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12/12/2010 - DEFESA - Projeto de inclusão digital e social beneficiará povos da Amazônia, com apoio de militares, TST e empresas
Projeto de inclusão digital e social beneficiará povos da Amazônia, com apoio de militares, TST e empresas
Brasília, 12/12/2010 – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, lança nesta segunda-feira (13/12), às 11h30 o projeto dos Centros Integrados de Desenvolvimento Regional (CIDR), que serão instalados em Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), do Exército, com doações e apoio do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e de empresas como Microsoft, Andrade Gutierrez , Camargo Correa e outras que se incorporarão futuramente.
O projeto terá como base 30 Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) localizados em comunidades de seis Estados da região: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima. Esses postos inicialmente receberão 300 computadores doados pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e munidos com programas básicos doados pela Microsoft.
Cada posto, com cerca de 10 computadores, servirá como pólo de programas de inclusão digital, tele-ensino, e de ações de cidadania efetuados por outros órgãos da administração pública federal, estadual e municipal. Na maioria das localidades, esses Pelotões são a única presença do Estado brasileiro num raio de centenas de quilômetros, e já prestam diversos serviços às populações vizinhas.
O objetivo agora é fortalecer o apoio com agregação de novos meios e serviços e com metodologia adequada, especialmente no aperfeiçoamento dos professores locais e no reforço escolar para as próprias crianças, com o ensino a distância ou por mídias digitais off-line.
Numa segunda etapa, deverão ser testados programas de telemedicina, dando aos médicos e profissionais de saúde militares desses pelotões acesso a redes de diagnóstico à distância e a assessoramento especializado que os ajude a lidar com mais segurança com as emergências médicas que hoje só podem ser enfrentadas mediante transferência do paciente em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
A ligação entre os agentes públicos e os privados será feita pela Associação Beneficente do Exército em Manaus (Abem). O primeiro passo do programa será um Acordo de Cooperação assinado entre o ministro Defesa, Nelson Jobim; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Milton de Moura França; o comandante do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; a Presidente da ABEM, Maria Rosa Mattos; e o Coordenador do Projeto CIDR, Dr. José Barroso Filho.
Em seguida será assinado, sem a participação da Defesa, um Termo de Compromisso entre a presidente da ABEM; o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo; o diretor executivo do Instituto Camargo Correa, Francisco de Assis Oliveira Azevedo; o diretor de Setor Público da Microsoft, Paulo Cunha; e o coordenador do Projeto. Caberá à ABEM, como entidade sem fins lucrativos, receber as doações de empresas e fundações e repassá-las para o Exército, que centralizará em seus pelotões as diversas iniciativas envolvidas.
O projeto nasceu da persistência do juiz militar José Barroso Filho, que o coordenará. Atualmente assessor do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, Barroso esteve por vários anos na Amazônia, e de suas viagens ao interior da região resultou um diagnóstico das carências mais emergentes e dos meios que poderiam ser mobilizados com maior rapidez para mitigá-las.
Os Pelotões de Fronteira se destacaram como um pólo dessa tarefa, por já serem referência de apoio às populações isoladas à sua volta. Em dezenas de comunidades, indígenas ou não, a energia elétrica vem do PEF, os médicos são militares, e as professoras são mulheres de militares servindo na região.
O projeto, além de prestar a simples assistência, pretende ser pólo irradiador de desenvolvimento sustentável da região, dando suporte inclusive a práticas econômicas que proporcionem perspectivas de vida melhor aos jovens.
“O objetivo de crescimento econômico necessariamente se associa à mobilização cívica, à cooperação, à valorização das identidades locais e regionais e à inclusão participativa de amplos setores da sociedade” afirmou Barroso.
A estratégia preconizada pelo CIDR defende que é preciso ampliar a presença do Estado na região, em todos os níveis e notadamente através de ações do Governo Federal, garantindo maior governabilidade sobre os movimentos de ocupação e transformação sócio-produtiva em determinadas áreas, mas principalmente assegurando adequada provisão de serviços públicos essenciais, como educação, saúde, inclusão digital, assistência técnica agrícola, acesso à justiça.
Na estruturação de uma logística apropriada à provisão destes serviços, será aproveitada a capilaridade, a experiência e conhecimento regional que detêm as Forças Armadas.
A coordenação de execução das ações dos CIDR será exercida por meio do Conselho Gestor, composto por membros do Ministério da Defesa e por um representante de cada uma das entidades convenentes. Cabe a este Comitê Gestor as atribuições de: Planejamento, Avaliação e Controle e Efetivação da Execução.
Data e hora do lançamento do projeto:
Segunda-Feira (13/12), às 11h30 - (Auditório do Bloco Q – Esplanada dos Ministérios)
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
(061) 3312-4070
www.defesa.gov.br