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A rotina dos soldados nos quartéis brasileiros
Brasília, 25/08/2016 - Hoje é comemorado em todas as unidades militares do Exército o “Dia do Soldado”, quando se celebra o nascimento do Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono da Força Terrestre. O soldado é o primeiro na cadeia de comando e é dentro da Força o nível hierárquico mais numeroso. O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), localizado em Brasília, possui um efetivo de 1.950 homens e mulheres, sendo que 1.492 deles são soldados.
“Para mim, ser soldado é ter disciplina em primeiro lugar, respeito pelos superiores e colegas e lutar pela pátria”, descreve Gildemar Luiz Pereira, 20 anos, soldado do BGP há um ano. Como muitos meninos ele sonhava servir o Exército quando era pequeno. O brasiliense mora na cidade satélite de Ceilândia (DF) e percorre 32 quilômetros por dia para chegar ao BGP.
No geral, a rotina de trabalho do soldado começa com a chegada dele ao quartel, por volta das 6h30min, pouco depois do toque da alvorada, que acontece às 6h da manhã. Diferente do passado quando os soldados dormiam no quartel, hoje vigora o Serviço Militar inicial regionalizado, no qual a maior parte deles moram no próprio município ou no entorno e retornam todos os dias para casa.
O expediente do BGP começa às 7h30min da manhã. Após colocarem a farda, os soldados vão para o Treinamento Físico Militar (TFM), às 8h, atividade composta por corrida, exercícios físicos, entre outros. Nesse intervalo também acontece, pontualmente, às 8h da manhã, o hasteamento da Bandeira Nacional. Esse ato cívico ocorre em todos os quarteis brasileiros.
Depois do treinamento físico acontece a instrução militar, que pode ser teórica, com a ministração de preceitos do estatuto dos militares; ou prática, com uma aula de tiro, por exemplo. O fim da jornada matinal é recompensado com o toque “avançar ao rancho”, que significa a ida para o almoço. À tarde, os soldados participam de outra instrução militar e são dispensados para voltarem para suas residências.
Na essência da palavra, o militar da Força Terrestre nunca deixa de ser soldado, esclarece o comandante do BGP de Brasília, coronel Carlos Frederico Gomes Cinelli. “Quando dizemos soldado, nós também estamos nos referindo, no caso do Dia do Soldado, ao soldado com “S” maiúsculo. Do general do Exército ao soldado mais moderno, em termos amplos, nós todos somos soldados. Dai a importância desse dia para nós”.
O coronel Cinelli ressalta que isso se refere aos valores e a ética militar, os quais não distinguem postos e graduações. “Em termos de comportamento ético, o que se exige de um general de Exército é o mesmo exigido de um soldado”, explica. Mas ele observa que existe distinção no que tange a hierarquia porque esses ciclos hierárquicos devem ser respeitados para que a cadeia de comando funcione.
Na frente do BGP, o coronel Cinelli descreve o sentimento de comandar e acompanhar o crescimento e a evolução dos soldados do quartel. “É um privilégio, como comandante, poder estar à frente dessa equipe e uma renovação diária vir para o quartel e receber uma injeção de ânimo”, finaliza.
Por Lane Barreto
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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