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Próximo país a sediar as Olimpíadas, Japão quer aprender com modelo de segurança integrada adotado pelo Brasil
Brasília, 19/10/2016 – Representantes do Japão, próximo país a sediar os Jogos Olímpicos, em 2020, participaram nesta quarta-feira do seminário “Lições Aprendidas na Segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”, que reuniu diversas autoridades que estiveram envolvidas no planejamento de segurança deste grande evento sediado no Brasil.
O adido das Forças Armadas do Japão, coronel Toru Yamachi, explicou que o contato com autoridades brasileiras foi iniciado antes mesmo dos Jogos e será ainda maior no futuro. “Queremos saudar o sucesso do Brasil com a realização dos Jogos Rio 2016 e utilizar as lições aprendidas para aprimorar o nosso modelo de segurança”, disse. De acordo com ele, o modelo brasileiro utilizado no enfrentamento ao terrorismo é um dos pontos que o Japão pretende considerar. “No que se refere a medidas antiterror, pude perceber a importância da integração entre os órgãos envolvidos”, afirmou o adido japonês.
E justamente a palavra integração foi destacada por quase todos os envolvidos ao se falar dos legados deixados ao Brasil com a realização dos Jogos. O chefe do Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, ressaltou a importância da cooperação entre os órgãos dos três eixos responsáveis pela segurança – Defesa, Inteligência e Segurança Pública. “A prova do sucesso dessa integração é o fato de nós não termos sido os atores principais, essa é a nossa grande alegria: os atletas brilhando, as torcidas na euforia e tudo ocorrendo num ambiente de tranquilidade”, disse.
O chefe da Assessoria Especial para Grandes Eventos (AEGE) do Ministério da Defesa, general Luiz Felipe Linhares, apresentou um balanço das ações realizadas pelo eixo de Defesa Nacional: efetivo de mais de 43 mil militares, mais de 12 mil patrulhas realizadas, mais de mil incidentes cibernéticos, sem qualquer interrupção das redes, 139 estruturas estratégicas protegidas, mais de 600 escoltas a dignitários e cerca de 500 procedimentos de varreduras ou monitoramento de instalações ligadas aos Jogos Olímpicos.
Entre as inovações que ainda não haviam sido utilizadas em grandes eventos no Brasil, o general destacou o uso de interferidores contra drones, a criação de um protocolo para emprego de tropas em operações de garantia da lei e da ordem e o Comitê Integrado de Enfrentamento ao Terrorismo (CIET), órgão de assessoramento que reuniu todos os órgãos responsáveis pelo enfrentamento ao terrorimismo. “Com o CIET, a integração no enfrentamento ao terrorismo deu um passo além com esse comitê formado pela Justiça, pela Defesa e pela ABIN, que consolida experiências, junta capacidades e entrega o resultado contra o terrorismo”, afirmou.
O seminário “Lições Aprendidas na Segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016” segue até o próximo dia 20 de outubro, no auditório do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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