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Jornada de Estudos Estratégicos vai subsidiar documentos da Defesa
Brasília, 11/11/2015 – Os temas indígena, meio ambiente e direitos humanos devem ser levados em consideração no contexto geopolítico, segundo o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, que participou da abertura da II Jornada de Estudos Estratégicos , nesta quarta-feira (11), em Brasília. Em discurso, o ministro também disse que vai trabalhar para a valorização da agenda de defesa.
“Eu tenho compromisso de valorizar a agenda de defesa e reconhecer seu papel e sua história, defender os recursos essenciais para o cumprimento de suas tarefas e para que o Brasil possa continuar contando com as Forças Armadas para construí-lo e defendê-lo”, disse Rebelo .
O evento, que acontece até esta quinta-feira (12), é organizado pela Chefia de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa , e tem como tema central “A Tranversalidade da Política Nacional de Defesa". A Jornada visa estimular a integração dos atores governamentais, contribuir para a conscientização da sociedade brasileira em prol do assunto e, principalmente, colher subsídios para atualização da Política Nacional de Defesa , da Estratégia Nacional de Defesa , bem como do Livro Branco de Defesa .
Para o ministro, as revisões dos três documentos, previstas para 2016, já contêm as linhas gerais e ações que estruturam a política e a estratégia de defesa. “O debate deve se encarregar de apontar onde e de que forma essa atualização precisa ser feita”, completou.
No início do seu discurso, o ministro lembrou a unificação, em 1996, das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional em uma única comissão no poder legislativo federal, permitindo fomentar o debate entre os temas internacionais e dos temas de defesa, intimamente ligados.
“Desde, então, houve um esforço de todos os governos no sentido de produzir um pensamento que fundamentasse a Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa”, salientou. Ainda segundo o ministro Aldo, os documentos norteiam a doutrina e as práticas de defesa, porém carecem periodicamente da atualização, levando em consideração as circunstâncias das realidades nacional e internacional.
Aldo citou também a diplomacia de defesa, como os acordos de cooperação, e uma interação maior com os vizinhos da América do Sul, da África Ocidental e com os países da Comunidade de Língua Portuguesa, com os membros do BRICS (Brasil Rússia, Índia, China e África do Sul), além “do nosso vizinho mais poderoso e um dos mais importantes, os Estados Unidos, com quem devemos cultivar relações próximas de cooperação, mantendo sempre a nossa soberania e independência”.
Os projetos desenvolvidos com parceiros, como o míssil A-Darter, com a África do Sul, e o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), com a China, foram alguns exemplos de programas de cooperação mencionados pelo ministro Aldo.
Outra questão levantada em sua mensagem foi sobre a segurança alimentar e as infraestruturas estratégicas que integram o País, como as estradas, ferrovias, hidrovias e aeroportos. Aldo ressaltou que são condições fundamentais e capazes de dar suporte à política de defesa, e que os atores públicos e a sociedade são fundamentais para o planejamento da Defesa Nacional. “Não podem existir Forças Armadas aptas com um Estado frágil”, finalizou o ministro.
O chefe de Assuntos Estratégicos, general Gerson Menandro Garcia de Freitas, em suas palavras de boas-vindas aos civis, militares, acadêmicos, pesquisadores e autoridades presentes, disse que o evento serve para “pensar defesa nacional” e com documentos coerentes e atualizados com a realidade.
Menandro lembrou ainda que os documentos vão para sua quarta edição, com uma base muito sólida, porém necessitam de revisões para acompanhar as transformações do mundo, que ocorrem cada vez mais rápido.
Participaram também da cerimônia de abertura, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi; o chefe de Logística do Ministério da Defesa, brigadeiro Antonio Carlos Moreti Bermudez; o diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAN), Rogério Guedes Soares; o assessor especial para Assuntos de Defesa da Secretaria-Geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Nelson Antonio Tabajara de Oliveira, além de outras autoridades civis e militares.
Veja aqui a programação completa do evento
Por Alexandre Gonzaga
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
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