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Rio 2016: Militares conquistam 68% das medalhas brasileiras
Brasília, 22/08/2016 – Um resultado de superação. É esse o balanço da atuação do desporto militar brasileiro nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Ministério da Defesa ultrapassou as metas estabelecidas de classificar 100 atletas militares para integrarem as seleções olímpicas e conquistar 10 medalhas. Os números foram superiores a Londres, em 2012, e a soma chegou a 145 militares integrantes do Time Brasil que alcançaram 13 medalhas.
Com 19 medalhas, o Brasil teve o melhor desempenho da história em Olimpíadas. A contribuição das Forças Armadas, com o apoio do então Ministério do Esporte, dos Comitês Olímpico do Brasil e Paralímpico Brasileiro, das confederações e federações esportivas, dos clubes sociais, entre outros parceiros, permitiu que atletas militares obtivessem 68% dos pódios. . Os medalhistas brasileiros que integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa se destacaram nas competições.
"A nossa avaliação a respeito de nossos atletas militares é a melhor possível. O sucesso de nosso programa é inquestionável, assim como também é indubitável que sua contribuição para a elevação do Brasil à condição de potência olímpica será muito importante. É um programa altamente inclusivo e flexível, pois admite diversos modelos de parcerias com as demais entidades ligadas ao esporte, como, por exemplo, os clubes, as confederações e as empresas”, ressalta o diretor do Departamento de Desporto Militar, Paulo Zuccaro.
Os sargentos da Marinha Rafaela Silva (ouro no judô), Mayra Aguiar (bronze no judô), Robson Conceição (ouro no boxe), Martine Grael e Kahena kunze (ouro na vela), Alison e Bruno (ouro no vôlei de praia) e Ágatha e Bárbara (prata no vôlei de praia); os sargentos do Exército Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática) e Rafael Silva (bronze no judô); e os sargentos da Força Aérea Arthur Nory (bronze na ginástica artística), Maicon Siqueira (bronze no taekwondo), Arthur Zanetti (prata na ginástica artística) e Thiago Braz (ouro no atletismo), foram os medalhistas representantes das três Forças.
A 13ª medalha das Forças Armadas veio da conquista do terceiro lugar no taekwondo, na categoria acima dos 80 quilos, pelo terceiro sargento da Aeronáutica Maicon Siqueira. "Nunca sonhei que um dia disputaria uma Olimpíada na vida. Por isso agradeço muito aos meus amigos e à minha família", disse ao final da disputa. "Por mais que eu tente te explicar, é uma sensação única. É um sonho. Não tem como explicar como é estar aqui. É um momento único. Por mais que fale palavras bonitas, não tem como descrever".
Desporto Militar
O crescimento da participação dos atletas militares no desporto nacional, que resultou na conquista de 30% das vagas do Time Brasil, vem sendo construído ao longo dos últimos oito anos. Em sintonia com o planejamento do País no cenário esportivo de alto rendimento, os ministérios da Defesa e do Esporte uniram esforços e, em 2008, criaram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas.
“É muito importante a gente ter outros tipos de recursos, representar a Marinha nos Jogos Mundiais Militares, onde a gente conhece alguns adversários que possam estar em Olimpíada e em campeonatos mundiais. A gente tem uma ajuda também, porque a gente não consegue treinar com preocupação. A gente tem uma renda fixa e uma preocupação a menos, podendo se preocupar mais com o treino e a competição”, comentou a judoca Rafaela Silva.
Durante os Jogos do Rio, os militares participaram das disputas de 27 modalidades, o que corresponde a 64% dos esportes das Olimpíadas. As Forças Armadas estiveram presentes nas provas de atletismo, basquete feminino, ginástica artística, hipismo adestramento, hóquei sobre grama, natação, judô, levantamento de peso, tiro esportivo, tiro com arco, taekwondo, vôlei de praia, maratona aquática, lutas, ciclismo pista, ciclismo estrada, handebol, vela, esgrima, boxe, remo, saltos ornamentais, nado sincronizado, canoagem slalom, badminton, triatlo e pentatlo moderno.
“Sem esse apoio, eu certamente não teria chegado a essa medalha de ouro”, afirma o campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz, que, aos 22 anos, é terceiro sargento da Aeronáutica.
Atualmente, 670 militares fazem parte do Programa Atletas de Alto Rendimento, sendo que 76 são militares de carreira e outros 594 temporários.O ingresso do atleta nas Forças Armadas é voluntário. A convocação para integrar o PAAR é feita mediante edital público e inclui prova de títulos (currículo esportivo/resultados/ranking nacional). Os atletas são incorporados com graduações variadas e os direitos salariais e todos os outros são exatamente os mesmos que os demais militares de graduação em serviço ativo têm.
O Programa inclui 35 modalidades esportivas, sendo 27 olímpicas e outras não olímpicas e tipicamente militares (cross country, lifesaving, futebol de areia, orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval).
O investimento anual do Ministério da Defesa no Programa de Alto Rendimento é de aproximadamente R$ 18 milhões, entre salários, benefícios, aquisição de equipamentos, uniformes, participação em eventos esportivos nacionais e internacionais, e outros itens destinados ao aperfeiçoamento dos atletas.
Clube CISM
Os atletas militares brasileiros e estrangeiros que estiverem nos Jogos do Rio de Janeiro tiveram um ponto de encontro oficial. Foi o Clube CISM (Conselho Internacional do Esporte Militar), localizado na Universidade da Força Aérea (Unifa), em Campos dos Afonsos.
O Clube CISM foi uma oportunidade para a promoção e divulgação do desporto militar tomando-se, como referência, países que são potências olímpicas e que possuem atletas nos quadros de suas forças armadas. A intenção do espaço foi difundir a importância do desporto militar e enaltecer sua contribuição ao movimento olímpico internacional.
O presidente do CISM, coronel Abdulhakeem Alshano, agradeceu a participação de todos os atletas militares nesta Olimpíada. “Os atletas militares conseguiram resultados positivos e deram contribuição enorme para os esportes em nível internacional”, destacou. Militar do Bahrein, Alshano elogiou o trabalho feito pelas Forças Armadas brasileiras. “O Brasil tem um papel muito importante. Realmente forma pessoas que tem muito talento. Contribui para qualificar as pessoas para diferentes atividades”, declarou.
Com o slogan “Amizade através do Esporte”, o Conselho Internacional do Esporte Militar é uma das maiores organizações multidisciplinares do mundo. Fundado em 1948, organiza mais de 20 eventos desportivos para as forças armadas de seus 135 países membros, entre competições continentais, regionais e Jogos Mundiais Militares, com aproximadamente 30 modalidades.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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