de idade, influenciado pelo pai, responsável por um projeto social na periferia, o Miratus. Por meio do badminton, a iniciativa objetiva intervir socialmente na vida dos jovens. "Comecei a andar ao mesmo tempo em que aprendi a equilibrar a raquete", brinca o atleta. Atualmente, o projeto possui um espaço com quatro quadras e atende em torno de 300 crianças e jovens.
Ygor está na Força Aérea Brasileira desde o início de 2016 e conta que foi influenciado por outros colegas da equipe, que também são atletas de alto rendimento da Aeronáutica. "Acho que a vida militar e a vida de atleta têm tudo a ver, em ambos os casos precisamos de muita disciplina para alcançar nossos objetivos", explica o sargento.
Para chegar aos Jogos Olímpicos, o militar teve quatro bons resultados: venceu o Challenger, no Peru; o Brasil Open, em São Paulo; levou o bronze no International Series, em Santo Domingo; e chegou às quartas de final do Gran Prix do México. "O sonho de todo atleta é chegar à Olimpíada, ainda mais em casa. Estar na Força Aérea e vestir essa farda também é um sonho desde criancinha. Torçam por mim, eu vou fazer o meu melhor, com certeza", ressalta Coelho.
A sargento Lohaynny Vicente, também natural do Rio de Janeiro (RJ), começou a praticar badminton pela facilidade de acesso às instalações do projeto Miratus. Era só atravessar a rua de casa. Ela, que começou aos sete anos, percebeu, aos 12, que o esporte poderia ser mais que uma brincadeira de criança: venceu um campeonato nacional e foi chamada para integrar a seleção brasileira.
Na família, além dela, a irmã Luana também é atleta profissional. Juntas, ficaram conhecidas como "irmãs Vicente", após serem medalhistas em Toronto, em 2015. "Minha mãe adora que a gente jogue. Quando ficamos um pouco em casa ela já questiona: Vocês não vão treinar?”, conta a sargento.
O treinamento da Seleção Brasileira de Badminton acontece em Campinas, no interior de São Paulo. Até o início da Olimpíada, a preparação segue. Para a atleta, embora o braço seja importante para o esporte, o treinamento de pernas e corrida é primordial, já que a modalidade exige muitos deslocamentos e com muita rapidez. "Eu queria dizer à população brasileira que torça muito e que venha acompanhar o badminton, pois vou fazer o meu melhor para conseguir o nosso resultado", afirma.
Com informações Agência Força Aérea
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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