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Ágata 7 - FAB e PF poderão usar Vants em jogos da Copa das Confederações
Foz do Iguaçu, 29/05/2013
– A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal (PF) poderão fazer uso dos Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados) durante a realização de dois jogos da Copa das Confederações, que será realizada em junho no Brasil. O emprego desses equipamentos se daria na abertura da competição, em Brasília (DF), e no encerramento, no Rio de Janeiro, no âmbito do plano de defesa do espaço aéreo estabelecido pelo Governo Federal.
A entrada das aeronaves por controle remoto foi apresentada ao ministro da Defesa, Celso Amorim, nesta quarta-feira (29), quando ele visitou a base montada em São Miguel do Iguaçu (PR), na tríplice fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai. Trata-se do desdobramento dos resultados obtidos com o emprego desses equipamentos na Operação Ágata 7, iniciada no dia 18, com o objetivo de combate aos crimes transfronteiriços.
“Isso mostra que trabalhamos com as duas vertentes de forma harmônica e integrada”, avaliou o ministro Amorim. Sobre o emprego dos Vants, a decisão será tomada nos próximos dias.
O plano apresentado consiste em deslocar parte dos equipamentos para a Base da Marinha, em São Pedro da Aldeia, no estado do Rio, e outra parte para Brasília. No caso específico da capital fluminense, as aeronaves poderiam servir para o acompanhamento de autoridades e o espaço aéreo no local.
Entorpecentes
Os Vants auxiliaram na localização de 3,5 toneladas de maconha nesta região da fronteira Sul. A droga apreendida pelas forças militares e policiais já vinha sendo monitorada a partir do levantamento de informações de inteligência. O repasse dos pontos principais de localização do entorpecente permitiu o planejamento da ação. Posteriormente, as câmeras desses aviões registraram as embarcações transitando pelo Lago de Itaipu. Em terra, a PF foi mobilizada até o local onde o barco estava atracado.
Os detalhes da operação foram revelados pelo comandante do Esquadrão Horus, tenente-coronel Donald Gramkow, sediado em Santa Maria (RS), e pelo chefe da Divisão de Inteligência da PF, Wellington Soares, na visita do ministro Amorim e de militares e civis à base dos Vants montada em São Miguel do Iguaçu para a Operação Ágata. Essa foi a primeira ação integrada da FAB e da PF, cujo resultado levou à decisão de as forças manterem o projeto em curso.
Ágata 7
O ministro Celso Amorim e oficiais generais estiveram em Foz do Iguaçu para receber informações dos resultados parciais da Operação Ágata 7, realizada nos 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos. O emprego do aparato militar ocorre às vésperas da Copa das Confederações e é um dos eixos do plano de segurança montado pelo Ministério da Defesa para os grandes eventos que vão acontecer no Brasil.
Vertente do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado pela presidenta Dilma Rousseff em junho de 2011, a Ágata se desenvolve a partir da coordenação da Defesa, sob a orientação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), e é executada pela Marinha, pelo Exército e pela Força Aérea. O balanço da Ágata foi apresentado em palestra no auditório do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado, situado em Foz.
Ontem, militares das três Forças estiveram na fronteira Norte do Brasil. Com a participação dos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, e do Exército, general Enzo Martins Peri, e do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, os militares e civis da comitiva conheceram a operação a partir da cidade de Tabatinga (AM), na fronteira brasileira com a Colômbia. Depois, a delegação seguiu para o 4º Pelotão Especial de Selva (PES), situado em Estirão do Equador, na divisa com o Peru.
“Os resultados são importantes para a consolidação do plano e reforçam a importância da interoperabilidade das Forças Armadas entre si e com as agências públicas”, avaliou o general De Nardi.
A mesma opinião foi compartilhada pelo general Enzo Peri: “A integração é inegável. A presença do Estado, também.” Para o almirante Moura Neto, a Ágata também permite a realização de ações cívico-sociais (Acisos), “assegurando o atendimento médico, odontológico e hospitalar às populações mais carentes”. A afirmação foi feita a bordo do Navio Hospitalar Doutor Montenegro, ancorado às margens do rio Solimões, no Porto de Tabatinga.
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Fotos: Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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