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Militares atletas são destaques no Prêmio Brasil Olímpico
Rio de Janeiro (RJ), 12/12/2019 - Uma grande celebração, coroando grandes conquistas do esporte brasileiro no ano de 2019, com a presença maciça de militares atletas, de ontem e de hoje, que defendem a nossa bandeira e enobrecem o desporto nacional: assim foi a cerimônia da 21ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), na terça-feira, 10, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
Estiveram presentes diversas autoridades e personalidades do esporte, dentre elas o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley; o Secretário Especial do Esporte, Décio Brasil; o Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, General Jorge Antonio Smicelato; o Presidente da Comissão de Desportos da Marinha (CDM), Contra-Almirante Marcelo Guimarães Dias; o Presidente da Comissão de Desportos do Exército (CDE), General de Brigada André Luiz Ribeiro; o membro do Comitê Olímpico Internacional, Bernard Rajzman; e integrantes da Comissão de Atletas do COB, como Hortência Marcari (basquete) e Emanuel Rego (vôlei de praia).
Os grandes destaques da noite foram a boxeadora Beatriz Ferreira e o ginasta Arthur Nory, escolhidos, respectivamente, como melhores atletas entre as mulheres e os homens em 2019. Campeões mundiais e pan-americanos, ambos são militares integrantes do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas.
Beatriz Ferreira é Sargento da Marinha do Brasil e, com o ouro conquistado em Lima, levou o título de primeira brasileira a subir no lugar mais alto do pódio, na modalidade, em Jogos pan-Americanos. Foi um ano realmente profícuo para a militar atleta: em outubro, na China, ela ganhou o campeonato mundial e foi vice-campeã nos 7º Jogos Mundiais Militares.
Para Arthur Nory não foi diferente. Sargento da Força Aérea Brasileira, o ginasta foi campeão na barra fixa, no Mundial de Stuttgart, na Alemanha e, no Pan, foi ouro por equipe e prata no individual.
Além de todas essas conquistas, os dois militares atletas irão para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020 e, em seus agradecimentos, ressaltaram a importância de focar, ainda mais, visando à medalha olímpica. Arthur Nory foi medalhista de bronze no solo, nas olimpíadas Rio 2016.
O Prêmio Brasil Olímpico ainda agraciou os melhores atletas de 2019 por modalidade. Dentre eles, vários outros militares integrantes do PAAR. Da Marinha do Brasil, foram premiados as Sargentos Beatriz Ferreira (Boxe), Ana Marcela Cunha (Maratona Aquática), Luisa Borges (Nado Artístico), Iêda Guimarães (Pentatlo Moderno), Milena Titoneli (Taekwondo), Kahena Kunze (Vela), Ágatha Rippel (Vôlei de Praia) e Lais Nunes (Wrestling); e o Sargento Isaac Souza (Saltos Ornamentais)
Do Exército Brasileiro, as Sargentos Valéria Kumizaki (Karatê), Luisa Baptista (Trialtlo) e Duda Lisboa (Vôlei de Praia) foram premiadas. Da Força Aérea, os Sargentos Darlan Romani (Atletismo), Ana Sátila (Canoagem Slalom), Magno Nazaret (Ciclismo Estrada), Arthur Nory (Ginástica Artística) e Marcus D'Almeida (Tiro com Arco).
Essa grande expressividade, marcada pelo excelente desempenho dos militares de alto rendimento, reforça a eficácia do Programa desenvolvido pelo Ministério da Defesa, em parceria com o então Ministério do Esporte, desde 2008, com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível.
Assim, o PAAR, juntamente com o COB, com o Ministério da Cidadania, com os Clubes aos quais os atletas pertencem e com as Confederações e Federações Esportivas, constituem-se peças fundamentais em uma engrenagem de sucesso, que viabiliza o Projeto Olímpico Brasileiro.
Nesta edição do Prêmio Brasil Olímpico, também foram premiados Mateus Alves (boxe), considerado o melhor técnico do ano no individual e Renan Dal Zotto (vôlei), no esporte coletivo.
Mateus Alves é o técnico principal da seleção brasileira de boxe e conquistou medalhas no Mundial da Rússia com os militares atletas Bia Ferreira (ouro) e Hebert Conceição (bronze), além de ter comandado a equipe olímpica no Pan de Lima.
