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20/12/2010 - DEFESA - Discurso do ministro da Defesa na apresentação dos novos oficiais generais ao presidente da República
MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, NELSON AZEVEDO JOBIM
APRESENTAÇÃO AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS NOVOS OFICIAIS-GENERAIS DA
MARINHA, DO EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA.
CLUBE NAVAL, 20 DE DEZEMBRO DE 2010
SENHOR PRESIDENTE LULA, VOSSA EXCELÊNCIA AQUI ESTÁ, PELA ÚLTIMA VEZ, COMO COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS.
RECEBE A APRESENTAÇÃO E OS CUMPRIMENTOS DOS OFICIAIS-GENERAIS DA MARINHA, DO EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA, PROMOVIDOS NO ÚLTIMO MÊS DE NOVEMBRO.
O EVENTO CONTINUA SINGELO NA EXECUÇÃO.
NO ENTANTO, NUNCA PERDE O SIGNIFICADO ESPECIAL QUE POSSUI TANTO PARA OS OFICIAIS-GENERAIS PROMOVIDOS QUANTO PARA O MINISTRO DA DEFESA.
SR. PRESIDENTE
A CARACTERÍSTICA COMUM AOS GOVERNOS ANTERIORES AO ATUAL FOI A BAIXA PRIORIDADE ATRIBUÍDA Á POLÍTICA DE DEFESA.
HÁ VÁRIAS RAZÕES PARA ISSO.
EIS ALGUMAS:
1) A EXCLUSÃO OBJETIVA DAS ELITES CIVIS DO TRATAMENTO DESSA TEMÁTICA.
2) O BAIXO GRAU DE AMEAÇAS EXTERNAS NO CONTEXTO SUL-AMERICANO (TENDÊNCIA CONSOLIDADA DEPOIS DA NORMALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E ARGENTINA NOS ANOS 80, LEVANDO ATÉ MESMO ALGUNS SETORES A QUESTIONAR A NECESSIDADE DA DEFESA);
3) A PRIORIDADE ATRIBUÍDA À AGENDA SOCIAL EM CONTEXTO QUASE PERMANENTE DE RESTRIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS, O QUE LEVOU AO SUCATEAMENTO DOS MEIOS OPERATIVOS DAS FORÇAS ARMADAS.
DIANTE DESSE QUADRO, ALINHO ALGUNS PROBLEMAS QUE O SENHOR PRECISAVA ENFRENTAR, LOGO NO INÍCIO DE SUA GESTÃO:
1. UM MINISTÉRIO DA DEFESA CRIADO EM 1999:
1) DESPROVIDO DE QUADROS CIVIS CAPACITADOS PARA DIREÇÃO SUPERIOR DOS ASSUNTOS DE DEFESA;
2) COM BAIXA CAPACIDADE, INCLUSIVE DO PONTO DE VISTA LEGAL, DE DIRECIONAR E INTEGRAR AS POLÍTICAS SETORIAIS DAS TRÊS FORÇAS (MARINHA, EXÉRCITO E AERONÁUTICA);
3) COM BAIXA ADESÃO DAS LIDERANÇAS MILITARES AO NOVO FORMATO INSTITUCIONAL DE DIREÇÃO DA DEFESA;
4) COM POLÍTICAS SETORIAIS NAVAL, TERRESTRE E AEROESPACIAL AUTÔNOMAS E DESCOORDENADAS;
5) COM ELEVADO NÍVEL DE OBSOLESCÊNCIA DO MATERIAL DE EMPREGO MILITAR DAS FORÇAS;
6) COM RECURSOS DE CUSTEIO INSUFICIENTES:
= PARA MANTER OS MEIOS OPERATIVOS EXISTENTES;
= PARA GARANTIR ADESTRAMENTO ADEQUADO DO PESSOAL; E
= PARA GARANTIR O INGRESSO E A PERMANÊNCIA DE QUADROS PROFISSIONAIS NAS FORÇAS EM FACE DE UM MERCADO ÁVIDO POR MÃO DE OBRA QUALIFICADA;
SR. PRESIDENTE.
A CONDUÇÃO DA POLÍTICA DE DEFESA DO SEU GOVERNO PASSOU POR 05 MOMENTOS.
