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31/10/2012 - DEFESA - Defesa apoiará operação da Saúde em aldeias indígenas na Amazônia
Defesa apoiará operação da Saúde em aldeias indígenas na Amazônia
Brasília, 31/10/2012 – Levar atendimento de saúde à população indígena da região amazônica é o principal objetivo da Operação Curumim 2, que começa na próxima segunda-feira (5), com apoio do Ministério da Defesa, por meio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), e executada por tropas do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB).
Durante 30 dias, o aparato militar será empregado no transporte de equipes de saúde, além de infraestrutura e medicamentos, até as aldeias indígenas, nas regiões do Alto do Rio Negro, do Alto do Rio Solimões e do Vale do Javari.
“Essa operação é de grande importância para a Defesa, pois permite a integração com o Ministério da Saúde no sentido de permitir que populações indígenas sejam atendidas em pontos longínquos do Amazonas”, disse o chefe da Seção de Operações Complementares/SC3 do Ministério da Defesa, coronel Luciano Puchalski.
Na prática, as Forças Armadas vão prestar apoio logístico para que as equipes do Ministério da Saúde possam atuar nas três regiões. De acordo com o planejamento, será prestado atendimento a 17.294 índios de 14 aldeias. O foco dos técnicos foi direcionado para crianças e gestantes, já que um dos objetivos da ação é reduzir as mortalidades infantil e materna.
As equipes da Saúde se deslocarão para a região a partir de Manaus (AM) e utilizarão as instalações dos Pelotões Especiais de Fronteiras (PEFs) do Exército Brasileiro. Os técnicos também disporão de bases nas cidades de São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, lugares onde há unidades hospitalares sob controle do Comando Militar da Amazônia (CMA).
“Nossa ideia é poder contar, no futuro, com a estrutura dos PEFs para ações permanentes na área de saúde. Basta termos o espaço físico para alojarmos as equipes que se deslocariam com frequência para a região”, informou o coronel Puchalski.
Operação Curumim 2
A segunda edição da Operação Curumim prevê atendimento médico dos indígenas, bem como vacinação e distribuição de medicamentos e cestas de alimentos. Na oportunidade, os técnicos verificarão as condições de saneamento básico e o abastecimento de água das aldeias. Serão observadas também as necessidades de melhorias às casas de apoio ao índio.
A Curumim foi deflagrada a partir da mobilização de comunidades indígenas meses antes da realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A necessidade de atendimento de saúde às populações indígenas levou a presidenta Dilma Rousseff a determinar uma ação de emergência que, na ocasião, chegou a tribos no estado do Acre.
Naquela oportunidade, foram realizados 2.379 atendimentos médicos e 1.050 atendimentos odontológicos, além de 2.201 ações de enfermagens. Ocorreram 14 remoções de urgência e 144 encaminhamentos cirúrgicos. “Desta vez, estamos levando as equipes para outras regiões da Amazônia. Para o próximo ano, estamos trabalhando para que aconteçam mais duas operações desse porte”, afirmou o coronel.
Militares do Exército e da Força Aérea serão empregados na Curumim 2. A participação da Marinha do Brasil foi descartada em função do baixo leito dos rios naquela região. Os militares da FAB vão atuar no Alto do Rio Negro e no Alto do Rio Solimões. Já os efetivos do Exército terão maior participação na região do Alto Solimões.
Em função de algumas demandas por atendimento médico, o governo já iniciou a ação no Vale do Javari. Ali, serão atendidos 3.748 índios (71% da população) das aldeias Maronal, São Sebastião, Vida Nova, Rio Novo, Remancinho, Tawaya e Palmeira do Javari.
Fotos: Karina Zambrana e Tiago Pegon/SESAI
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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