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Profissão: músicos militares da FAB
Brasília, 28/04/16 - A música é um ingrediente importante nas realizações do 1⁰ sargento da Aeronáutica André Luiz de Assunção Moura. Por meio do curso de formação para sargento músico da Força Aérea Brasileira (FAB), o militar, que toca clarinete, realizou o sonho de vestir azul. É também a música que fortalece a união das gêmeas Dayane e Lizianne Kaezer Gouvea, sargentos da Aeronáutica. Ao lado de André Luiz, as duas clarinetistas são parte do grupo de militares que formam a Banda da Base Aérea de Brasília (BABR).
O primeiro contato das irmãs com o clarinete foi aos 15 anos, em uma escola de música na cidade de Mar de Espanha (MG). Com preferências bastante parecidas, as gêmeas optaram seguir a mesma carreira. “Desde pequena, a gente sempre fez tudo junto e os gostos sempre foram os mesmos, inclusive na música. E na carreira também tivemos a mesma escolha”, conta Lizianne.
Aos 26 anos de idade e há cinco anos na banda da Base Aérea, as gêmeas univitelinas compartilham simpatia e simplicidade. “Não tem como não gostar dessas meninas, elas são muito queridas e disciplinadas”, conta o suboficial A. Júnior, regente adjunto do grupo.
Sonho de ser músico da FAB
Em 1997, André Luiz foi aprovado para o curso de formação de 1⁰ sargento músico da FAB. O contato com o meio militar já havia começado três anos antes, quando ele foi praça do Exército Brasileiro. O clarinetista também atuou como músico na polícia militar do Estado do Rio de Janeiro no ano de 1996. Ele integra a BABR desde 2012.
Comunicativo, religioso e espirituoso, André também leva a musicalidade para dentro de casa. Ele define a convivência dentro de seu lar como harmônica. “Efetivamente, quem faz um pouquinho de barulho aqui em casa sou eu. De vez em quando, o Enzo pega o teclado para dedilhar, mas ele ainda está no comecinho do aprendizado”, comenta o sargento sobre o filho caçula, de 8 anos.
A união de André com a professora Ângela Paula Brevilata Moura também ocorreu em torno do meio musical. “O fato de meu irmão ter passado no mesmo concurso da Aeronáutica nos aproximou. Conheci o André por meio dele, que foi o responsável de fazer o papel de cupido entre a gente”, ela conta.
Casada com André há 18 anos, ela considera que a música de qualidade deve ter uma boa orquestração. “Escuto de tudo um pouco, desde que tenha melodia ritmo e harmonia”, declara. A opinião é compartilhada por André.
A estreita relação do militar com a música serve de incentivo às crianças. “A Milena começou no clarinete. Está um pouco parada porque tem outras necessidades de adolescente agora”, comenta André, referindo-se à filha mais velha, de 12 anos. “A preferência do mais novo ainda são as músicas do vídeo game”, brinca o instrumentista.
Em relação ao oficio, o sargento músico relata que ser pago para fazer o que gosta, não tem preço. “Ser militar é um sonho, e músico é uma vocação. Então consegui, graças a Deus, unir as duas coisas: servir a pátria como militar, e ser músico militar”, ilustra.
Banda da Base Aérea
Por estar situada na capital federal e devido às peculiaridades das missões sob sua responsabilidade, a BABR é uma das maiores da Força Aérea. Sob a coordenação do tenente Sadi Melchior, regente principal, a banda é composta por 64 militares. O conjunto foi ativado por meio de portaria, em março de 1965 e, atualmente, conta com uma “big band” e um conjunto de música popular.
Classificada pela ICA 49-1 (Instrução de Comando da Aeronáutica) como categoria “A”, que significa possuir uma banda completa na cadeia de instrumentos, o grupo participa de solenidades cívico-militares no âmbito do Distrito Federal. Entre as canções mais tocadas estão: a do Especialista, Bandeirantes do Ar, Intendência e Infantaria. O conjunto também executa composições populares de frevo, o tema da vitória, músicas de filmes internacionais, além do conhecido hit “Happy”, do cantor norte-americano Pharrell Williams.
Por Lane Barreto
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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