O PRIMEIRO MOMENTO, O DO EMBAIXADOR JOSÉ VIEGAS, QUE CHAMO DE “REFORMISMO MODERADO”.
REFORMISMO, PELO QUE IMPLICOU EM TERMOS:
- DE TENTATIVA DE AUMENTO DO NÍVEL DE CONTROLE CIVIL SOBRE AS POLÍTICAS SETORIAIS MILITARES;
- DE PENSAR A REESTRUTURAÇÃO E O FORTALECIMENTO DO MINISTÉRIO E
- DE RECOLHER INSUMOS JUNTO À SOCIEDADE QUE PUDESSEM APRIMORAR ESSAS INICIATIVAS.
MODERADO, PORQUE O PROCESSO FOI CONCEBIDO DE MANEIRA INCREMENTAL - AVANÇO NAS REFORMAS PASSO A PASSO.
INFELIZMENTE, O MINISTRO VIEGAS TEVE DE ATUAR EM UMA QUADRA DE EXTREMA AUSTERIDADE FISCAL.
À ESSA DIFICULDADE, SOMARAM-SE PROBLEMAS AINDA REMANESCENTES NO RELACIONAMENTO CIVIL-MILITAR QUE ACABARAM POR CONDUZIR À SUA SUBSTITUIÇÃO PELO VICE-PRESIDENTE JOSÉ ALENCAR.
O SEGUNDO MOMENTO CONSTITUI-SE EM BREVE PERÍODO.
CORRESPONDE À CHEFIA DO MD PELO VICE-PRESIDENTE JOSÉ ALENCAR.
SR. PRESIDENTE, NOMINO ESSE MOMENTO DE “ACOMODAÇÃO ESTRATÉGICA”.
O SENHOR, AO TROCAR O MINISTRO, SE DEU CONTA DE QUE SERIA PRECISO ACALMAR OS ÂNIMOS ANTES QUE QUALQUER NOVO ESFORÇO DE MODERNIZAÇÃO PUDESSE SER ENCETADO.
A AUTORIDADE POLÍTICA DO VICE-PRESIDENTE GARANTIU QUE NOVAS CRISES NÃO SE REPETISSEM.
NO ENTANTO, SABIA O SENHOR QUE AQUELA SOLUÇÃO DE COMPROMISSO, INTERINA NA SUA ORIGEM, NÃO PODERIA SE PROLONGAR INDEFINIDAMENTE.
PASSAMOS PARA O TERCEIRO MOMENTO.
O SENHOR CONVIDA UM VELHO COMPANHEIRO DE LUTAS, FIGURA DE SINGULAR BONOMIA E CARÁTER, PARA A CHEFIA DO MD.
FALO DO EX-GOVERNADOR E EX-DEPUTADO WALDIR PIRES, QUE ASSUMIU O MINISTÉRIO EM MARÇO DE 2006.
POR FORÇA DAS CIRCUNSTÂNCIAS, ESSE PERÍODO FOI MARCADO POR GRANDES TURBULÊNCIAS, MUITAS DELAS DECORRENTES DE FATORES QUE ESCAPAVAM COMPLETAMENTE AO CONTROLE DO MINISTRO.
EM UM ESFORÇO CLASSIFICATÓRIO, CHAMO ESSA ETAPA DE “INTERREGNO TURBULENTO”.
OS ACIDENTES AERONÁUTICOS QUE CHOCARAM O PAÍS, ALIADOS AO MOVIMENTO ILEGAL DOS CONTROLADORES MILITARES DE VÔO, ESGOTARAM AS ENERGIAS DA ADMINISTRAÇÃO PIRES.
TORNOU-SE INVIÁVEL A RETOMADA DA AGENDA MODERNIZADORA.
NÃO OBSTANTE, PIRES HÁ DE SER LEMBRADO COMO PRECURSOR DA PARCERIA ESTRATÉGICA COM A FRANÇA NO QUE TOCA À RETOMADA DO PROJETO DO SUBMARINO A PROPULSÃO NUCLEAR.
COUBE-LHE CONVENCÊ-LO QUANTO À IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO PROJETO.
FOI ELE QUEM INICIOU OS ENTENDIMENTOS COM A ENTÃO MINISTRA DA DEFESA DA FRANÇA - MICHELLE ALLIOT MARIE.
SENHORAS E SENHORES.
