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Jaques Wagner enaltece o trabalho da Marinha na comemoração da Batalha Naval do Riachuelo
Brasília, 11/06/2015 – Um exemplo de coragem e bravura na luta pela nacionalidade. Assim definiu o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a participação da Marinha na Batalha Naval do Riachuelo, que hoje completou 150 anos e, sua comemoração em Brasília (DF), levou ao Grupo dos Fuzileiros Navais personalidades militares e civis. Segundo o ministro, esse exemplo acompanha as Forças até os dias atuais.
“Esse é o espírito do marinheiro, do soldado, do aviador. É o espírito de servir a pátria sempre com muita coragem, com muita bravura, às vezes até em dificuldades como era naquela batalha, a surpresa e eventualmente, a inferioridade numérica, mas a coragem, a paixão pela bandeira foi dada como exemplo pelo Greenhalgh, a coragem com que comandava o Almirante Barroso mostra que o povo brasileiro e as Forças são a expressão disso, que efetivamente sabem superar dificuldades e colocar bem alto o pavilhão nacional, com orgulho, uma pátria, que como diz o nosso hino, é uma pátria amada”, destacou Jaques Wagner.
E, para comemorar a data magna da Marinha, 120 personalidades civis e militares brasileiras e estrangeiras foram condecoradas com a Ordem do Mérito Naval. Na primeira etapa da cerimônia, o presidente da República em exercício, Michel Temer, e o ministro Jaques Wagner foram recebidos com honras militares pelo comandante da Força Naval, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira. Depois, já no palanque, o evento transcorreu com a execução do Hino Nacional pela Banda dos Fuzileiros Navais.
Em seguida, o almirante Leal Ferreira leu a Ordem do Dia em celebração à data: “A Batalha Naval do Riachuelo não pode ser considerada, contudo, como um episódio isolado, nem as ações navais que se desenrolaram tão somente fruto de inspiração momentânea e do destemor daqueles heróis”.
E continuou: “Assim foi antes de Riachuelo e assim foi após, quando esteve intensamente presente nos dois conflitos mundiais do século XX. Assim continua sendo nos dias de hoje, atuando nas águas do Líbano, nas ruas de Porto Príncipe, na Amazônia Azul, na Antártica, nos Rios da Amazônia Verde e Pantanal e onde mais a Pátria necessitar. Assim será sempre, posso afiançar-lhes. Pois o patrimônio de valor e profissionalismo - o compromisso de Riachuelo - do qual nós, marinheiros do presente, somos herdeiros e guardiões, é imprescindível para um País com a envergadura que desejamos alcançar no cenário internacional.
Mensagem da presidenta
Na etapa seguinte, se deu a leitura da mensagem da presidenta Dilma Rousseff – que não pode comparecer ao ato em função de viagem ao exterior – na qual destacou que “nos dias de hoje, presenciamos um cenário bastante distinto daquele que marcava nosso entorno geográfico no período do conflito”.
Segundo Dilma, “vivenciamos um ambiente onde imperam os laços de amizade, a cooperação e a busca por políticas regionais de fomento ao desenvolvimento social, econômico e de defesa”. E continuou: “Mesmo nesse clima pacífico, nossa segurança requer constante vigilância e preparo das Forças Armadas para atuar em conformidade com o preconizado em nossa Constituição, defendendo a nossa soberania”.
Mérito Naval
Após os pronunciamentos, as personalidades se posicionaram no centro do pátio da organização militar para receberem as medalhas da Ordem do mérito Naval. Na ocasião, o ministro Jaques Wagner foi condecorado com a medalha no Grau Grã-Cruz. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, também foram agraciados.
Criada pelo Decreto nº 24.659, de 11 de julho de 1934, a Ordem do Mérito Naval destina-se a premiar os militares da Marinha que se destacaram no exercício de sua profissão e, excepcionalmente, corporações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, suas bandeiras ou estandartes, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que houverem prestado relevantes serviços à Força Naval.
Após a entrega das medalhas, houve desfile de tropas do Grupo dos Fuzileiros Navais. Ao término, os convidados participaram para um coquetel.
Batalha do Riachuelo
A Batalha do Riachuelo foi um dos principais eventos ocorridos durante a Guerra do Paraguai. Deu-se em 11 de junho de 1865, nas margens do Rio Riachuelo, um afluente do Rio Paraguai situado na província de Corrientes, na Argentina. Essa luta colocou em lados opostos brasileiros e paraguaios. Naquela época, o Paraguai, sem conexão com o mar, buscava o controle da bacia do Prata, o que representava saída para o Oceano Atlântico.
Na manhã de 11 de junho de 1865, a Força Naval Brasileira, sob o comando do almirante Barroso, estava fundeada nas proximidades da cidade de Corrientes. De seu fundeadouro, os brasileiros avistaram a esquadra oponente – com oito navios e seis chatas artilhadas – que descia o Rio Paraná. Na margem esquerda daquele rio, soldados e peças de artilharia inimigos aguardavam o momento do ataque.
Então, seguiu-se um primeiro e rápido combate e, após, junto à foz do Riachuelo, em um trecho de difícil navegação, travou-se a batalha decisiva. Com a iniciativa de Barroso, que abalroa com o seu capitânia três navios inimigos e uma chata artilhada, pondo-os a pique, a batalha toma seu rumo final.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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