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Ministros da Defesa e Meio Ambiente visitam área afetada pelo incêndio na Chapada
Brasília, 25/10/2017 – Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Meio Ambiente, Marcelo Cruz (interino), acompanhados do governador do estado de Goiás, em exercício, José Eliton, do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, estiveram, nesta quarta-feira (25), em Alto Paraíso (GO), para verificar o trabalho de combate ao incêndio que atingiu mais de 64 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A unidade de conservação é declarada pela UNESCO patrimônio da humanidade.
No aeroporto local, base das operações, os ministros se reuniram com autoridades municipais, estaduais e representantes dos órgãos que formam um comando unificado, junto a voluntários e comunidades organizadas. De lá, são desenvolvidas ações que visam controlar o fogo que atingiu a região, considerado de origem criminosa, até o momento. Após as explicações iniciais, os ministros fizeram um sobrevoo em áreas ativas pelo fogo.
Pelo Ministério da Defesa (MD), apoiam as ações a Força Aérea e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam); pelo Ministério do Meio Ambiente, trabalham o ICMBio e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Atuam ainda o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do Distrito Federal (DF) e de Goiás, além da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hidricos do DF e zoológico da capital federal; e bombeiros e policiais de GO, Prefeitura de Alto Paraíso e mais de 200 voluntários.
“Assim que recebemos a solicitação do ministro Marcelo Cruz, nós cuidamos de disponibilizar o melhor equipamento que nós temos, o C-130, Hércules”, contou o ministro Jungmman. “E vamos prosseguir. Designamos 26 membros das Forças Armadas para participar desse esforço e nos colocamos à disposição. Vou indicar um oficial de ligação para qualquer demanda adicional”, afirmou ainda sobre o apoio prestado pela Defesa em integração com as outras agências.
O ministro da Defesa indagou o coordenador nacional de Prevenção a Incêndios Florestais do ICMBio, a frente do comando unificado, Christian Berlinck, sobre a previsão de controle da situação. O coordenador explicou que a perspectiva e o objetivo da equipe é buscar o controle do incêndio até este fim de semana. “Hoje a avaliação é que não há necessidade de aumento na estrutura montada, por conta de que o comportamento extremo das linhas de fogo diminuiu”, afirmou Christian.
Marcelo Cruz agradeceu a dedicação das pessoas envolvidas no trabalho e a presença do ministro da Defesa. “Quero agradecer ao ministro Jungmann, que rapidamente alocou esforços para proteger este importante bioma”, disse.
Segundo o comando unificado, hoje, a maior parte do Parque, correspondente à área central, está controlada. A aeronave da FAB, Hércules, está atuando em frentes ativas, que segue dos Saltos em direção à Cavalcanti, onde não há equipes trabalhando em solo e o espaço aéreo é liberado. “A outra frente mais preocupante é a chamada Vale do São Miguel, onde estão moradores vizinhos ao Parque. O foco principal do trabalho é não deixar o fogo se alastrar e dar segurança a essas pessoas”, ainda comentou o coordenador Christian.
O Censipam, órgão ligado ao MD, está com representante na base em Alto Paraíso, provendo internet e telefonia para o envio e o recebimento de informações entre os órgãos.
Anápolis
Da Ala 2 - Base Aérea de Anápolis (GO) - militares da Força Aérea (FAB) iniciaram, nesta quarta-feira (25), o segundo dia de operação ao combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros. As decolagens começaram às 7 horas, e foram realizados quatro voos, com aproximadamente 50 minutos até os focos de incêndio.
A Aeronave Hércules C-130, equipada com o sistema chamado MAFFS, (do inglês Modular Airborne Fire Fighting System) decola com 12 mil litros de água a cada saída. São realizados dois lançamentos, com 6 mil litros cada, que conseguem cobrir uma extensão de 500 metros.
A tripulação é composta por dois pilotos, um engenheiro de voo, 1 rádio navegador e dois operadores do MAFFS. Ao se aproximar cerca de 6,4 km do Parque Nacional conseguem avistar os primeiros pontos de fogo. Uma cortina de fumaça e o alto tráfego de aeronaves na região – que estão ajudando no combate ao incêndio - além do fato de ser uma área montanhosa têm sido os desafios da missão.
De acordo com o capitão aviador Douglas Lopes, do 1º Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT/Base Aérea do Galeão), e comandante da operação, o fogo se espalha por uma cadeia montanhosa. "Dá para ver as labaredas bem altas. Na parte da manhã, como está mais frio, a fumaça fica baixa dificultando um pouco a visibilidade. No decorrer do dia, a fumaça se dissipa e o combate fica mais fácil", completou o capitão Lopes.
Para realizar a missão, o avião tem que sobrevoar a área do incêndio numa altitude de 150 pés (46 metros de altura) e acionar o equipamento. Ainda segundo o piloto, a coordenação com toda a equipe é primordial para o bom desempenho da operação. Anápolis, onde está situada a Ala 2, foi escolhida como a cidade de apoio para a operação.Ontem (24), a equipe do Hércules C-130 realizou o primeiro voo de combate aos focos de incêncio. No total, 26 militares participam da operação.
Por major Sylvia Martins e Alexandre Gonzaga
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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