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12/12/2012 - DEFESA - Governo federal apresenta ações para período de chuvas nas regiões Sul e Sudeste
Governo federal apresenta ações para período de chuvas nas regiões Sul e Sudeste
Ministério da Defesa vai atuar no fortalecimento e pré-posicionamento das Forças Armadas. Organizações militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, quando acionadas, estarão prontas para trabalhar no socorro emergencial à população
Brasília, 12/12/2012 –
Com a aproximação das chuvas nas regiões Sul e Sudeste do país, o governo federal apresentou, hoje pela manhã, ações implementadas para proteger e atender a população frente a desastres naturais. De acordo com o anúncio, que aconteceu no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), as Forças Armadas atuarão no auxílio a municípios afetados quando chamadas. No verão, as chuvas representam, em média, a metade do total anual da região.
No caso do Ministério da Defesa, foram recebidos este ano R$ 77 milhões para fortalecer unidades militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica das regiões Sul e Sudeste. O montante já está sendo investido em equipamentos de salvamento, apoio aéreo e à saúde, comunicações, sustentação e engenharia – os chamados módulos de Defesa Civil.
Além disso, as Forças Armadas estarão disponíveis em horas de voo no caso de emergências. No que diz respeito à Força Naval e à Terrestre são R$ 1,5 milhão para cada uma utilizar em tempo de voo. Já para a Força Aérea, são R$ 6,5 milhões. Desde 2011 elas investem recursos de R$ 118 milhões na aquisição de itens e equipamentos para fortalecer as capacidades já existentes.
Segundo o subchefe de Integração Logística do MD, major-brigadeiro-do-ar Nilson Soilet Carminati, a iniciativa de anunciar as ações do governo é importante, principalmente, “para mostrar o trabalho conjunto dos órgãos”.
Ao todo, o governo federal investe R$ 7,7 bilhões para enfrentamento a desastres naturais. Desse total, foram empenhados, até o fim de novembro, R$ 4,9 bilhões, o que corresponde a cerca de 65% da dotação. Os R$ 3,9 bilhões restantes serão usados para prevenção (incluindo restos a pagar). Entre as medidas, estão ações emergenciais e preventivas de Defesa Civil; obras de drenagem e encostas; e novas unidades do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
O evento de hoje foi conduzido pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que explicou que a prioridade central do plano é a busca por mais investimento em prevenção, já que “não há como evitar os desastres naturais. Faz parte da agenda global”.
De acordo com ele, o volume de dinheiro empenhado para atividades de enfrentamento aos eventos climáticos externos foi expressivo. “O que mostra que a mudança de cultura para investimento em prevenção é real.” Bezerra acrescentou, ainda: “Eu ouso dizer que nós nunca estivemos tão preparados como agora.”
Força Nacional de Emergência
Uma das novidades expostas no evento foi a ativação, já nos próximos dias, da Força Nacional de Emergência nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A Força atua em comitês instalados nesses estados e podem ser implantadas em outras regiões.
Em casos de desastres, toda a mobilização para o apoio aéreo, de comunicação, saúde e salvamento será coordenada pela Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. A medida vai proporcionar maior agilidade de resposta e atendimento às vítimas.
A Força Nacional de Emergência é composta por todos os segmentos do governo que têm ações direta ou indiretamente relacionadas à defesa civil e conta com profissionais de diversas áreas para apoiar complementarmente na resposta a desastres.
Saúde
A cargo do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a apresentação do plano focada nas ações de apoio à saúde enfatizou a Força Nacional do SUS – composta por 329 profissionais que integram 15 equipes de plantão formadas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Já no ano que vem, a meta do ministério da Saúde é capacitar outros mil profissionais.
O ministro lembrou, também, dos 428 kits de medicamentos disponíveis para a população no caso de emergências. Cada um desses kits tem capacidade de manter 1.500 pessoas desabrigadas, atendendo, assim, a cerca de 600 mil cidadãos.
Outra novidade anunciada foi a de que a Saúde já conta com seis hospitais de campanha, prontos para serem acionados. Anteriormente, o ministério contava com o auxílio desses hospitais das Forças Armadas. Sobre isso, Padilha agradeceu “a forte cooperação da Defesa sobretudo no deslocamento dos materiais”.
PAC
O governo federal disponibilizou entre 2007 e 2011 R$ 9,7 bilhões para contratação em obras para enfrentamento a desastres naturais provocados por inundações e deslizamentos. Em 2012, no âmbito do Plano Nacional de Gestão de Ricos e Resposta a Desastres Naturais – lançado em agosto deste ano –, o PAC já selecionou novos empreendimentos no valor de R$ 4,7 bilhões para os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Outros R$ 7,7 bilhões de investimentos estão em processo final de seleção.
As obras de contenção de cheias e encostas e de drenagem urbana, selecionadas por meio do Plano de Prevenção, são voltadas para a redução do risco de desastres naturais nos municípios mais críticos.
Para o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, “a intervenção em drenagem e encostas é um desafio” porque envolve uma mudança no local de moradia das pessoas. E até do convívio cultural e social.
Participaram do anúncio o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp; o diretor-geral do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Agostinho Tadashi Ogura; além de governadores e demais parlamentares.
Fotos: Felipe Barra
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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