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Estratégia Nacional de Defesa responde por avanços na indústria do setor, dizem especialistas
São Paulo 11/09/2014 – Desde o seu lançamento, em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END) conseguiu efetivar significativos avanços nos investimentos feitos na indústria brasileira do setor.
A constatação foi feita por especialistas presentes ao 50º Fórum de Debates Brasilianas.org, realizado na última quinta-feira (11), em São Paulo. O debate foi mediado pelo jornalista Luís Nassif.
Segundo dados apresentados no evento, entre 2003 e 2012, registrou-se um aumento de mais de 568% de investimentos no setor de defesa, que ganharam força após o advento da END, em 2008.
Os efeitos desse crescimento – que se baseiam em levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – estão refletidos, por exemplo, no aumento das exportações de produtos de defesa.
Estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) prevêem que as exportações do setor para 2014 devem chegar a US$ 2,8 bilhões.
Outro efeito positivo gerado a partir do lançamento da END pode ser visto no crescimento de postos de trabalho do setor. Dados apresentados no evento revelam que, apenas no segmento de armamentos, o número de funcionários saltou de 4.356 para 7.147, entre os anos de 2007 a 2013.
A fabricante de helicópteros Helibras, sediada em Itajubá (MG), simboliza o aumento na geração de empregos em segmentos associados à Defesa. Em 2009, a empresa contava com 260 colaboradores. Neste ano, emprega 847.
“O salto foi para atender ao projeto HXBR. Seguimos com boas perspectivas”, disse o presidente da empresa, Eduardo Marson Ferreira, que também participou do fórum de debates.
Apesar dos avanços, alguns especialistas avaliaram que a indústria de defesa brasileira ainda carece de garantias de investimento para viabilizar um crescimento mais efetivo. Para o diretor do Departamento de Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Jairo Cândido, é preciso que o país “faça uma reorganização constante das Forças Armadas (FAB), da reestruturação da indústria de defesa”.
Também participaram do evento palestrantes como o professor especialista em segurança internacional das Faculdades Integradas Rio Branco, Gunther Rudzit e o especialista em Ciência Mecatrônicas e Assessor de Defesa da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Samuel César da Cruz Júnior.
Foto: César Ogata
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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