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11/02/2011 - DEFESA - Rondonistas apostam em continuidade dos projetos iniciados em SE e RN
Rondonistas apostam em continuidade dos projetos iniciados em SE e RN
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rasília, 11/02/2011
– Uma semana após o encerramento das operações do Projeto Rondon em Sergipe e Rio Grande do Norte, estudantes e professores – de volta às instituições de ensino superior – continuam avaliando o trabalho realizado e apostando na continuidade dos projetos iniciados.
Eles participaram das operações Rio dos Siris e Seridó, realizadas durante duas semanas em 20 cidades de Sergipe e em outras 20 cidades do Rio Grande do Norte e suas opiniões ecoam a idéia, já manifestada por participantes de outras operações, de que os projetos realizados recebem o apoio decidido dos habitantes de cada município. As operações Rio dos Siris e Seridó, que reuniram 800 rondonistas, foram concluídas no último fim de semana (5/02 em Aracaju, e 06/02 em Natal).
Entre os projetos frequentemente citados como relevantes pel
os próprios rondonistas (professores e alunos) figuram, entre dezenas de outras tarefas, a prevenção de doenças infecto-contagiosas, trabalho social com idosos e crianças, incentivo a pequenos empreendimentos e a aplicação de técnicas para a construção de fossas e cisternas.
A continuidade, porém, não depende só do Rondon, mas dos esforços dos próprios moradores das comunidades, lideranças locais e funcionários das prefeituras. A professora Rosalina Rodrigues, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, disse que, nos 15 dias em permaneceu em Sergipe, dedicou-se a trabalhar na prevenção de doenças e combate à droga na cidade de Brejo Grande, com 7.500 habitantes, a 124 km de Aracaju.
Em Brejo Grande, e também nos vilarejos de Brejão e Saramem, a equipe coordenada pela professora Rosalina constatou que a hipertensão atinge 71% da população. “A razão disso, explicou a professora, é a inexistência de verduras e
legumes no cardápio alimentar da população”. Também contribui para esse quadro, segundo Rosalina, a ausência de acompanhamento médico da população, em decorrência da falta de profissionais de saúde e de instalações médicas adequadas.
Para enfrentar o desequilíbrio da dieta alimentar no município, a professora Rosalina elaborou um livro de receita, a ser distribuído na comunidade, com ingredientes da região. Ela disse esperar que os próprios funcionários da prefeitura disseminem o conhecimento contido neste livro, já que a mudança do padrão alimentar é pré-requisito para a redução do alto índice de colesterol na cidade.
Já a aluna Juliana de Abreu Gonçalves, do curso de nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina, atuou em dois projetos: o primeiro se destinou a incentivar que pequeno
s produtores de hortaliças e frutas das cidades sergipanas realizem negócios diretamente com os consumidores, sem intermediários. Juliana também participou de oficinas com o objetivo de estimular a produção de frutas cristalizadas na região. Houve ainda cursos para que pequenos produtores aprendessem a realizar a desidratação solar das frutas. Para isso, os agricultores não necessitam comprar nenhum equipamento caro: basta aplicar, segundo os ensinamentos transmitidos pelos alunos, uma tela de nylon e papel alumínio em um isopor, com o apoio de uma peça de vidro, esta última utilizada para aquecer e desidratar a fruta.
A professora de administração Marilisa Roco Oliveira, da Universidade Estadual de Ponta
Grossa, que atuou em Santa Luzia do Itanhy, cidade de 10 mil habitantes situada a 75 km de Aracajú, organizou oficinas propondo a criação de rádio comunitária e um vídeo para difundir a cultura local.
Patrícia Michele da Luz, aluna de biologia, trabalhou também em Santa Luzia do Itanhy, com foco em reciclagem de papel e produção de baixo custo de hortaliças em canteiros mandala, formados em áreas de 10 metros, com plantação em círculos e não em linhas retas.
Cursos de teatro e dança foi a opção feita pela professora Taís Ferreira, da Universidade Federal de Pelotas, com o objetivo de incentivar a cultura dos moradores da cidade de São Fernando, de 3400 habitantes, a 280 km de Nata
l.
A capacitação de professores e de integrantes de conselhos tutelares foi a forma escolhida pela aluna Camila Castro, do curso de turismo da Universidade Federal de Minas Gerais, para atuar na cidade de São Fernando.
Com o objetivo de incentivar pequenos empreendimentos na área de laticínios, a professora de biologia Valeska Martins da Silva, da Universidade de Cruz Alta (RS), iniciou projeto de manejo e higiene na produção de leite, queijo e iogurte em algumas áreas do interior do Rio Grande do Norte.
Acesse aqui as fotos da operação
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Texto: José Romildo
Fotos: Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social
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