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Atletas militares sobem ao pódio em Mundial de Esportes Aquáticos
Brasília, 31/07/2017 – Em sua segunda melhor campanha em número total de medalhas, o Brasil encerrou neste domingo (30) sua participação no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, capital da Hungria. O destaque mais uma vez ficou por conta dos resultados obtidos pelos atletas militares. Dos oito pódios obtidos nas modalidades de natação e maratona aquática, seis vieram pelas mãos de integrantes do Programa Atletas de Alto Rendimento do Ministério da Defesa.
A sargento da Marinha Ana Marcela Cunha brilhou sagrando-se a primeira brasileira tricampeã mundial. A atleta baiana, de 25 anos, conquistou medalha de ouro na maratona aquática, a mais longa prova de natação do campeonato. Ana Marcela nadou por mais de cinco horas os 25 quilômetros da prova, no Lago Balton. Ainda no mundial de Budapeste, a campeã subiu ao pódio duas vezes ao receber a medalha de bronze nas provas de 5 km e 10 km.
O outro ouro brasileiro conquistado no Mundial, na modalidade de 50 metros costas, veio pela também sargento da Marinha, Etiene Medeiros. “Tive várias pessoas ao meu lado para nadar essa prova. Para mim foi uma temporada muito diferente, eu fiquei mais nervosa do que o normal. Eu estou muito feliz, foi só energia boa”, declarou a atleta.
No revezamento 4x100 m livre, o sargento da Força Aérea Brasileira, Gabriel Santos, ao lado de seus companheiros, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo e Bruno Fratus garantiram medalha de prata para o Brasil.
No último dia da competição, o revezamento 4x100m medley teve a participação do sargento da Marinha João Gomes Júnior, do sargento do Exército Henrique Martins, de Guilherme Guido e Marcelo Chierighini. Guido abriu com 53s53 e deixou o time em quinto para o estilo peito de João Gomes, que bateu em sexto (58s80), antes de Henrique cair na água. Ele manteve o país em sexto (51s12) e Marcelo Chierighini (48s08) ganhou uma posição, retornando a equipe para o quinto lugar.
"Estamos em uma grande evolução, desde o ano passado. A cada competição queremos buscar esta medalha. Baixamos um pouco o tempo desde a competição passada e agora é brigar para abaixar mais. O saldo (da competição) é bem positivo. Só tenho que agradecer a todos que deram oportunidade para a gente poder nada. Temos muito a oferecer ainda para a natação brasileira", disse o sargento João Gomes Junior, que também subiu ao pódio ao conquistar medalha de prata nos 50m peito.
O sargento do Exército Henrique Martins também ressaltou o trabalho que precisa ser feito para chegar na medalha da prova. "O medley mostra a seleção como um todo, em um conjunto de prova nos quatro estilos, então o Brasil mostra que está melhorando. Para a medalha vamos ter que ajustar muito os detalhes, treinando muito até lá, para poder buscar uma medalha na Olímpiada. No ano pós Olímpiada eu procurei disputar toda competição como se fosse o Mundial. A rotina de tentar buscar meu máximo me ajudou muito aqui. Saio feliz por ter nadado bem em todas as provas, não tanto quanto eu gostaria, faltaram alguns detalhes”, comentou.
Além das oito medalhas, o Brasil termina o Mundial dos Esportes Aquáticos com sete finais e sete semifinais. O País conseguiu a 4ª colocação nas maratonas aquáticas, o 9º lugar na natação e o 10º no quadro geral de medalhas. Entre as 176 nações que participaram em Budapeste, 29 países que subiram ao pódio, apenas cinco eram das Américas: Estados Unidos (1º); Brasil (10º), o Canadá (13º), Equador (22º) e México (20º).
Programa
O Programa de Alto Rendimento, uma parceria entre os ministérios da Defesa e do Esporte, conta atualmente com 627 atletas, que ocupam a patente de terceiro sargento da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira. O objetivo é apoiar atletas de alto rendimento, melhorar o desempenho e descobrir novos talentos esportivos. No âmbito da Defesa, são realizados cursos para a capacitação de recursos humanos dedicados às atividades esportivas bem como o estabelecimento de metas.
O Programa inclui 41 modalidades, sendo 34 olímpicas (atletismo, badminton, basquete, boxe, canoagem slalom, canoagem velocidade, caratê, ciclismo mountain bike, ciclismo de estrada, esgrima, escalada esportiva, futebol, ginástica artística, golfe, handebol, hipismo, judô, levantamento de peso, lutas associadas, maratona, maratona aquática, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tiro, tiro com arco, tiro shotgun, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia), e sete não olímpicas e tipicamente militares, como cross country, lifesaving, orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval.
Na prática, a função dos atletas é defender o Brasil em campeonatos militares nacionais e internacionais, como é o caso dos Jogos Mundiais Militares. Em contrapartida, o atleta, que compõe o quadro temporário por até oito anos de uma das três Forças Armadas, recebe instruções militares para uma formação básica.
Por meio do Departamento de Desporto Militar (DDM), o Ministério da Defesa organiza a participação militar brasileira em eventos esportivos de alto nível e já trabalha no novo ciclo olímpico, rumo à Tóquio 2020, e com vistas ao 7º Jogos Mundiais Militares, em 2019, na China. Esse ano o Brasil também realizará os campeonatos mundiais militares de vôlei de praia e de natação, no Rio de Janeiro.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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