FOI SOB A COMOÇÃO DO ACIDENTE DA TAM QUE RECEBEMOS O HONROSO CONVITE DO PRESIDENTE LULA PARA ASSUMIR A PASTA DA DEFESA.
AO ACEITAR ESSE ENORME DESAFIO, DEPOIS DE ALGUMAS NEGATIVAS, DISSE EU AO PRESIDENTE QUE PRECISARIA DE FORTE RESPALDO POLÍTICO - E O TIVE - PARA LEVAR À FRENTE BASICAMENTE AS SEGUINTES AÇÕES:
1. DEBELAR A CRISE NA AVIAÇÃO CIVIL E NO SISTEMA DE CONTROLE DO TRÁFEGO AÉREO, ÀQUELA ALTURA INSTALADAS NO “PALÁCIO DO PLANALTO”.
2. TRAÇAR UM PLANO DIRETOR PARA O SETOR DE DEFESA QUE PASSASSE A BALIZAR AS AÇÕES DO ESTADO NO CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO;
3. CONSOLIDAR O CONTROLE CIVIL SOBRE A POLÍTICA DE DEFESA;
4. FORTALECER O MINISTÉRIO DA DEFESA; E
5. ESTABELECER UM VÍNCULO MUITO CLARO ENTRE A DEFESA E O PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO PAÍS;
AQUI SE INICIA O QUARTO MOMENTO.
ELE CULMINARÁ COM A APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N. 136, EM 25 DE AGOSTO DESTE ANO.
FOI ASSIM QUE, DE JULHO DE 2007 ATÉ AGOSTO DE 2010, TRABALHAMOS INTENSAMENTE CONSTRUIR AS FUNDAÇÕES DO AVANÇO QUE ESTAMOS VIVENDO E QUE ESPERAMOS VER CONSOLIDADO NO FUTURO.
VALE AQUI REGISTRAR AS MAIS IMPORTANTES AÇÕES EM CADA UM DOS EIXOS QUE V. EXCIA. – SR. PRESIDENTE – DEFINIU, QUANDO ACEITEI SEU CONVITE.
NO EIXO AVIAÇÃO CIVIL:
1. CRIAÇÃO DA SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL, DENTRO DO MD, PARA COORDENAR OS ESFORÇOS DE REFORMA;
2. PROFISSIONALIZAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC) E CONSEQUENTE AFASTAMENTO VOLUNTÁRIO DE SEUS DIRETORES (TODOS TINHAM MANDATO);
3. SANEAMENTO ADMINISTRATIVO E PROFISSIONALIZAÇÃO DA INFRAERO;
4. APOIO IRRESTRITO ÀS MEDIDAS TÉCNICAS, ADMINISTRATIVAS, DISCIPLINARES E LEGAIS DO COMANDO DA AERONÁUTICA PARA A RECONSTRUÇÃO DA AUTORIDADE E DO PRINCÍPIO DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA NO SUBSISTEMA DE CONTROLE DO TRÁFEGO AÉREO;
