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Treinamento para defesa antiaérea é foco de operação militar integrada
Brasília (DF), 30/10/2020 – A operação de Adestramento Conjunto Escudo Antiaéreo é um exercício anual que envolve militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica integrantes do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA). O foco é o treinamento para a proteção de zonas sensíveis contra aeronaves potencialmente hostis. O Exercício consta do Plano de Atividades Conjuntas do MD para 2020 e é desencadeado sob a coordenação e responsabilidade do Comado de Operações Aeroespaciais (COMAE).
Marinha, Exército e Aeronáutica na sala de comando e controle do COMAE
A central de comando e controle localiza-se na sede do COMAE, em Brasília, sob orientação do diretor do exercício, Major Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich. Ele explica que esta é uma ação de duplo sentido. “Nós treinamos ao mesmo tempo a estrutura de comando e controle do COMAE, que é muito importante, e as unidades de tiro que atuam em solo”, afirmou.
Major Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich, diretor do exercício de Adestramento Conjunto Escudo Antiaéreo
Ele reforça que é primordial a atuação das Forças na defesa brasileira de forma integrada. “Em um momento crítico de guerra, precisamos utilizar todos os meios e para isso precisamos entender o modus operandi da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Quando há um alvo para várias unidades de tiro, definir quem deve engajar ou não exige uma coordenação e um treinamento muito grande”, destacou o Brigadeiro Mangrich.
Espaço operacional
A operação deste ano, concentra esforços em dois polos estratégicos, continental e litoral. O primeiro instalado na Ala 2, em Anápolis, Goiás; com pontos sensíveis nos municípios goianos de Cristalina, Ipameri e Uberlândia. Os Grupos de Artilharia Antiaérea (GAAAe) lotados nessa região são o 11º GAAAe, sediado em Brasília (DF); o 12º GAAAe, em Manaus (AM); e os 1º, 2º e 3º Grupo de Defesa Antiaérea (GDAAe), sediados em Canoas (RS), Manaus (AM) e Anápolis (GO), respectivamente. A área também conta com os 3º e 4º GAAAe, de Caxias do Sul (RS) e Sete Lagoas(MG).
11º e 12º Grupos de Artilharia Antiaérea em Cristalina, Goiás
O segundo polo está instalado na Ala 12, em Santa Cruz, Rio de Janeiro, com participação do Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea, o 1º Grupo de Artilharia Antiaérea, do Rio de Janeiro; e o 2º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Praia Grande (SP). Na região do litoral carioca, os pontos vulneráveis são Macaé, a base náutica Corveta Barroso, da Marinha e São João da Barra, onde os fuzileiros navais farão a defesa do Porto do Açu.
1º Grupo de Artilharia Antiaérea em Macaé, Rio de Janeiro
Capitão de Fragata, Fuzileiro Naval Anderson Navi, Capitão de Fragata Alessandro Duarte e Capitão de Corveta Roque Santos na Sala de Guerra do COMAE, em Brasília
Frente de Ataque
Os ataques são executados de forma real pelos caças da Força Aérea Brasileira, A-29 (Super Tucano) e F-5EM. O chefe da célula de ataque da operação antiaérea, Coronel Sandro Bernardon, explica como as incursões são efetivadas.
“Nós escalamos aeronaves para fazer ataques em diferentes perfis criando as maiores dificuldades possíveis de solução tática, de forma a tornar o treinamento o mais realista possível e testar nossa real capacidade antiaérea. É um exercício importante porque conseguimos identificar nossas dificuldades em situações adversas para a aplicação melhorias e os pontos fortes” disse o Coronel Bernardon.
Chefe da célula de ataque da operação antiaérea, Coronel Sandro Bernardon
Cabe ao COMAE orientar a respeito dos horários de decolagem, os pontos de ataque e duração e quantidade de incursões. Uma célula no comando de controle faz a coleta de dados tanto de ataque por parte da aviação quanto de defesa do batalhão. A partir desse banco de informações é possível comparar a eficácia das ações adotadas.
Os materiais de defesa englobam os sistemas de lançamento: MISTRAL (Marinha), IGAS-S (Aeronáutica) e RBS 70 (Exército). Durante o exercício, será utilizado o radar de vigilância SABER M60 para a detecção de alvos e engajamento fictício dos mísseis.
Central de comando e controle na Sala de Guerra do COMAE, em Brasília
Por Viviane Oliveira
Fotos: divulgação Escudo Antiaéreo e Alexandre Manfrim/MD
Confira os destaques da semana:
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