Brasil fica à frente no 49ª Campeonato Mundial Militar de Natação

Brasília, 19/12/2017 - Quebra de 25 recordes mundiais militares, 15 deles brasileiros, e o desempenho da delegação do Brasil foram os destaques do 49º Campeonato Mundial Militar de Natação, do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), realizado de 11 a 16 de dezembro, no Rio de Janeiro (RJ). O mundial é organizado pelos Ministérios da Defesa e do Esporte e ocorreu pela primeira vez no País.

A competição contou com 131 atletas militares de 12 países: Brasil, Alemanha, Canadá, França, Índia, Iraque, Luxemburgo, Polônia, Rússia, Sri Lanka, Suíça e Ucrânia. As competições foram realizadas nas instalações esportivas construídas para os Jogos Olímpicos Rio 2016, na Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), no bairro da Sulacap, na capital carioca.

Foram disputadas provas de 50m livre, 200m borboleta, 200m peito, 50m costas e o revezamento 4x200m livre. O Brasil ficou à frente no mundial, com 40 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e 5 de bronze. A delegação Russa conquistou o segundo lugar com 25 medalhas: 9 de ouro, 12 de prata e 4 de bronze, e a Polônia em terceiro, com 3 de ouro, 2 de prata e 8 de bronze.

Entre os destaques brasileiros estavam o sargento Leonardo de Deus, do Exército Brasileiro, que foi o primeiro atleta a quebrar um recorde no mundial militar de 2017, ao nadar o 200m borboleta com o tempo de 1min 55,61seg. A sargento Etiene Medeiros, da Marinha do Brasil, bateu o recorde do 50m costas com 28,04seg.

Para o almirante Paulo Martino Zuccaro, presidente da Comissão Desportiva Militar Do Brasil (CDMB), os grandes nomes da natação brasileira estiveram competindo. “Faço referência a Etiene Medeiros, uma das melhores nadadoras de todo Brasil de todos os tempos, a primeira mulher consagrada como campeã mundial na modalidade de natação”, disse o almirante. A atleta fez parte, neste ano, do Desafio da Raia Rápida, onde a equipe brasileira foi vencedora, juntamente com outras potências da modalidade como os Estados Unidos, Itália e Argentina.

A delegação brasileira apresentou 25 atletas, sendo 8 sargentos da Marinha do Brasil, 13 sargentos e um soldado do Exército Brasileiro e 4 sargentos da Força Aérea Brasileira. Todos atletas do Programa de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa.

O almirante Zuccaro destacou ainda dois principais objetivos alcançados na competição. “O primeiro objetivo foi criar condições para que aqui brilhassem, como efetivamente brilharam, as estrelas deste grande evento, que são esses fabulosos atletas,  orgulho de suas respectivas nações. O segundo, aparentemente tão bem cumprido quanto o primeiro, foi conformar um ambiente de trabalho e convivência propício à prática contínua dos ideais do CISM, tão bem expressos em seu lema, a bem da verdade sua razão de ser: amizade através do esporte”, disse.

“Eu recordo também que nós vamos prosseguir com a política de sediarmos novas modalidades e temos planejadas, para 2018, duas novas competições mundiais militares que serão de taekewondo e judô”, acrescentou.

A edição brasileira do campeonato teve a participação de árbitros internacionais de natação reconhecidos pela Federação Internacional de Natação (FINA). O controle de dopagem foi de padrão olímpico, mediante convênio com a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).

O Campeonato Mundial Militar de Natação impulsionou a preparação dos atletas militares para os 7º Jogos Mundiais Militares na China, em 2019, e os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Por major Sylvia Martins

Foto: Divulgação CDA

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