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26/11/2010 - DEFESA - Apoio da Defesa ao Rio de Janeiro é obrigação federativa, diz Jobim a Cabral
Apoio da Defesa ao Rio de Janeiro é obrigação federativa, diz Jobim a Cabral
Brasília, 26/11/2010 –
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se nesta sexta-feira (26/11) com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para discutir a forma de atuação das tropas federais no apoio às forças policiais que combatem a onda de criminalidade na capital do Estado. Na noite de ontem, com aprovação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jobim atendeu pedido de reforço feito pelo governador e determinou o envio de 800 homens do Exército, dois helicópteros da FAB e 10 blindados para transporte de tropa.
"Hoje é um dia histórico", dissse Cabral referindo-se ao apoio político e material do governo federal, representado pelas três Forças Armadas, pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal. "O Estado democrático de direito se uniu", sintetizou o governador. Cabral calculou que União e Estado já investiram mais de R$ 2 bilhões nas comunidades do Rio, mas sem a paz essas melhorias não teriam o mesmo valor. "Hoje o povo do Rio de Janeiro está consciente de que a lei e a ordem são condições básicas para que os direitos humanos sejam respeitados", afirmou.
Jobim disse que estava apenas cumprindo obrigação da União com um estado federado. "O senhor não está recebendo colaboração, está recebendo apoio", afirmou Jobim, explicando que a palavra colaboração carregava um sentido de concessão, e o caso era de obrigação. "Cabe a mim, governador, cumprimentá-lo pela coragem da decisão". Segundo Jobim, diante de decisões arriscadas, muitos preferem contorná-las, diferentemente do que fez o governo do Rio de Janeiro. "Não é momento de contornar riscos, é momento de enfrentar riscos".
Jobim observou que o primeiro pedido do governador, feito no dia 24, era
apenas para apoio de transporte, para o qual o Ministério da Defesa designou a Marinha. Ontem, após o sucesso da ocupação do Morro do Cruzeiro, as forças estaduais identificaram a necessidade de militares para fazerem o cerco às áreas onde as polícias estavam atuando, como parte das novas ações.
O governo Federal decidiu, então, transformar o apoio em operação de Garantia da Lei e da Ordem, conforme prevista na legislação. Os papéis de cada força estão bem definidos, segundo Jobim. "Não há nenhuma possibilidade de qualquer fricção".
Os militares enviados para o cerco às áreas designadas pelas forças policiais serão profissionais experientes, da Brigada Paraquedista do Exército. Parte do efetivo tem experiência na missão do Haiti, e os demais são soldados profissionais. "Não são recrutas", tranquilizou o ministro.
Texto: José Ramos
Fotos: Carlos Magno
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
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