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Brasil irá homenagear militares em missões de paz
Brasília, 14/05/2015 – Os chamados "boinas azuis", militares que participam de missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) , serão homenageados em cerimônia no dia 29 de maio, em Brasília, na sede do Comando Militar do Planalto (CMP). Sempre comemorado nesta data, a celebração marca o Dia Internacional dos Peacekeepers das Nações Unidas.
A comemoração do PeaceKeepers é realizada em sistema de rodízio anual entre a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Este ano, a solenidade será conduzida pela força terrestre. A programação contará com um desfile de ex-integrantes de missões de paz da ativa e da reserva, a execução do hino nacional, a leitura da Ordem do Dia do ministro da Defesa, entre outras atividades.
Peacekeepers
O Dia Internacional dos Peacekeepers remete ao ano de 1948, quando a ONU autorizou, nesta data, o estabelecimento da primeira operação de manutenção da paz para monitorar o cessar-fogo entre árabes e israelenses.
Oito anos depois, em 1956, o Brasil enviou seus homens para evitar confrontos entre Egito e Israel. Nascia, assim, a participação brasileira em missões no exterior que dura até os dias atuais. De lá para cá, o país atuou em mais de 33 missões das Nações Unidas e já enviou cerca de 27 mil militares ao exterior.
A data homenageia todos os homens e mulheres que serviram e continuam servindo nestas operações. As Nações Unidas, por meio de seus países membros, reconhecem o alto nível de profissionalismo, dedicação e coragem dos militares que perderam suas vidas em prol da paz.
Missões de Paz
Atualmente, o Brasil tem distribuído pelo mundo mais de 1,7 mil militares. Esse contingente brasileiro atua em missões sob a liderança da ONU. O quantitativo é composto por militares das três Forças Armadas, além de policiais e bombeiros, e contribui para estabelecer a presença e estreitar o apoio do Brasil a nove nações: Chipre, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Haiti, Líbano, Libéria, Saara Ocidental, Sudão e Sudão do Sul.
Os militares brasileiros atuam, por exemplo, na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) , na Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) e na Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco).
Líder da Minustah desde 2004, o Brasil comanda as forças de paz no Haiti, que tem a participação de tropas de outros 15 países. Até o 20º contingente já foram empregados mais 30 mil militares brasileiros, do Exército, Marinha e Aeronáutica, no país caribenho. O contingente brasileiro inclui o Batalhão de Força de Paz (Brabat), a Companhia de Engenharia (Braengcoy) e o Grupamento de Fuzileiros Navais.
As Forças Armadas brasileiras estão desde 2011 no comando da missão de paz da Unifil. A Marinha do Brasil mantém uma fragata na costa libanesa com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais e contrabandos no país árabe.
Além disso, a força naval – que pela primeira vez comanda uma missão de paz da ONU – tem a incumbência de colaborar com o treinamento da Marinha libanesa.
A Monusco é comandada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, que a pedido da ONU, encontra-se em seu segundo mandato à frente de uma tropa com 20 mil homens de 18 países.
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Referência internacional
Recentemente, o diretor do Instituto de Política Pública Global, Philipp Rotmann, destacou em debate realizado pelo Ministério da Defesa, a qualidade das tropas brasileiras, que são frequentemente escaladas para atuar em missões de paz. Na visão do especialista, os militares brasileiros têm apresentado bom desempenho operacional e também habilidade e trato humanizado para lidar com pessoas em situações tão vulneráveis.
Por seu desempenho e atuação em missões de paz, o Brasil tornou-se referência internacional na preparação de militares e civis para missões humanitárias e de segurança em regiões de conflito. Em 2010, foi criado o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) , a partir da estrutura do extinto Centro de Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz) do Exército Brasileiro, no Rio de Janeiro.
Também designado de Centro Sérgio Vieira de Mello – em homenagem ao diplomata brasileiro morto em serviço no Iraque, em 2003 –, o Centro especializou-se na preparação e orientação de militares brasileiros designados para operar em missões de paz e humanitárias sob a égide da ONU. O CCOPAB capacitou 3.059 pessoas em 2014.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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