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Cerimônia celebra Dia Internacional dos Peacekeepers das Nações Unidas, em Brasília
Brasília, 27/05/2019 - A cerimônia comemorativa do Dia Internacional dos Peacekeepers das Nações Unidas, celebrado em 29 de maio, ocorreu, em Brasília nesta segunda-feira (27), no Grupamento de Fuzileiros Navais. A solenidade homenageia homens e mulheres que serviram e continuam a servir em Operações de Manutenção de Paz da ONU. A data também é uma forma de honrar aqueles que perderam suas vidas pelo cumprimento das missões.
Estiveram presentes na cerimônia o ministro da Defesa substituto e comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, o comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa, o comandante do Exército, General de Exército Edson Leal Pujol, o secretário-Geral do Ministério da Defesa, Almirante de Esquadra Almir Garnier, e o secretário da Produtos de Defesa, Marcos Degaut.
"Ao custo de muito trabalho e suor, nossos mantenedores da paz seguem representando de forma exemplar a Bandeira do Brasil. Seus sacrifícios são motivos de orgulho para todos nós patriotas. Parabéns a todos os peacekeepers brasileiros, de hoje e de sempre, pelo seu dia!", destacou a leitura da Ordem do Dia . A mensagem do Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que se encontra em viagem internacional, foi lida durante a solenidade.
Em seguida, houve a aposição de uma coroa de flores em homenagem aos militares que morreram nas missões. Ao final da cerimônia, ocorreu desfile militar com a guarda e os ex-mantenedores da paz.
![](https://www.gov.br/defesa/pt-br/arquivos/2019/mes05/20190527a_peacekeeper-4.jpg)
“Chega um momento que trabalhamos muito com papel e pouco com as pessoas. Se me perguntarem porque resolvi me voluntariar, não sei responder, só segui meu coração. Foi uma experiência incrível, voltei mais tolerante e amando ainda mais o Brasil. Olho o país com outros olhos”, afirmou a major Danielle Lara. Ela voltou este ano da missão de Paz no Sudão, país africano. Ela disse que não é possível escolher um destino e que pretende deixar o dela no banco de dados para encarar uma próxima missão.
No Brasil, em todas as Forças Armadas, a participação feminina em operações individuais representa, apenas, 3% e, em missões de tropa, são 203 de 30 mil. A coronel Ivana Mara Costa, que serviu no Haiti duas vezes, defende a maior inserção da mulher nas missões de paz. “Eu acredito que elas estão prontas para desempenhar qualquer função dentro da ONU. Eu não tive desafios nas minhas missões, tive uma abertura muito grande para desempenhar meu papel e tudo que me foi demandado. Até a saudade de casa, hoje, com a comunicação, fica mais fácil”, destacou.
A Capitão-Tenente Maria Almeida também esteve na missão do Sudão, em 2018. Para ela, servir em um país mulçumano foi algo desafiador. “Eu nem sei mensurar o que foi para mim, não foi só uma experiência profissional, mas pessoal também. No país, a submissão da mulher ainda é bem forte, então ter a gente lá é um incentivo para que elas percebam que são capazes”, relembrou.
Brasil nas missões
Atualmente, a manutenção da paz pela ONU emprega mais de 100 mil militares, policiais e civis em 14 operações por quatro continentes. O Brasil está presente em oito delas, com 300 capacetes azuis, sempre em contribuição aos esforços da ONU em promover a proteção de civis e manter a paz no mundo.
Desde 1956, o Brasil participa de Operações de Paz. A primeira missão ocorreu quando enviou um Batalhão de Infantaria de Força de Paz, Batalhão Suez, para integrar a 1ª Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF I), no conflito árabe-israelense, junto à Faixa de Gaza. Anos depois, contingentes brasileiros estiveram em Moçambique, Angola, Timor Leste e, por 13 anos, no Haiti. Desde a década de 50 até o momento, cerca de 46 mil civis, militares e policiais brasileiros utilizaram o capacete azul em 41 operações realizadas pela ONU.
A data
O 29 de maio marca o início da primeira Operação de Manutenção de Paz das Nações Unidas, autorizada pelo Conselho de Segurança, no ano de 1948, por meio da Resolução Nº 50 do mesmo ano: Organização das Nações Unidas de Supervisão da Trégua no Oriente Médio (UNTSO), em operação até hoje.
Por Júlia Campos
Fotos: Alexandre Manfrim
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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