Aldo Rebelo visita Batalhão Hermes Ernesto da Fonseca

Maceió, 05/01/2016 -  O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, visitou, hoje (05), o 59º Batalhão de Infantaria Motorizado -Batalhão Hermes Ernesto da Fonseca, em Maceió (AL). O ministro conheceu aspectos do Comando Militar do Nordeste (CMNE), da 10ª Brigada e do 59º Batalhão, além da história da unidade, apresentada pelo historiador e coronel da reserva Maya Pedrosa.

O ministro esteve acompanhado na visita pelo comandante do Batalhão, coronel Júlio César Macário, pelo comandante militar do Nordeste, general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, pelo comandante da 6ª Região Militar, general Costa Moura e pelo comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Antônio Eudes Lima da Silva.

O 59º Batalhão de Infantaria Motorizado é composto por uma Companhia de Comando e Apoio, duas Companhias de Fuzileiros. Uma Banda de Música, Posto Médico da guarnição e Estação de rádio da Rede Fixa do Exército.

História do 59º Batalhão

Sua denominação histórica é Batalhão Hermes Ernesto da Fonseca, homenageando seu comandante mais notável, que liderou a unidade na Batalha de Tuiuti, em 24 de maio de 1866, no Paraguai, e foi a primeira tropa brasileira a entrar na capital Assunção em 5 de janeiro de 1869.

A designação atual de 59º Batalhão de Infantaria Motorizado é a denominação desde 21 de novembro de 1973, adequando-se à nova doutrina militar, dessa unidade criada em 28 de fevereiro de 1838, em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, como 1º Batalhão de Caçadores (BC). Teve seu batismo de fogo na revolução farroupilha, contendo o avanço das forças terrestres e navais comandadas pelo general David Canabarro e pelo almirante Giuseppe Garibaldi sobre a ilha de Santa Catarina.

Em 15 de novembro de 1839, participou do ataque combinado com a Marinha à capital da República Juliana, a cidade de Laguna, no sul catarinense, enfrentando a defesa da tropa de assalto dos farroupilhas, o Corpo de Lanceiros Negros, comandados pelo oficial de carreira do Exército Imperial rebelado coronel Joaquim Teixeira Nunes.

Nessa batalha, a esquadra imperial comandada pelo futuro almirante Frederico Mariath bateu à frota republicana comandada por Giuseppe Garibaldi. Na operação, o futuro 59º Batalhão venceu a cavalaria gaúcha. O Corpo de Lanceiros Negros era uma unidade integrada por cavalarianos africanos, recrutados entre libertos e escravos libertados, que atuavam como tropeiros nas charqueadas do sul rio-grandense ou como domadores ou peões de estâncias gaúchas. Segundo o historiador general Tasso Fragoso, dessa unidade, inicialmente com 426 homens, 120 sobreviveram e foram integrados ao Exército Imperial pelo Barão de Caxias.

Na Guerra do Paraguai o 59º Batalhão, então 1º BC. teve sua denominação alterada para 8° Batalhão de Infantaria, integrado ao I Exército, sob o comando do tenente general Manoel Luís Osorio. Sob o comando de seu atual patrono, coronel Hermes Ernesto da Fonseca, atuou na Batalha de Tuiuti, na divisão de infantaria comandada pelo general Antônio Sampaio.

Em janeiro de 1869 entrou em Assunção junto com o Duque de Caxias, configurando o ato político da tomada da capital inimiga. A unidade ficou em Assunção até 1879, quando foi repatriada. A seguir, a unidade foi denominada 20º Batalhão de Caçadores, mudando várias vezes de sede até se fixar em Maceió em 1942. Na Segunda Guerra Mundial, o 20º BC integrou as forças de defesa de Alagoas adestradas para dissuadir uma ameaça concreta de forças do Eixo. Devido ao alto padrão de adestramento da tropa, forneceu efetivos para a formação da Força Expedicionária Brasileira que combateu na frente europeia.

Seu patrono, o marechal Hermes Ernesto é alagoano, pai do presidente da República Hermes Rodrigues da Fonseca (1910/14), irmão do primeiro presidente da República, Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, e do patrono dos Serviços de Saúde do Exército, general médico Severiano da Fonseca. Foi presidente da Província de Mato Grosso de 5 de julho de 1875 a 2 de março de 1878, e, já na república, presidente (governador) do estado da Bahia de 26 de abril a 14 de setembro de 1890. Faleceu em 7 de fevereiro de 1891.

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