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Rio 2016: Forças Armadas já planejam melhorar desempenho nos Jogos de Tóquio 2020
Rio de Janeiro, 19/08/2016 – Os Jogos Olímpicos Rio 2016 ainda não acabaram, mas as Forças Armadas já trabalham para um melhor desempenho nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Se este ano, os atletas militares conquistaram até esta sexta-feira 12 medalhas, a mesma marca dos atletas não militares nos Jogos de Londres 2012, para daqui há quatro anos a expectativa é de mais medalhas de ouro, de prata e de bronze.
Para isso, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, foi conhecer um dos centros de treinamento militar, celeiro na formação dos futuros atletas brasileiros. “O objetivo foi mostrar os programas de formação de atletas. Mostra que aqui há algo da maior importância. Aqui a gente aprende valores, disciplina, princípios que são absolutamente fundamentais”, discursou Jungmann no auditório do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), que nas Olimpíadas recebeu a equipe de atletismo da Jamaica. Um foto dos futuros atletas com o velocista Usain Bolt é a lembrança da passagem do campeão. A equipe cubana de boxe também utilizou as dependências do CEFAN.
O ministro desembarcou no centro da Marinha do Brasil para manter contatos com crianças e jovens que se dedicam em treinamentos nas diversas modalidades esportivas. No auditório, o ministro recebeu informações do diretor de Desporto da Marinha, almirante Carlos Chagas. Lá, por exemplo, Jungmann soube detalhes do Programa Forças no Esporte, que atende 21 mil crianças e adolescentes de todo o país.
O almirante Carlos Chagas contou que o centro de treinamento, que no ano passado recebia 250 crianças, está abrigando 370 alunos de bairros da periferia do CEFAN. O atendimento ocorre em dois turnos. Os participantes estudam pela manhã e à tarde vão para o local receberem instruções desportivas, se alimentam, e recebem atendimentos médicos e odontológicos, quando necessários. O Forças no Esporte é uma parceria entre os Ministério da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Agrário.
Almirante Chagas citou como exemplo jovens que treinam a modalidade levantamento de peso. O grupo que atua lá já conquistou 123 medalhas em disputas internacionais. A Marinha tem também o Profesp- Novo Talentos e o Projeto Olímpico. O almirante disse que a atuação das Forças Armadas no desporto vem desde as primeiras décadas do século passado.
Alto rendimento
Em discurso, o ministro Jugmann disse que decidiu visitar um centro desportivo militar para mostrar que as Forças Armadas não investem apenas em atletas que estão consolidados em suas modalidades. “O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) é fruto da observação de outros países, potências que têm programas similares”, disse.
Ele lembrou que Guilherme Paraense, primeiro medalhista brasileiro era militar. Sobre a polêmica dos atletas militares prestarem continência, o ministro afirmou que as críticas representam mais outro engano. Segundo ele, “nada, absolutamente nada, para um militar é tão digno de respeito, e a bandeira simboliza o Brasil. Quando o militar presta continência, o seu gesto de respeito ao símbolo nacional”.
O ministro contou também que as Forças Armadas estão trabalhando com um programa piloto voltado para atletas paraolímpicos. Trata-se do “João do Pulo” e já conta com 10 atletas. Embora admita que o Brasil teve um desempenho excelente nos Jogos Olímpicos do Rio, Jungmann prefere não especular sobre a meta traçada para Tóquio, daqui a quatro anos.
Após o contato com alguns atletas que treinam no CEFAN, o ministro percorreu os locais de treinamento. Na pista de atletismo, Jungmann foi apresentado à professora Edileuza Medeiros. Eufórica, ela fez questão de mostrar duas promessas do esporte: os irmãos Reinaldo Rodrigues, 15 anos, e Jeanny Nascimento Oliveira, que tem o apelido de “Formiga”, mas ao contrário das formigas, Jeanny é uma promissora velocista. Desinibida, a garota de 11 anos solta na caixa de areia do centro Ele são da Vila do João, uma comunidade que integra o complexo da Maré.
“Escolhi o atletismo há um mês”, revela a saltitante “Formiga” ao fazer pose com o irmão entre a professora Edileuza e o ministro Jungmann. Na despedida, a promessa de chegar do outro lado do mundo.
Por Roberto Cordeiro
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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