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18/10/2010 - DEFESA - Investimentos em defesa beneficiarão toda a indústria brasileira, diz Jobim
Investimentos em defesa beneficiarão toda a indústria brasileira, diz Jobim
Brasília, 18/10/2010
– A indústria brasileira como um todo será beneficiada com a retomada dos investimentos em defesa patrocinados pelo governo brasileiro, previu o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A avaliação foi feita em discurso na abertura da 2ª Oficina de Trabalho “Diagnóstico da Base Industrial da Defesa (BID)”, realizada em Brasília na última quinta-feira (14/10).
“A Estratégia Nacional de Defesa elegeu três setores fundamentais - o cibernético o espacial e nuclear -, setores que são transversais para temas como agricultura, medicina e ciência e tecnologia”, disse Jobim.
Segundo o ministro da Defesa, os benefícios dos investimentos na área de defesa – especialmente no monitoramento marítimo, aéreo e terrestre - acabam fortalecendo o sistema industrial como um todo. Esses investimentos, afirmou o ministro da Defesa, geram “capacidade de a indústria nacional atender a isso”. Jobim disse que um aspecto positivo do investimento feito pelo Estado, em comparação ao setor privado, é que os recursos provenientes de fontes estatais são canalizados para pesquisas de longo prazo e que não necessitam apresentar garantias de aplicabilidade industrial. Ao contrário, o financiamento do setor privado dificilmente é canalizado para pesquisas que não apresentem certeza de aplicabilidade em um futuro próximo.
Mesmo defendendo a necessidade de investimento do governo, Jobim afirmou não ser possível pensar que indústria de defesa vá sobreviver com compras estatais. Para ele, o que garantirá o futuro da indústria de defesa é o incentivo à ciência e tecnologia, para que as pesquisas sirvam de base para fomentar uma indústria de defesa dual-militar e civil- que atenda ao mercado interno e à exportação.
Além de Jobim, também participaram do evento o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri. A oficina aconteceu no Centro de Convenções Brasil XXI, em Brasília.
A oficina iniciou o mapeamento da indústria de defesa do País, trabalho a ser feito pela ABDI, com
o apoio do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense. Com o mapeamento, a ser realizado nos próximos 18 meses, o governo e o setor privado terão pela primeira vez uma visão real e sistêmica da competitividade da Base Industrial de Defesa do Brasil.
Os participantes da oficina discutiram a situação atual da indústria de defesa do País, em seus aspectos geopolíticos, regulatórios, econômicos e de inovação para estimular o desenvolvimento e a competitividade das empresas deste complexo – conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa e na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Governo Federal.
Segundo Maria Luisa Campos Machado Leal, diretora da ABDI, o levantamento será feito com informações adquiridas por meio de consulta às empresas que compõem o complexo industrial de defesa do País, especialistas no assunto, além da base de dados de instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Texto: José Romildo
Fotos: Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação (Ascom)
Ministério da Defesa
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