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11/03/2011 - DEFESA - Grupo de Trabalho do Tocantins reinicia buscas de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia
Grupo de Trabalho do Tocantins reinicia buscas de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia
Brasília, 10/03/2011 – O Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT) reiniciou o trabalho de procura dos restos mortais de pessoas desaparecidas na Guerrilha do Araguaia. Em atividade desde 2009, o Grupo enviou, no início deste mês, integrantes de sua Equipe de Entrevistas e Contextualização dos Fatos (ouvidoria) para as regiões do sudeste do Pará e norte de Tocantins.
Os membros do GTT já iniciaram as entrevistas com pessoas da região que vivenciaram o período da guerrilha e que podem ter alguma informação que leve ao local de sepultamento dos desaparecidos. Essas entrevistas são importantes para orientar os trabalhos de exploração de campo que terão início ainda este ano após o término da estação chuvosa na região.
Enquanto entrevistas são realizadas e novas áreas de exploração são identificadas, os peritos do Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal (IML-DF) e da Polícia Federal (PF) analisam os restos mortais já trasladados para Brasília, buscando identificar se tratam-se ou não de desaparecidos do Araguaia. O material sob análise encontra-se guardado no Hospital Universitário de Brasília, administrado pela UnB.
Dentre as áreas que serão exploradas pelo GTT em 2011 destacam-se as regiões de Pimenteira, Castanhal de Zé Alexandre, Oito Barracas, fazenda Pai e Filho, cemitério de Xambioá e Cemitério de Marabá. Tais áreas estão situadas nos municípios paraenses de Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, e na cidade de Xambioá (TO).
Com relação aos trabalhos de campo realizados em 2010, o GTT elaborou relatórios detalhados das atividades desenvolvidas pelo Grupo, apresentados ao Juízo da 1ª Vara Federal de Brasília, no final do mês de janeiro de 2011. Cópias dos relatórios foram apresentadas também à Presidência da República, à Secretaria de Direitos Humanos e ao Ministério Público Federal.
A previsão de retorno para os trabalhos de exploração de campo (equipe técnica – Geologia e Antropologia), bem como dos demais integrantes do Grupo de Trabalho está prevista para o maio de 2011.
O GTT foi criado pelo Ministério da Defesa por meio da Portaria Nº 567/MD, de 29 de abril de 2009, com o objetivo de dar cumprimento à sentença proferida na Ação nº 82.00.24682-5, da 1ª Vara Federal de Brasília. Essa ação determinou que a União deve tentar encontrar os restos mortais dos familiares e militares mortos na Guerrilha do Araguaia, episódio ocorrido há cerca de 40 anos na região. Também determinou que se procedam ao traslado das ossadas e ao sepultamento dos restos mortais em local a ser indicado pelos familiares.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
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