Notícias
Conheça os militares brasileiros que se destacaram em Campeonato Mundial de Pentatlo Aeronáutico
Brasília, 05/11/2014 – Foram cinco dias de competição com árduas provas que vão, desde natação e basquete, a até esgrima, pista de obstáculos e prova de voo, que consiste em navegação a baixa altura cronometrada. Mas, graças ao treinamento de alto nível oferecido pela Força Aérea Brasileira (FAB), os atletas nacionais foram destaque durante o 56º Campeonato Mundial de Pentatlo Aeronáutico (PAIM), realizado no final do mês passado, na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP).
A equipe de Pentatlo Aeronáutico Militar do Brasil conquistou o primeiro lugar na categoria masculina. No feminino, a Noruega foi a vencedora, mas a equipe brasileira ficou em terceiro lugar na competição. Um dos destaques do mundial foi o major aviador Eduardo Utzig ( foto ao lado ), que ganhou o primeiro lugar na categoria masculino individual e atingiu a marca de tetracampeão mundial de Pentatlo Aeronáutico.
O major Utzig avalia que o bom resultado atingido é fruto do treinamento exemplar. “Desde o momento de entrada nas academias da Força Aérea Brasileira (FAB), os cadetes são muito estimulados a treinar e a competir em alto nível”, explica. “O resultado foi excelente para o Brasil e isso fortalece o nome do país no exterior: conseguimos mostrar que as coisas aqui são feitas com qualidade de excelência”, disse.
A tenente-intendente do Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica, Mellina Barbosa (foto abaixo) , de 29 anos, explica que na época em que começou a treinar, quando ainda era cadete da AFA, nem existia a categoria feminina na competição. Após conquistar o terceiro lugar na categoria individual, ela conta como o esporte complementa o treinamento da carreira. “É um esporte bem militar, a nossa rotina diária busca manter o militar em condições de combate”, explica a tenente.
Segundo a tenente, além do prazer em poder participar como mulher, há também a satisfação em representar a profissão de intendente, quadro que cuida da parte logística de qualquer operação, e que, antigamente, também não integrava a competição. “Para mim, é um orgulho fazer parte da seleta equipe feminina e também por ser intendente, porque posso mostrar que o militar precisa ter preparo físico independentemente do quadro que ocupa”, avalia.
O capitão Joel Belo, do Esquadrão de Patrulha Marítima de Florianópolis (SC), está há 5 anos na equipe e já havia participado de outras edições do Pentatlo como reserva. Esse ano ele ficou em terceiro lugar. “As provas são muito técnicas e, por isso, leva-se tempo até atingir um nível mais elevado”, explica.
“Foi muito gratificante saber que consegui chegar perto de atletas tão experientes, como são os meus companheiros de equipe”. O capitão explica que participar dessa competição “em casa” mexeu com o emocional. “É uma situação especial, recebi o troféu das mãos dos meus pais. Mas, é claro que isso também faz aumentar a cobrança”, explica. Para ele, além da realização pessoal, o desempenho atingido pela equipe brasileira lhe trouxe um orgulho que ele carregará pelo resto da vida. “Com esse resultado, a FAB passa uma boa impressão de organização e do nível de capacidade do aviador da Força Aérea Brasileira”, conclui.
E os bons resultados conquistados também contribuem para estimular os mais jovens a seguir treinando e participando de competições. É o caso do cadete Ariel Kaczmark, da AFA, que, apesar de ter participado como reserva, já sonha com o próximo pentatlo. “Me senti privilegiado em pertencer à equipe brasileira e a minha expectativa é pertencer a equipe titular já no próximo ano e representar o meu país com bons índices”, disse.
O campeonato
Criado após a II Guerra Mundial, para ser um complemento ao treinamento físico exigido para pilotos militares combatentes, o campeonato mostra como está o preparo das Forças Aéreas de cada país. Na competição deste ano, participaram equipes de 58 países que competiram nas modalidades: prova de voo, tiro, natação, esgrima, basquete e o chamado scape, que engloba pista de obstáculos e orientação. A prova de orientação simula uma situação em que o piloto foi “abatido” e precisa se evadir, ou seja, regressar ao território amigo, utilizando bússola e mapa para encontrar o caminho. Nessa prova, vence aquele participante que a fizer em menor espaço de tempo.
Outra modalidade que retrata com clareza o nível técnico dos pilotos de cada país – e na qual o Brasil atingiu excelentes resultados - é a prova de voo, que funciona como uma espécie de rally de irregularidades. Nela, o participante atua como navegador, estabelecendo o planejamento da missão de voo que têm objetivos pré-estabelecidos pelos organizadores da competição, como encontrar pontos selecionados no mapa. Assim, cabe ao concorrente calcular com precisão de segundos a missão para concluir a prova no menor tempo possível.
Fotos: Agência Força Aérea
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
61 3312-4071