5. RETOMADA DOS INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA E EM CONTROLE DO TRÁFEGO AÉREO.
NO EIXO DA DEFESA:
1. DISCUSSÃO, REDAÇÃO E APROVAÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA (END), CUJO DECRETO PRESIDENCIAL DATA DE DEZEMBRO DE 2008;
2. DEFINIÇÃO DE DEZENAS DE AÇÕES DECORRENTES DA END, DENTRE ELAS:
1) CRIAÇÃO, NO MD, DE UMA SECRETARIA DE PRODUTOS DE DEFESA PARA COORDENAR A POLÍTICA DE PRODUTOS DAS FORÇAS ARMADAS;
2) ESTABELECIMENTO DE GRANDES PRIORIDADES EM TERMOS DE AQUISIÇÃO DE ARMAMENTO POR PARTE DAS TRÊS FORÇAS EM CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO;
3) INDICAÇÃO DOS SETORES NUCLEAR, ESPACIAL E CIBERNÉTICO COMO FOCOS PRIORITÁRIOS DE INVESTIMENTO;
4) REFORMULAÇÃO DO ARCABOUÇO INSTITUCIONAL RELACIONADO ÀS COMPRAS GOVERNAMENTAIS NO SETOR DE DEFESA, DE MODO A OFERECER À INDÚSTRIA NACIONAL CONDIÇÕES MÍNIMAS DE COMPETITIVIDADE INTERNACIONAL;
5) ESTABELECIMENTO DE CLARO VÍNCULO ENTRE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PAÍS E O FORTALECIMENTO DA DEFESA NACIONAL (A DEFESA COMO “ESCUDO DO DESENVOLVIMENTO”);
6) DEFINIÇÃO POLÍTICA DA NECESSIDADE DE FORTALECER A INDÚSTRIA DE DEFESA NACIONAL COMO ÚNICA FORMA PARA ATINGIR GRAUS MAIS ELEVADOS DE AUTONOMIA NO CAMPO DA DEFESA;
7) DEFINIÇÃO POLÍTICA DA BUSCA DE AUTONOMIA TECNOLÓGICA NO PLANO DA DEFESA COMO ELEMENTO CENTRAL DOS ESFORÇOS DE RECOMPOSIÇÃO DA CAPACIDADE OPERATIVA DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS;
8) DEFINIÇÃO POLÍTICA PELA MANUTENÇÃO DO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO, MAS NÃO DE MANEIRA ESTÁTICA, OU SEJA, COM MODIFICAÇÕES QUE O TORNEM MAIS EFICIENTE E INCLUSIVO;
9) REDEFINIÇÃO DA DISPOSIÇÃO TERRITORIAL DAS UNIDADES DAS TRÊS FORÇAS.
NO EIXO DO CONTROLE CIVIL SOBRE A POLÍTICA DE DEFESA:
1. FORTALECIMENTO DA AUTORIDADE DO MINISTRO DA DEFESA, CONSTANTES DA “LEI DA NOVA DEFESA”):
1) INSERÇÃO DO MINISTRO NA CADEIA DE COMANDO POLÍTICO DAS FORÇAS ARMADAS EM SITUAÇÕES DE PAZ E DE CONFLITO;
2) INDICAÇÃO, PELO MINISTRO, DOS COMANDANTES DE FORÇA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA A SUA APROVAÇÃO – ANTES O MINISTRO SOMENTE ENCAMINHAVA;
3) ESCOLHA, PELO MINISTRO, DOS MILITARES QUE COMPORÃO SEU QUADRO DE AUXILIARES;
4) APROVAÇÃO, PELO MINISTRO, DA DESIGNAÇÃO DE OFICIAIS-GENERAIS PARA A OCUPAÇÃO DE QUALQUER COMANDO, CARGO OU COMISSÃO;
2. FORTALECIMENTO DO PAPEL DO MINISTÉRIO DA DEFESA COMO ÓRGÃO CENTRAL DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA:
1) EFETIVA PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DE DEFESA, INCLUÍDAS AS FORÇAS; E
2) DEFINIÇÃO DA POLÍTICA DE PRODUTOS DE DEFESA.
3. CRIAÇÃO DO ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS, DIRETAMENTE SUBORDINADO AO MINISTRO DA DEFESA; E
4. CRIAÇÃO DE UMA CARREIRA CIVIL DE DEFESA PARA ESTRUTURAR O MD.
É IMPOSSÍVEL MINIMIZAR A ENVERGADURA DAS MUDANÇAS EM CURSO.
TODAS ELAS CONVERGEM NO SENTIDO DE DOTAR O BRASIL DE UM MINISTÉRIO DA DEFESA FORTE, ATUANTE E CAPAZ DE DAR RESPOSTA AOS GIGANTESCOS DESAFIOS AFETOS A ESSA PASTA.
NO ESCOPO DO QUE CHAMEI DE “FREIO DE ARRUMAÇÃO”, DOIS OUTROS ASPECTOS CRUCIAIS PRECISAM LEMBRADOS:
1. A INTENSIFICAÇÃO DA AGENDA INTERNACIONAL DA DEFESA; E
2. A PROBLEMÁTICA ORÇAMENTÁRIA.
SR. PRESIDENTE
RETOMO MEU ESFORÇO DE CLASSIFICAÇÃO DOS CINCO MOMENTOS POR QUE PASSOU, OU PASSA, A SUA POLÍTICA DE DEFESA.
O QUARTO MOMENTO FOI ALCUNHADO POR MIM COMO “FREIO DE ARRUMAÇÃO”.
