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FAB emprega novas técnicas de aviação de transporte em operação no MS
Brasília, 15/08/14 - Voos mais baixos, flexibilidade nos horários de lançamentos de carga ou de paraquedistas, e maior análise de inteligência para operar em ambientes hostis. Essas são algumas das novidades testadas durante o exercício operacional da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira, a Transportex, que até o próximo dia 26 de agosto reúne cerca de 600 militares em Campo Grande (MS).
“Nós pretendemos evoluir a doutrina da aviação de transporte da FAB para que ela fique mais próxima possível da doutrina internacional empregada pela OTAN”, afirma o Tenente-Coronel Mauro Cezar de Azevedo Pereira, Chefe da Seção de Doutrina e Estudos da Quinta Força Aérea (V FAE). A atualização permite que os esquadrões de transporte estejam aptos a realizar missões com padrões compatíveis aos atuais procedimentos realizados internacionalmente na área.
Para testar as novas técnicas, um cenário de combate foi montado no Mato Grosso do Sul, onde há a simulação de ameaças no solo e no ar com a utilização de radares e sistemas de lançamento de mísseis portáteis. São situações que podem surgir durante a missão e exigir a aplicação de medidas evasivas. A atividade coloca em prova não só a atuação da tripulação, mas os sistemas de autodefesa das aeronaves C-130 Hércules e C-105 Amazonas. A coleta e análise das lições aprendidas após cada evento apontam os acertos e os ajustes necessários para aperfeiçoar as técnicas.
Baixa altura
Um dos procedimentos que passa por adaptações são os voos à baixa altura. “Os voos agora são mais baixos e mais rápidos para que a aeronave fique o menos exposta possível às ameaças inimigas”, explica o Tenente-Coronel Cezar. Os horários dos lançamentos também estão menos rígidos para que seja realizada a análise das “janelas de oportunidades” e o melhor momento para realizar a manobra.
A atualização das técnicas empregadas na aviação de transporte da FAB são estudadas estudadas desde a participação do Primeiro Esquadrão do Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) no exercício operacional canadense de guerra aérea, a Maple Flag, em 2012.
“Para o piloto é sempre interessante essas inovações e aperfeiçoamento para estar alinhado com as novas técnicas utilizadas no mundo inteiro. Hoje, por exemplo, a gente tem que voar muito mais rápido para fugir de radares, é um voo diferente que exige maior perícia e experiência. Com a Transportex, podemos treinar de forma integrada com os esquadrões de transporte e unificar as técnicas”, comenta o piloto da aeronave C-130 Hércules, Tenente Rafael Portela Santos do 1º GTT.
Informações e fotos: Agência Força Aérea
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