Renan, técnico da Seleção Brasileira de voleibol, ex-jogador e medalhista olímpico, foi eleito o melhor técnico pelo segundo ano consecutivo e fez questão de agradecer o apoio das Forças Armadas ao desporto de alto rendimento, relembrando o início de sua carreira, quando treinava nas instalações do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN) e da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx).
Homenagens
O evento foi marcado por homenagens a quem se destacou na temporada, caso dos atletas do Time Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, que fizeram uma campanha histórica, trazendo 171 medalhas (55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes) para o País. Competiram em Lima pelo Brasil 485 atletas. Desses, 138 são integrantes do PAAR e conquistaram nada menos do que 93 do total de medalhas da equipe brasileira.
A Equipe do revezamento 4x100m rasos masculino dos Jogos de Pequim, em 2008, também foi homenageada pela medalha de bronze herdada oficialmente neste ano, após comprovação de doping. O público aplaudiu de pé o quarteto, que recebeu a condecoração tantos anos depois, dentre os quais, estava o militar Vicente Lenilson, que fez parte da primeira turma do PAAR.
Ainda nas homenagens, os grandes nomes da história do esporte brasileiro foram lembrados, como Guilherme Paraense (tiro esportivo), João do Pulo (atletismo), Maria Lenk (natação) e Sylvio de Magalhães Padilha (atletismo), entre outros. Ícones do desporto nacional, todos têm em comum alguma ligação com as Forças Armadas, reforçando a tradição, a excelência e a importância do esporte na formação castrense.
Guilherme Paraense era Tenente do Exército e entrou para a história do esporte brasileiro há 99 anos, ao conquistar a primeira medalha de ouro para o Brasil em Jogos Olímpicos. O militar foi o campeão da prova de pistola de tiro rápido em Antuérpia, na Bélgica.
Dono de duas medalhas olímpicas e recordista mundial do salto triplo por 10 anos, o Sargento João Carlos de Oliveira dá nome ao Projeto do Mistério da Defesa: "João do Pulo", de inclusão social por meio do esporte, destinado ao atendimento de pessoas com deficiência.
Sylvio de Magalhães Padillha, campeão sul-americano de atletismo, também foi militar e exerceu diversos cargos de liderança no cenário do desporto nacional e internacional. A nadadora Maria Emma Hulga Lenk Zigler, que empresta seu nome ao Parque Aquático dos Jogos Pan-Americanos do Rio e ao mais importante campeonato brasileiro de natação, o antigo Troféu Brasil, atual Troféu Maria Lenk, foi a primeira mulher a realizar o curso de nível superior ministrado pela Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), no Rio de Janeiro, em 1936.
Oscar Schmidt, o maior cestinha da história das Olimpíadas, foi agraciado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, por sua dedicação ao esporte e pelo exemplo como cidadão e atleta.
O Troféu foi criado pelo COB, em 2001, e entregue, tradicionalmente, na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, como forma de homenagear atletas e ex-atletas que representem os valores éticos, esportivos e morais que marcaram a trajetória de Adhemar, bicampeão olímpico do salto triplo, recordista mundial, tricampeão pan-americano, que cursou a Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx) e tornou-se um exemplo de eficiência técnica, esportividade, companheirismo, sentido de coletividade e respeito ao próximo, entre outros.
A noite de tantas emoções e homenagens terminou trazendo a todos os presentes a certeza de que o esporte brasileiro está no rumo certo, que o incentivo das Forças Armadas por meio do PAAR contribui sobremaneira para a hegemonia do País no cenário desportivo e que o Time Brasil tem tudo para alcançar o sonho olímpico de Tóquio.
Para o Diretor do Departamento de Desporto Militar, General Jorge Antonio Smicelato, O Programa é um marco na história do desporto nacional, alavancando resultados e índices, individuais e coletivos, em competições de alto rendimento. Para as Olimpíadas de Tóquio 2020, a meta é que 1/3 dos atletas convocados sejam integrantes do PAAR e que esses sejam responsáveis diretos pela conquista de 2/3 das medalhas que serão trazidas para o País.
“Os resultados dos militares das Forças Armadas reavivam o sentimento patriótico de cada cidadão brasileiro, fortalecendo os laços de soberania nacional”, reiterou o General.
Por Maristella Marszalek (Departamento do Desporto Militar)
Fotos: Departamento do Desporto Militar
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