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Na fronteira, ministro ressalta importância de defesa da Amazônia
Costa Marques (RO), 01/05/16 - O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, destacou em visita a Rondônia a importância da defesa das fronteiras do país pelas três Forças Armadas. Ele deu especial ênfase à proteção da Amazônia, “uma referência importante na política nacional e na estratégia de defesa”.
Rebelo esteve no domingo (1º) no município de Costa Marques (RO), onde visitou o 1º Pelotão Especial de Fronteira, responsável pela manutenção e segurança do Forte Príncipe da Beira.
“Os senhores protegem a soberania da Pátria, a integridade do nosso território, a unidade do nosso país em uma área sensível da nossa geografia”, destacou. “O Forte Príncipe da Beira é a memória, a lembrança, o testemunho mais vivo do esforço dos nossos antepassados em preservar esta região como parte do nosso território”, acrescentou.
Na fronteira com a Bolívia e considerado uma das maiores fortificações portuguesas edificadas no Brasil, o Forte foi inaugurado em 1783. A edificação passou quase um século e meio abandonada até que o Exército voltou a se fazer presente no local, com a criação do Contingente Especial de Fronteira de Forte Príncipe da Beira.
O comandante do pelotão, capitão Alan dos Reis, destacou os esforços de combate a ilícitos na fronteira: “Realizamos constante adestramento das várias técnicas de procedimentos para estarmos em condições de combater os ilícitos na faixa de fronteira e manter nossa área patrimonial. Estivemos presente no passado e estaremos no futuro, defendendo a soberania do nosso País”.
Tombado desde 1950 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o local deverá passar por um processo de restauração. Em junho, acontecerá a primeira reunião com o instituto para discutir o projeto de reestruturação, que deverá devolver as características originais do Forte.
A edificação
A fortificação localiza-se na margem direita do rio Guaporé e abriga atualmente 65 militares e familiares, que passam até um ano na unidade. Além dos alojamentos e casas para os militares, o complexo do pelotão também contém academia, carpintaria, horta, posto de combustível, hotel de trânsito, seção de saúde (que oferece um clínico, um dentista e um enfermeiro), padaria, escola municipal, museu, aberto para visitas guiadas, e mantém um acervo com relíquias do local.
Na praça principal há duas ruas de casas, paralelas às cortinas e formando um conjunto de 12 edifícios, todos em ruínas. As muralhas são de alvenaria de pedra, com revestimento de cantaria, e medem da esplanada ao fosso 8 metros e 22 centímetros.
Cada face do Forte tem 118 metros e 50 centímetros e possui, em cada ângulo, um baluarte de 59 metros sobre 48 na máxima altura. Em cada baluarte há 14 canhoneiras, sendo três por flanco e quatro por face. As cortinas, que ligam os baluartes entre si, medem cada uma 92 metros e 40 centímetros, e as golas, 22 metros.
A origem do nome
“Príncipe do Brasil” era o título do herdeiro ou herdeira da coroa portuguesa, assim como “Príncipe da Beira” era o título do seu primogênito. Assim, o forte, cuja construção foi iniciada em 1776, foi batizado em homenagem a D. José de Bragança, Príncipe do Brasil.
Por Adriana Fortes
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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