É JUSTO RECONHECER QUE A CONDUÇÃO DA DEFESA NESSA QUARTA FASE FOI FACILITADA PELA ADESÃO E LEALDADE DAS FORÇAS, POR INTERMÉDIO DE SUAS LIDERANÇAS, QUE, DE IMEDIATO, ADERIRAM AO PROJETO QUE PROPUS.
O QUINTO MOMENTO, QUE É O DE HOJE, CHAMO DE “INTEGRAÇÃO TRANSFORMADORA”.
TEVE INÍCIO A PARTIR DA PROMULGAÇÃO DA LEI DA NOVA DEFESA, DE AGOSTO DESTE ANO.
TAL CONCEITO - “TRANSFORMAÇÃO DE DEFESA” – IMPÕE DESENVOLVER NOVAS CAPACIDADES PARA CUMPRIR NOVAS MISSÕES OU DESEMPENHAR NOVAS FUNÇÕES EM CRISES E CONFLITOS.
É APOSTA NO FUTURO QUE SUPERA LARGAMENTE AS IDEIAS DISTINTAS:
A) DE ADAPTAÇÃO – QUE CONSISTE EM ADEQUAR AS ESTRUTURAS EXISTENTES PARA CONTINUAR CUMPRINDO AS TAREFAS PREVISTAS; E
B) DE MODERNIZAÇÃO – QUE CORRESPONDE A OTIMIZAR AS SUAS CAPACIDADES PARA CUMPRIR DA MELHOR MANEIRA AS MISSÕES PREVISTAS.
A PREMISSA DESSA TRANSFORMAÇÃO É A ADOÇÃO DE UM NOVO MODELO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS, DE MATERIAL E FINANCEIRA.
JÁ ESTAMOS TRATANDO DISSO.
TEMOS MUITO QUE FAZER.
A TÍTULO DE EXEMPLO, CITO ALGUMAS INICIATIVAS QUE PRECISAM DE CONTINUIDADE PARA PODER GERMINAR:
1. CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS;
2. CONSOLIDAÇÃO DA DOUTRINA DE OPERAÇÕES CONJUNTAS NAS FFAA;
3. IMPLANTAÇÃO DA SECRETARIA DE PRODUTOS DE DEFESA NO MD;
4. IMPLEMENTAÇÃO DA CARREIRA CIVIL DE DEFESA NO MD;
5. REESTRUTURAÇÃO DOS ENSINO NAS FORÇAS, COM AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE DIREITO CONSTITUCIONAL E DE DIREITOS HUMANOS, COMO DETERMINA A ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA, ALÉM DE OUTRAS;
6. IMPLANTAÇÃO DE COMANDO CIBERNÉTICO DAS FORÇAS ARMADAS;
7. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA SATELITAL DAS FFAA;
8. PRIORIZAÇÃO DO PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA;
9. IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DA AMAZÔNIA AZUL E DO SISTEMA INTEGRADO DE MONITORAMENTO DE FRONTEIRAS;
10. RENOVAÇÃO DOS VETORES DA AVIAÇÃO DE CAÇA BRASILEIRA;
11. CONTINUAÇÃO DO PROJETO KC-390;
12. CONCLUSÃO DOS PROJETOS DE SISTEMAS DE ARMAS ORA EM CURSO NAS FFAA, EM ESPECIAL NA ÁREA DE MÍSSEIS ANTIAÉREO;
13. IMPLANTAÇÃO DOS NÚCLEOS DE ESTADOS-MAIORES CONJUNTOS REGIONAIS EM TODO O BRASIL;
14. CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE ORGANIZAÇÕES MILITARES DE ACORDO COM OS PRECEITOS DA END;
15. PROFISSIONALIZAÇÃO DAS TROPAS ESPECIAIS, PARAQUEDISTAS E AEROMÓVEIS - NOSSAS UNIDADES ESTRATÉGICAS.
16. MODERNIZAÇÃO DOS MEIOS NAVAIS, EM ESPECIAL, COM A CONSTRUÇÃO, NO BRASIL, DE NAVIOS PATRULHA OCEÂNICOS, IMPORTANTES VETORES NA VIGILÂNCIA DA ÁREA DO PRÉ-SAL.
SR. PRESIDENTE.
