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Comitiva do Zimbábue conhece experiência brasileira em Serviço Militar
Brasília, 19/6/2015 – A experiência das Forças Armadas brasileiras com o alistamento militar obrigatório foi apresentada para comitiva do Zimbábue, na tarde desta sexta-feira (19), no auditório do Ministério da Defesa (MD). Na ocasião, os oficiais ficaram a par de como o processo de seleção é feito e das oportunidades dadas aos recrutas após o período em uma das organizações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
No Brasil, o alistamento é previsto pela Constituição Federal. Os jovens do sexo masculino são obrigados a se apresentar a uma das 5.370 juntas de serviço militar espalhadas pelo país no ano em que completam 18 anos. Mulheres e eclesiásticos são dispensados da atividade, em tempos de paz, mas podem entrar na carreira por meio de concursos disponíveis nas Forças – de maneira voluntária.
Sobre o assunto, o gerente da sessão de Serviço Militar do MD, coronel Antônio Paulo Maciel, contou que todo ano cerca de 2 milhões de jovens são alistados. Desse total, 600 mil são selecionados para nova apresentação e exames, e somente 200 mil são distribuídos aos quartéis das três Forças Armadas, que aproveitam 100 mil. Este quantitativo final passa um ano em organizações militares da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica distribuídas pelo país.
O coronel abordou também, em sua apresentação, acerca do Projeto Soldado Cidadão. A iniciativa prevê qualificação profissional para a inserção dos soldados no mercado de trabalho. A ideia é que esses jovens tenham capacitação para trabalhar em diversas áreas depois que saírem do serviço militar.
“Nosso objetivo é o mercado regional. Ao longo de dez anos o projeto já beneficiou mais de 200 mil pessoas”, afirmou Maciel. Entre os cursos oferecidos estão panificação, mecânica, informática e carpintaria, além de outros. As aulas possuem total de 160 horas e abordam aspectos teóricos e práticos.
“Às vezes é melhor já ter uma capacitação técnica do que um diploma, no caso desses soldados, para entrar mais rápido no mercado. Depois, com emprego ele consegue dar um upgrade e cursar faculdade”, explicou.
Visita
O subchefe de Assuntos Internacionais do MD, general Décio Luís Schons, deu as boas-vindas aos estrangeiros, logo pela manhã. “Queremos trocar experiências com vocês e teremos a chance de discutir aspectos comuns”, sentenciou. Durante esta sexta-feira, os militares africanos assistiram a uma série de palestras no Ministério da Defesa.
Uma delas teve como foco o programa Mais Alimentos, do Governo Federal. A apresentação foi feita pelo representante da sessão de Assuntos Internacionais do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ricardo França. Ele contou que a iniciativa brasileira visa beneficiar os agricultores familiares, com créditos para compra de equipamentos, grãos, câmaras frigoríficas, veículos de carga, e mais. Além disso, determina que órgãos públicos como escolas, hospitais e presídios adquiram no mínimo 30% de seus alimentos de produtores familiares.
O Mais Alimentos possui modalidade nacional e internacional. No primeiro caso, são 647 indústrias participantes e a disponibilidade de 9.707 produtos. No segundo, a iniciativa auxilia diversas nações africanas com a comercialização de tratores produzidos no Brasil e entregues ao Zimbábue, Moçambique, Gana, Senegal e Quênia.
A comitiva estrangeira foi liderada pelo comandante da Faculdade de Defesa Nacional do Zimbábue, vice-marechal-do-ar Michael Tidzani Moyo. A equipe permanece no Brasil até o sábado (27) e irá percorrer as cidades do Rio de Janeiro e de São José dos Campos (SP). Nesses lugares vão conhecer a Escola Superior de Guerra (ESG), o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) e a fábrica da Embraer.
Por Marina Rocha
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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