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Ministro Silva e Luna visita abrigos da Força-Tarefa Logística Humanitária
Brasília, 22/06/18 - O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, visitou, no dia 21 de junho, o município de Boa Vista (RR), para verificar as ações assistenciais de emergência prestadas aos imigrantes oriundos da Venezuela. Silva e Luna fez parte da comitiva presidencial e acompanhou o Presidente Temer na agenda no estado, ao lado da governadora, da prefeita do município, do coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária e do comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
Temer esteve no abrigo Nova Canaã . O abrigo, que hoje mantém 403 pessoas acolhidas, é gerido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e recebe apoio logístico, fornecimento de refeições diárias e atendimento básico de saúde prestados pela Força-Tarefa das Forças Armadas.
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Durante a visita ao abrigo, o Presidente conheceu as instalações do local, conversou com representantes do ACNUR e conheceu a realidade de algumas famílias que se encontram abrigadas. Sobre as ações realizadas para amenizar os impactos do aumento do fluxo migratório disse: “Muitas providências foram tomadas. Primeiro no sentido humanitário. No sentido de acolher aqueles que não têm condições de vida na Venezuela. E, portanto, nestes abrigos nós estamos creditando a importância de tê-los acolhidos e abrigados. Em segundo lugar, naturalmente, tenho conversado com os governos locais com vistas também a prestigiar os habitantes de Roraima. Quer dizer dar condições de vida dignas aos habitantes de Roraima. Aqui evidentemente nós estamos praticando uma simbologia. Mostrando ao mundo esse sentido humanitário que o Brasil traz consigo”.
Ao final da visita, o Presidente sancionou a lei que dispõe sobre medidas de assistência emergencial para acolhimento a pessoas em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório provocado por crise humanitária.
Força-Tarefa trabalha de forma a preservar a família e o direito da criança e do adolescente
Com mais de 4 mil imigrantes acolhidos, a Força-Tarefa Logística Humanitária para o estado de Roraima vem atuando, desde março deste ano, no apoio logístico aos imigrantes provenientes da Venezuela. Em cooperação com agências nacionais e internacionais, e organizações não governamentais, o esforço é para que a dignidade de cada pessoa e família seja preservada.
A Operação Acolhida se iniciou em meados de março de 2018. Desde a abertura dos abrigos na cidade de Boa Vista e no município de Pacaraima, os imigrantes têm sido acolhidos com acomodações, três refeições diárias, banheiros, lavanderia, atendimento médico e segurança.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) está constantemente presente nas atividades realizadas nos abrigos. Estes, também, recebem visitas de autoridades comprometidas na manutenção dos direitos humanos, como representantes deste Conselho, da OAB e parlamentares.
A Força-Tarefa trabalha de forma a preservar o núcleo familiar em todos os abrigos com famílias, cooperando com o trabalho desenvolvido pelas ONG que gerenciam sete dos abrigos existentes em Roraima. O esforço tem sido para que as crianças se sintam inseridas socialmente.
Os Abrigos
Atualmente, a cidade de Boa Vista possui oito abrigos, e Pacaraima, que fica na fronteira com a Venezuela, possui um. A Força-Tarefa se preocupa em resguardar cada imigrante acolhido. Com isso, cada abrigo possui sua característica própria, existindo os somente para solteiros, e os exclusivos para as famílias, onde há espaços de desenvolvimento infantil.
O abrigo Tancredo Neves, gerenciado pela ONG Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), possui casais sem filhos e solteiros.
O Santa Tereza e o Latife Salomão são abrigos temporários e com gestão somente da Força-Tarefa. O Santa Tereza é ocupado por homens solteiros, e o Latife Salomão por casais sem filhos, solteiros e público LGBT.
Os abrigos Pintolândia, em Boa Vista, e Janokoída, em Pacaraima, são exclusivamente para acolhimento de famílias indígenas, preservando seus costumes e tradições. Também são gerenciados pela ONG FFHI.
O Centro de Acolhimento da Fraternidade Sem Fronteiras, no bairro Hélio Campos, possui dezenas de famílias com crianças. Os abrigos Jardim Floresta e São Vicente, sob gestão do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e o abrigo Nova Canaã, gerenciado pela ONG FFHI, também possuem centenas de crianças que vivem com seus pais ou responsáveis.
Na Fronteira
O cuidado no trato com as pessoas começa desde a entrada do imigrante venezuelano no Brasil. No município de Pacaraima, a Força-Tarefa construiu o Posto de Recepção e Identificação, onde são realizados atendimentos de identificação da nacionalidade, emissão do cartão de entrada e saída – para os estrangeiros que não possuem passaporte – e cadastramento, realizado pela Polícia Federal.
No Posto de Triagem, há a presença do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), que atuam no caso do estrangeiro manifestar a solicitação de refúgio.
A Operação Acolhida, instrumento de ação do Estado Brasileiro, destina-se a apoiar, com pessoal, material e instalações, a organização das atividades necessárias ao acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, decorrente do fluxo migratório para o Estado de Roraima.
Com informações da assessoria da Força-Tarefa Humanitária
Fotos: 1SG P. Johnson (MB) e Alan Santos (PR)
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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