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Adidos militares conhecem preparação da Defesa para os Jogos Rio 2016
Brasília, 16/12/2015 – É uma preocupação mundial saber como o Brasil está se preparando para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Como forma de compartilhar os preparativos do País no que tange à segurança para este grande evento, o Ministério da Defesa (MD) realizou, na terça-feira (15), um encontro com adidos militares de diversas nacionalidades.
O chefe da Assessoria Especial para Grandes Eventos (AEGE) do MD, general Luiz Felipe Linhares, apresentou como será a atuação da Pasta. “O Brasil vem adquirindo importante experiência em ações de enfrentamento ao terrorismo para grandes eventos, em integração com o Ministério da Justiça e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Já cuidamos da segurança dos Jogos Pan-americanos, em 2007; Jogos Mundiais Militares, em 2011; Rio+20, em 2012; Copa das Confederações, em 2013; Jornada Mundial da Juventude, com a visita do Papa, em 2013; e a Copa do Mundo, em 2014. E agora estamos preparados para as Olimpíadas”, lembrou Linhares.
A apresentação foi de extrema relevância, pois cabe ao adido militar, um oficial das Forças Armadas que atua junto a uma representação diplomática, trabalhar em estreita ligação com as autoridades militares de seus países, na troca de informações específicas. Por regra, uma embaixada dispõe de um adido militar ou rotativamente proveniente de cada uma das três Forças Armadas ou, junto dos Estados de maior relevância, três adidos de cada um dos ramos.
Uma das preocupações dos militares é com a segurança para as delegações e os chefes de Estado. O coronel Nattapong kwan-Orn, adido da Tailândia, indagou se há troca de informações e experiências entre as agências internacionais.
“O conhecimento adquirido está em constante processo de aperfeiçoamento, inclusive com intercâmbio com outros países, principalmente na área de inteligência, para ampliar e melhorar as ações, processos e protocolos necessários para garantir a plena segurança durante os Jogos”, respondeu o general Linhares.
Como exemplo, o MD tem fomentado intercâmbios com as Forças Armadas de países que têm atuado de maneira destacada contra o terrorismo, como Estados Unidos, Inglaterra e Israel. Além desses intercâmbios, têm ocorrido visitas para troca de experiências com países que já sediaram grandes eventos, como Inglaterra, África do Sul e Austrália.
Atuação das Forças
Durante a apresentação, o chefe da AEGE detalhou como será o trabalho conjunto entre os órgãos de segurança, incluindo 85 mil agentes, sendo 38 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. “A ação integrada é formada por três eixos: segurança pública, defesa e serviço de inteligência, que têm como base o Plano Estratégico de Segurança Integrada (PESI)”, destacou Linhares.
Dentre as atividades de Defesa Nacional, previstas no PESI, estão listadas as Ações Marítimas e Fluviais; as Ações Aeroespaciais e Aeroportuárias; as Ações de Transporte Aéreo Logístico; Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN); Proteção de Estruturas Estratégicas; Segurança e Defesa Cibernética; Fiscalização de Explosivos; Enfrentamento ao Terrorismo; e Emprego de Forças de Contingência.
Fazem parte, ainda, das atividades da Defesa Nacional a ação integrada com outras agências para Ações Aeroportuárias e as de Segurança Viária, Controle de Tráfego, Policiamento Ostensivo, Preservação da Ordem Pública e Ordenamento Urbano na região de Deodoro (RJ).
Além das atividades típicas e pertinentes ao Eixo de Atuação Defesa Nacional, o PESI contempla a previsão de emprego das Forças Armadas nas seguintes atividades da Segurança Pública: na atividade de Defesa Civil, cooperando com as Secretarias de Defesa Civil dos Estados, na forma determinada pela Presidente da República; e na Segurança de Dignitários e VIP, mediante participação nas escoltas de batedores.
As medidas de enfrentamento ao terrorismo para os Jogos Olímpicos são da alçada do Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT), que atua em integração com o Ministério da Justiça e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
Participaram do encontro adidos da África do Sul, Argentina, Bolívia, Canadá, Coreia, Equador, França, Grã-Bretanha, Guatemala, Índia, Irã, Japão, Polônia, Suécia, Ucrânia, Uruguai, Venezuela e Tailândia.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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