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Operação Ágata é tema de TCC no Amazonas
Brasília, 06/07/2016 - A maior operação conjunta das Forças Armadas do Brasil coordenada pelo Ministério da Defesa, a Operação Ágata, foi o objeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de duas acadêmicas de jornalismo, Taisa Maria Pereira dos Passos e Thalyanne da Silva Araújo, da Universidade Nilton Lins, em Manaus. A apresentação da pesquisa aconteceu no campus da universidade, na noite da terça-feira (05/07). O Comando Militar da Amazônia mandou um representante para a defesa das jornalistas.
Em 40 (quarenta) minutos de defesa, as universitárias expuseram o contexto da Operação Ágata dentro do Plano Estratégico de Fronteira do Governo Federal; ressaltaram a integração das forças de segurança e demais órgão federais e estaduais como condição essencial para o sucesso da operação; comentaram peculiaridades da logística do Exército na região amazônica; mostraram indicadores qualitativos das Ações Cívico-Sociais, que beneficiam as comunidades carentes das regiões mais afastadas; e fizeram considerações relevantes sobre a realização da Operação Ágata e o aumento da arrecadação pública, tendo em vista a apreensão de produtos contrabandeados, que diretamente gera um estímulo ao consumo de produtos legais, sejam eles importados ou produzidos no Brasil.
Por fim, uma produção audiovisual da Operação Ágata 10 de cerca de 10 minutos, produto final da pesquisa, foi apresentado para a banca examinadora, convidados e familiares. No vídeo projeto destaque para as sonoras do Ministro da Defesa e do Comandante Militar da Amazônia na época, Aldo Rebelo e General Guilherme Theophilo, respectivamente.
O início da pesquisa
O interesse pela pesquisa das duas universitárias, Taisa Maria Pereira dos Passos e Thalyanne da Silva Araújo, começou em 2013, quando da participação de ambas no Estágio de Correspondentes de Assuntos Militares (ECAM), estágio este que prepara estudantes de comunicação social voluntários para atuarem em uma central de mídia, produzindo materiais jornalísticos sobre a Operação Ágata, para publicação nos sites do Ministério da Defesa, do Exército Brasileiro e do Comando Militar da Amazônia.
O faro investigativo das duas universitárias incentivaram-nas a fazer um pedido, até então, nunca feito ao Comando Militar da Amazônia. Ambas solicitaram ao Comandante, na época o General Guilherme Theophilo, a possibilidade de participarem do ECAM pela segunda vez, no ano de 2014, visando iniciar os trabalhos de pesquisa. Nesse sentido, excepcionalmente, em 6 (seis) edições de ECAM, elas foram as primeiras universitárias a participarem de duas edições do ECAM. "Pesquisadores são nossos colaboradores e o Exército está de portas abertas para todos, sem exceção", comentou na época o Comandante do CMA.
Trabalho de campo
O foco do trabalho foi a atuação do Exército na Operação Ágata 10, em outubro de 2015, mais precisamente na parte da operação sob responsabilidade do Comando Militar da Amazônia (CMA), ou seja, todos os 9,6mil quilômetros da faixa de fronteira da Amazônia Ocidental, que vai da cidade de Acrelândia (AC) até o município de Caroebe (RR). As universitárias, além de entrevistarem militares do Centro de Coordenação e Operações do CMA, puderam viajar junto com o Exército para Itacoatiara, Novo Airão, Iranduba, Boa Vista e ao 1° Pelotão Especial de Fronteira, localizado na cidade Bonfim, divisa do Brasil com a Guiana Inglesa. Nessas localidades, as acadêmicas colheram dados e informações com militares e civis, que serviram de base para o TCC.
Riscos
Realizar um trabalho de pesquisa sobre assuntos militares e ainda mais em uma operação real, como é a Ágata, é uma iniciativa que exige um certo quinhão de coragem. No retorno da viagem a Boa Vista, na aeronave onde estavam as pesquisadoras e militares que participavam da operação, após 10 minutos da decolagem, uma pane hidráulica ocasionou um constante vazamento de óleo na asa direita. Com perspicácia, o piloto retornou à Base Aérea e conseguiu pousar com segurança, por volta de 12h30. Uma outra aeronave, que participava da operação e estava fazendo a rota Rio Branco - Manaus, foi deslocada durante o voo, para Boa Vista, com a finalidade de fazer o transporte da tropa, que precisava chegar em Manaus no mesmo dia, e consequentemente das pesquisadoras.
Comando Militar da Amazônia
O chefe da Seção de Comunicação Social do Comando Militar da Amazônia, Coronel Evelyn, prestou toda assessoria ao comandante do CMA, General Guilherme Theophilo, no início da pesquisa e, também, deu continuidade no diálogo com as pesquisadoras durante a transição de comando para o General Antonio Miotto. "Nós do CMA estamos muito felizes por esta iniciativa das jornalistas, pois além de não ser um tema fácil de entender, elas se submeteram a situações desconfortáveis, para entender um pouco da participação do Exército na operação", disse o Coronel Evelyn. O trabalho das universitárias será catalogado no arquivo histórico do CMA e ficará disponível no banco de dados do Quartel-General, para acesso de pesquisadores que regularmente procuram o Exército para desenvolverem trabalhos de teor acadêmico. "A gente só defende o que conhece e essa obra contribui para que os meios de acesso à informações sobre as ações do Exército na Amazônia sejam ampliados", comentou o atual Comandante do CMA, General Miotto.
Com informações do Comando Militar da Amazônia
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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