POSSO AFIRMAR COM CONFIANÇA QUE, APÓS O SENHOR, O MINISTÉRIO DA DEFESA NÃO SERÁ MAIS UMA ORGANIZAÇÃO DE BAIXO PERFIL, ANTES UM PROBLEMA DO QUE UMA SOLUÇÃO.
NÃO, NÃO SERÁ MAIS ASSIM.
O MINISTÉRIO DA DEFESA, GRAÇAS À SUA SABEDORIA, TORNOU-SE, HOJE, UMA INSTITUIÇÃO À ALTURA DE SUAS ENORMES RESPONSABILIDADES.
A TEMÁTICA DE DEFESA NÃO É MAIS ALGO MARGINAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA.
SR. PRESIDENTE.
ESTE OFICIAIS-GENERAIS SÃO PROFISSIONAIS SÉRIOS, INTELIGENTES, DEDICADOS, COMPETENTES E MUITO BEM DISPOSTOS PARA ENFRENTAR OS NOVOS DESAFIOS PROFISSIONAIS QUE A SUBIDA NA ESCALA HIERÁRQUICA CERTAMENTE EXIGIRÁ.
JÁ OS RECEBI LÁ NO MINISTÉRIO.
SABEM E ESTÃO CONVENCIDOS QUE O REGIME DEMOCRÁTICO EXIGE E SE CARACTERIZA PELA SUBORDINAÇÃO DOS MILITARES AO PODER CIVIL ELEITO.
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E SELEÇÃO PARA A INDICAÇÃO DESSES OFICIAIS É RIGOROSO, COMPLETO E DOS MAIS DEMOCRÁTICOS PROCESSOS SELETIVOS QUE CONHEÇO.
SENHORES OFICIAIS-GENERAIS PROMOVIDOS!
A MARINHA, O EXÉRCITO E A AERONÁUTICA VÃO CONTINUAR ESSE PROCESSO, DETERMINADO PELO PRESIDENTE LULA.
AS FORÇAS ARMADAS TÊM OBRIGAÇÕES DIANTE DA NOVA DIMENSÃO POLÍTICA, ECONÔMICA, ESTRATÉGICA, TECNOLÓGICA E SOCIAL, QUE O BRASIL CONQUISTOU.
A IMENSIDÃO DO BRASIL E A CAPILARIDADE DAS FORÇAS ARMADAS LEVARÃO VOCÊS A UM ISOLAMENTO GEOGRÁFICO QUE EXIGIRÁ QUE SEJAM CHEFES MILITARES DOTADOS DE SERENIDADE, BOM SENSO E MUITA SABEDORIA.
CONSEGUIMOS SUPERAR A CRISE ECONÔMICA QUE TANTAS NAÇÕES ABALOU NO MUNDO.
VOSSA EXCELÊNCIA, SR. PRESIDENTE, SOUBE CONDUZIR O PAÍS ATÉ A SITUAÇÃO CONTROLADA EM QUE HOJE NOS ENCONTRAMOS.
TUDO PERMITIRÁ ATINGIR AS METAS PROGRAMADAS PARA O APARELHAMENTO E A REARTICULAÇÃO DAS FORÇAS CONFORME AS DIRETRIZES EMANADAS DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA.
SENHORES OFICIAIS-GENERAIS.
AQUI ESTÃO CHEFES, FAMILIARES E AMIGOS QUE OS ACOMPANHARAM NESSA LONGA JORNADA.
CREIO QUE AS ESPOSAS EMOCIONADAS E ORGULHOSAS DO PARCEIRO E AMIGO, ATÉ JÁ SE ESQUECERAM DOS MOMENTOS DIFÍCEIS, DAS AUSÊNCIAS MUITAS VEZES PROLONGADAS, DAS IDAS E VINDAS POR ESSE BRASIL A FORA.
EM NOME DO SENHOR PRESIDENTE LULA, EM MEU NOME E DE TODAS AS AUTORIDADES AQUI PRESENTES, CUMPRIMENTO-OS PELA MERECIDA PROMOÇÃO.
DESEJO PLENO ÊXITO FRENTE ÀS NOVAS FUNÇÕES QUE IRÃO DESEMPENHAR.
FELICIDADES E UM ABENÇOADO 2011 PARA TODOS.
NELSON AZEVEDO JOBIM
MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA