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18/01/2011 - DEFESA - Rondon: Sinergia das equipes reforça a missão de servir às comunidades
Rondon: Sinergia das equipes reforça a missão de servir às comunidades
Brasília, 18/01/2011
– Ao abrir as operações Carajás e Zabelê, no último fim de semana (15/01 e 16/01), em Marabá (PA) e Teresina (PI), o coordenador geral do Projeto Rondon, brigadeiro-do-ar Rogério Luiz Veríssimo Cruz, fez uma apresentação sobre os benefícios da presença de 800 alunos e professores nesta primeira etapa no Pará, Tocantins e Piauí, além de outros 800 rondonistas no próximo fim de semana no Rio Grande do Norte e Sergipe.
O brigadeiro Veríssimo observou que, para alcançar a missão de levar cidadania e bem-estar às populações do interior, os rondonistas devem buscar o mais importante, que é a sinergia das equipes e não os destaques individuais e isolados.
“Entreguem-se de corpo e alma no ideal de servir a uma pequena parcela da população que vive nesse Brasil longínquo. Encarem o trabalho de equipe dentro do espírito democrático, da solidariedade, da cooperação e da compreensão”, disse o coordenador do Projeto Rondon.
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egue a íntegra da apresentação do brigadeiro Veríssimo:
“Em 11 de julho de 1967 ocorria a primeira operação no Estado de Rondônia com a participação de 30 universitários da Universidade Federal Fluminense - UFF, Universidade Estadual da Guanabara – UEG (atual UERJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ. Esta ficou conhecida como a “Operação Zero” e foi o resultado das interações ocorridas em 1966 entre o meio universitário do Rio de Janeiro e a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército – ECEME.
O nome “Projeto Rondon” foi proposto àquela época pelo então Diretor Cultural da UEG, Professor Wilson Choeri, pela semelhança com a obra social realizada pelo Marechal Cândido Mariano Silva Rondon, no início do século XX, na identificação de comunidades indígenas, na abertura de estradas, no incremento de povoações, alargando as fronteiras da civilização dentro dos limites do Estado e levando a linha telegráfica aos rincões da Amazônia.
Passados quase 44 anos, verifica-se que os ideais que nortearam a criação do Projeto permaneceram inalterados, não obstante algumas mudanças no modo de execução, decorrentes da evolução da conjuntura do País.
Nesse sentido, o aprimoramento dos serviços e da estrutura das prefeituras, a consolidação de um cenário econômico mais favorável, com maior acesso a bens de consumo, bem como a evolução tecnológica com grande impacto no campo das comunicações, naturalmente deslocaram as prioridades de integração e de segurança para o bem-estar e inclusão social, com ênfase no incremento do trabalho com multiplicadores locais.
Para atuar dentro desta nova realidade, o Projeto Rondon conta com o esforço coordenado de diversos atores sociais e governamentais que buscam incorporar a contribuição do estudante universitário brasileiro nos processos de desenvolvimento local e sustentável, reduzindo as desigualdades regionais e fortalecendo a cidadania.
Esta sistemática visa alcançar aqueles objetivos que foram apresentados em palestra anterior a esta cerimônia, os quais evidenciam o foco no estudante universitário e nos municípios, trazendo reflexos em termos de conhecimento do Brasil, fortalecimento da unidade nacional e da democracia.
Assim chegamos à operação que hoje se inicia com a expressiva participação de 1.600 rondonistas e a missão de atender a 80 municípios distribuídos pelos Estados do Pará, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Meus caros universitários
Tenho plena certeza de que vocês se esmeraram ao máximo na elaboração dos diagnósticos e no preparo do plano de ação e estão teoricamente prontos para o desafio que lhes foi apresentado, porém todo o esforço poderá ser em vão se não for observado um fator fundamental de sucesso - a comunicação.
Para que seja possível estabelecer uma boa comunicação é necessário estar atento a algumas regras que serão apresentadas a seguir:
A quem vou me dirigir?
- Antes de transmitir alguma informação procure conhecer qual será o público alvo.
Evite termos técnicos
- Não use girías e evite termos técnicos que possam atrapalhar a comunicação. Caso seja imprescindível o seu uso, explique qual o significado dos termos usados. Você pode estar falando com alguém que quer entender e não consegue. Provavelmente na próxima vez ele não lhe procurará. Use uma linguagem que descreva a realidade.
Saber Ouvir
- É saber traduzir através das palavras bem ditas, mal ditas ou aquelas que não foram ditas. Demonstre estar apto a ouvir atentamente informações mesmo que desagradáveis e críticas, procurando vê-las de forma construtiva. Não interrompa desnecessariamente.
Procure ser objetivo
- Não faça rodeios, mesmo que a mensagem seja o que as pessoas não gostariam de ouvir.
Verifique se foi entendido
- Faça perguntas. Pergunte o que foi entendido e não se a pessoa entendeu.
Merece ainda ser destacado o fato de que a maior parte de nossa comunicação, segundo especialistas, é não verbal. Aspectos como gestos, expressão facial, corporal e tom de voz são mais relevantes que palavras.
Vencida a barreira da comunicação não deveremos nos esquecer também de que toda a tecnologia e informação que vocês trazem na bagagem devem ser adequadas aos aspectos culturais e ambientais da realidade que os espera.
Prezados professores
Os senhores são o esteio e a razão do melhoramento contínuo do Projeto Rondon pelo esforço e abnegação demonstrados na qualidade do trabalho de preparo dos rondonistas e na repetição de suas presenças em diversas operações.
Por intermédio do seu comparecimento em mais de uma operação o processo se aperfeiçoa, resultando maiores benefícios às comunidades e à formação do aluno como cidadão.
Finalmente, a todos os rodonistas recomendo enfaticamente uma pronta interação em campo entre as equipes das diferentes Instituições de Ensino Superior, pois o mais importante é a sinergia das equipes e não os destaques individuais e isolados.
Entreguem-se de corpo e alma no ideal de servir a uma pequena parcela da população que vive nesse Brasil longínquo.
Encarem o trabalho de equipe dentro do espírito democrático, da solidariedade, da cooperação e da compreensão.
Integrem-se e o resultado será maximizado.
Contribuam para a melhoria desse pedacinho de Brasil que lhes coube.
Estejam certos de que os representantes das três esferas de governo depositam elevada confiança no trabalho de vocês.
Nós da equipe de coordenação desejamos que esta seja uma experiência edificante e inesquecível para todos.”
Acesse aqui as fotos da operação
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Texto: José Romildo
Foto: Elio Sales
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070